Mostrando postagens com marcador agressividade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador agressividade. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

É tudo "parça", os inimigos são vocês...

Uma cena que marcou essa semana foi a imagem dos senadores, ex-ministros, acusados, acusadores, todos, nos bastidores do impeachment se descontraindo. 
Quando ligavam as câmeras, eles destilavam venenos e agressões verbais, provocações e ataques. Tínhamos a sensação de estar diante de inimigos mortais e que, se não fosse a intercessão de outros, eles se matariam e esquartejariam os corpos dos vencidos com as próprias mãos. 
Quando as câmeras desligavam, todos se confraternizavam como se fossem parceiros de longa data. Como diria a garotada, é tudo parça.

segunda-feira, 14 de março de 2016

O texto, o contexto e a má fé

Certa vez, eu conversava com um colega sobre literatura e falava do quanto admirava obras de alguns autores como Nelson Rodrigues. Ele torceu a cara e disse, Nelson Rodrigues é um machista. Fiquei surpreso com a afirmativa, pois pensei que a contextualização do autor era óbvia. Ao que eu completei que sim, que ele era machista, inclusive que Monteiro Lobato, provavelmente, era racista, que Wagner (compositor) era antissemita (Nietzsche também...) e que a bíblia era homofóbica no velho testamento (ainda mais se você focar em Levíticos, um livro escrito no século XV a.C...) Ah sim.. e que Zumbi talvez tenha tido escravos. E qual o problema de se ter tido escravos no século XVII?
Pois é... Retirar o texto e o fato de seu contexto é a maneira mais cruel de não se entender nada e sair propagando sua bela consciência social que o torna o melhor dos seres humanos que já pisaram na terra. Ah sim... E se recusar a acessar a ler o livro por causa da capa.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Tretas no Face: um espelho da nossa vaidade

A medida da certeza das nossas ideias é proporcional ao desinteresse que temos de convencer os outros de que estamos certos. Explico. Quanto mais eu tenho certeza de alguma coisa e essa alguma coisa está bem resolvida na minha cabeça, todo discurso de convencimento é uma perda de tempo, ainda mais quando a outra pessoa não está disposta a ouvir (entenda ouvir como parar, pensar, relacionar, entender...)

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Mundo fake dói

Acho muito interessante o mundo fake da internet. Isso se personifica naquele camaradinha que quer defender uma ideia escrota (seja de direita ou esquerda. Há muitos escrotos dos dois lados) e que cria um personagem fake (falso) para entrar nas discussões on line solando ou dando uma voadora, ofendendo, gritando, metendo o pé mesmo.
Chega a ser engraçado quando alguém precisa de se esconder atrás de uma máscara virtual para ter suas ideias ouvidas/lidas. Se a máscara se faz necessária é porque se reconhece que as ideias não são tão boas, porque se as ideias são boas todos lhe desejam crédito.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Que história de outra face é essa?

Uma das coisas lidas de forma mais errada no Cristianismo como filosofia é a história de dar a outra face. Muitos interpretaram isso como uma atitude mansa e conformista de se, ao baterem em você, ofereça o outro lado para bater. 
Vamos lá, primeiro isso é uma metáfora. Alôôô... Metáfora - figura de linguagem que estabelece uma comparação não expressa literalmente. No caso, não se está falando nem de cara, nem de tapa, mas de ação é reação. Reação diversa de ação.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Das coisas que eu falo e das que você entende


Existe um universo de informações e "verdades" entre o que eu falo e o que você compreende. Quisera eu que tudo que eu dissesse chegasse a você como realmente o foi dito. Mas não é assim. 
As pessoas entendem as coisas como querem e, muitas vezes, como sua próprias mazelas psicológicas a levam a entender. Certa vez, vi uma mulher fazer um discurso panfletário sobre o racismo porque um dia, ela estava em uma festa, e um convidado perguntou a ela onde pegava uma bebida. Ela, mulher, negra, ex-favelada (e muito complexada disso tudo). Ficou irritada, pois entendeu que o homem tinha dezenas de pessoas para solicitar a informação, mas perguntou para ela só para humilhá-la. Hã.. Como assim? Não foram dados mais detalhes, mas creio que se houvesse algum que justificasse sua argumentação ela os teria dado e enfatizado ao extremo. O fato é que ela não percebeu que o preconceito, o complexo de inferioridade, os recalques, as neuroses e até mesmo a agressividade estavam todos com ela.
Esse é um exemplo de com o o sentido se constrói no indivíduo e quanto mais “doente” o indivíduo, mais torto o sentido. É como se fosse uma luz que passa por uma lente que quanto mais deformada, mais altera as imagens. 
Isso não nos isenta de tomar cuidado como o que falamos e com quem falamos, mas nos libera de nos estressarmos com a insanidade do outro. Se distorcem o que você fala, vão distorcer o que qualquer pessoa fala. O problema é com você naquele momento, mas o cara que deturpa o que ouve é um problema para ele, para a vida toda.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Coisas interessantes de se aprender com pessoas rudes


A convivência com pessoas rudes me ensinou que a rusticidade de suas atitudes e palavras são o produto de uma série de convicções que se arraigaram na sua formação e que fazem com que eles tenham a certeza de que sua grosseria e seu "tato de elefante embriagado" constituem um jeito de ser melhor do que muita gente que fica de “sorrisinho” com os outros.
O sujeito grosseiro acha que esse é um traço de sua personalidade que o torna autêntico em um mundo de dissimulações. Ele tem a certeza que está fazendo um bem ao outro falando o que se passa na cabeça dele, doa a quem doer. Entretanto, nunca faça o mesmo com ele. Certamente, ganhará um inimigo mortal e rancoroso para o resto da vida. O sujeito rude odeia grosseria com ele.
Toda sua estupidez ao tratar o outro é justificada por uma boa razão. Ah, mas fulano foi grosseiro comigo (mesmo que não seja um consenso isso), ah, mas fulano não gosta de mim e já vem me provocando a um tempo (ainda que isso não seja bem verdade), ah, mas eu não estava bem naquele dia. Provocou, levou! (Como se precisasse estar mal algum dia para agir assim), ah mas fulano...Isso me lembra a fábula do lobo e do cordeiro. Afinal, quem é que disse que alguém precisa de motivo quando quer fazer alguma coisa? 
O individuo desprovido de polidez sustenta-se pelo argumento de que era melhor que ele falasse do que outra pessoa o fizesse. Afinal, eu ele é assim: quando gosta, gosta, mas não quando não gosta, não gosta. E demonstra que desconhece o que é tautologia quando fala isso.
Quando lido com pessoas assim, sugiro sutilmente nas entrelinhas que guarde sua sinceridade (sic) para outros, se pretende me magoar com sua maneira de tratar o mundo, fique sabendo que “mentiras sinceras me interessam, me interessam”.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

São Jorge não merecia isso.. nem a gente.

Nesse último final de semana, houve em minha região a festa dos cavaleiros ou Festa de São Jorge. É uma festa tradicional em que vários cavaleiros e amazonas se reúnem para desfilar pela cidade e espalhar um belo tapete de merda de cavalo pela cidade deixando-a aromatizada com o peculiar odor de urina e estrume durante os dias que se seguem a comemoração. Na ocasião, dá-se a tradição do álcool ao extremo. Os festejantes se embriagam ao limite de seu corpo e, ocasionalmente, espancam os animais com tradicional violência ou mesmo reagem ao mínimo estímulo que, sob o efeito da bebida, justifica que se esfaqueiem ou atirem um nos outros. Isso sem falar nos acidentes de trânsito com animais desgovernados pelas ruas que tornam a ocasião algo marcante na vida de qualquer pessoa que more no local. 
E os festejos correm pelo final de semana com todo tipo de barbaridade e insanidade possível, afinal, é a tradição. E como dizem os politicamente corretos, não devemos julgar as culturas, mas entendê-las, afinal, devemos respeitar as diferenças (sic). 
E ano que vem tem mais tradição...Viva a tradição!?

***
São Jorge não merecia isso.
Nem a gente...