Ignorar, em sua origem, significa não saber, desconhecer, (i – prefixo de negação mais o radical “gnos” que quer dizer conhecimento). Logo, ser ignorante é não conhecer é admitir que entre tudo que sabemos, esse tudo ainda é nada, ou muito pouco. Gosto de sentir a minha ignorância quando contemplo questões como a criação do universo, de onde viemos, para onde vamos... enfim, não sei.
Viemos de uma explosão ou de uma homem, uma mulher e uma cobra falante num jardim do qual foram expulsos porque tiveram a dúvida e ousaram alguma coisa... Definitivamente, não sei. Acabamos quando morremos ou há uma continuidade. Não sei.. espero que haja, mas se não houver, não vou viver para conferir. Haverá um juízo final para quem não pagou as contas com Deus (sic) em vida, ou o juízo é uma ideia que vem de gente sem juízo, afinal. Não sei.
Sou completamente ignorante e nenhuma das respostas que me foram dadas me vestem como uma luva. Todas me trouxeram mais dúvidas do que certezas. Sou profundamente (e admito) ignorante e na ignorância tento encontrar a humildade e a dúvida, condição imprescindível para a evolução que, como se faz ao certo eu não sei, mas muito provavelmente, não é com certezas.
Enquanto for assim, me recuso por questões éticas e morais, negar ou afirmar qualquer coisa.
Enquanto for assim, me recuso por questões éticas e morais, negar ou afirmar qualquer coisa.