Toda dor que não nos traz aprendizagem é vã. Fugimos da dor,
mas sabemos que toda dor vem do desejo de não sentirmos dor. Então, que venham as dores. Confuso, não? Explico.
A dor é uma forma de aprendizagem que nos conduz a um
caminho de não mais cometer aquele erro e, logo, não sentirmos dor mais. Pelo menos
não mais aquela. Mas aí é que está. A
dor só é válida quando nos traz a aprendizagem sobre o que a gerou e, assim, chegaremos à fatídica conclusão que elas são resultados de, pasmem, nossas escolhas.
Escolhemos caminhos que nos conduzem a ela, escolhemos opções que as tem em sua
rota. E lá está ela a nos esperar.
Se não traz aprendizagem não valeu, foi dor em vão. Precisamos
beber esse copo até o fim e depois, olhar a vasilha vazia e perguntar: o que eu
aprendi nisso tudo?
A primeira postura diante da dor, em face de nossa
imaturidade espiritual, é buscar culpados, desejar o revide,
perguntar-se por que eu...
Culpados não há.... de alguma forma, somos frutos de nossas
escolhas.
Revide não cabe.. não atenua a dor.
Porquês são inócuos frente ao fato que nos assoma... para
que seria relevante esforçar-se para entender o que já se consumou.
Então, que as dores sejam bebidas até a última gota. Mas
antes, quando os copos estão cheio, ergam-nos e façamos um brinde a todos as
dores, que nos moldaram como o aço da espada e aos nossos algozes que nos
ensinaram que é nas mãos deles que está o sangue. E, em suas histórias, é que está
escrito o mal.
Um brinde a todas as dores, um brinde à maneira que a vida
tem de de nos ensinar a ser fortes a partir de nossas escolhas.