quinta-feira, 28 de agosto de 2014

As coisas têm gosto de quê?

Quando a gente nunca comeu algo, costuma-se a fazer a célebre pergunta: tem gosto de quê? Ou ainda, parece com o quê?
Na verdade, nada se parece com nada. Rã tem gosto de quê? Putz, sei lá, meio frango, meio peixe, mas não crie expectativas... é diferente dos dois. Gosto é uma percepção intangível para quem não prova e, normalmente, inadequado às palavras de que dispomos no nosso vocabulário.
Pior ainda são os gostos de cheiro. Aquelas coisas que tem o gosto do cheiro de outra. Por exemplo, sempre achei que alguns tipos de maçãs têm gosto de cheiro de Superbonder... vai entender...

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Números, números, números.... Vale a pena ler de novo...

Os programas de telemarketings se valem de argumentos no mínimo esdrúxulos para nos convencerem de que precisamos de algo que, no fundo, não nos faz a menor diferença na vida. O mais cômico deles é a relação numérica. Um produto para cortar batatas em quadradinhos (sem o qual ficaríamos muito bem sem ele) custa 800 reais. Sempre anunciado que o preço é menor do que se você comprasse um equipamento profissional no mercado. Aliás, quem disse que eu queria um equipamento profissional mesmo? Não queria nem um amador...
Ah... se você comprar fora, e à vista, ele sairia por apenas R$ 0,73 por dia. Isso sem comentar que o custo está diluído em 1095 dias em três anos....

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Entre justificativas e desculpas

As razões para não se fazer alguma coisa são sempre mais fortes do que a razão para fazer. A começar pelas tentações do estado de inércia absoluta. O prazer de não fazer nada nos coloca em uma situação passiva diante da vida enquanto agentes fazem o mundo girar.
E aquele que opta pela inércia segue a criticar sempre dizendo que há maneira melhor de se fazer, a dele, no caso. Mas que, no fundo, ninguém sabe se é um a maneira boa ou má já que quem poderia fazer não vai fazer mesmo.
Vejo, muitas vezes, que, diante de uma tarefa que levaria duas horas, as pessoas passam os primeiros vinte minutos imaginando uma boa desculpa para não fazê-la. O tempo, as circunstâncias, o entorno, o clima, enfim, tudo serve para justificar a sua inércia absoluta.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Guia do depressivo moderno ou "no dos outros é refresco"

Há uns anos foi o caso Isabella: um casal entra em um apartamento e minutos depois uma menina é jogada pela janela. Não foi ele, não foi ela, não foi ninguém... Na verdade, foi uma terceira pessoa. Bom, até onde sei, a primeira pessoa, EU, a segunda pessoa, TU e a terceira pessoa... ahá.. ELE (ou ela). O advogado se prepara para dizer que a mulher sofria de depressão.
Pouco depois, em São José dos Campos, São Paulo, um pai tenta jogar um filho pela janela, mas não obtêm o êxito de seus depressivos inspiradores. Não foi dessa vez... O advogado já se apressou em relatar a depressão do seu cliente.
No Paraná, uma mulher jogou um bebê de seis meses pela janela, dessa vez, bingo... conseguiu. Os policiais a detiveram e ficaram surpresos porque ela não manifestava o menor arrependimento. Resoluta, afirmou que queria se livrar do bebê... E que tomava fortes remédios de depressão. Antecipou ao advogado que iria dizer que ela sofria de fortes crises de depressão.

domingo, 10 de agosto de 2014

Eu não odeio segundas-feiras...


O Garfield odeia segunda-feira, eu não. Aliás, acho que todo mundo odeia segunda-feira.
Vítima de injustiças sociais e culturais, a segunda-feira é considerada o primeiro dos dias.... e o pior deles. Espera aí.. primeiro é domingo, mas só porque você fica à toa vendo Faustão, você considera que a grande vilã da semana é a segunda. Isso acontece porque você  esquece que segunda tem trabalho, mas não tem Faustão e isso já era o suficiente para louvarmos este dia da semana.
Na segunda, começamos um regime e ficamos mais magros, começamos a economizar dinheiro e ficamos mais ricos (ou menos endividados), começamos uma promessa e ficamos mais mentirosos, seremos outra pessoa (igualzinha a essa que você vê, mas bem melhor)... Voltaremos para a academia. Claro. Você já viu alguém tomar uma decisão importante em sua vida numa quinta-feira? Quinta-feira é o dia mais sem graça da semana.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Filosofia popular pela metade... Daí...

Alguns autores de linguística dizem que não existe o texto incoerente, nós é que não conseguimos ancorar a compreensão no plano em que o enunciado se origina.
Sei não...
Não que eu discorde totalmente, mas acho que tem gente que abusa desse argumento, às vezes, sem ao menos saber que ele existe.
Conheci uma senhora que adorava ilustrar os seus discursos com um dito popular que, vez por outra, não dizia nada com coisa nenhuma. Certa vez, contando-lhe o caso de um rapaz que estava namorando uma moça que era encrenca pura ela disse: é isso aí, o bom filho a casa torna. Outra vez, uma pessoa próxima lhe narrou um caso de um homem que traiu a mulher, morreu na casa da amante e foi a mulher que teve que buscar o seu corpo. E ela concluiu: Em casa de ferreiro, o espeto é de pau.

sábado, 2 de agosto de 2014

Em tempos de guerra e eleição, a primeira vítima é sempre a verdade.

Ô coisa difícil (para a maioria das pessoas) é pensar. Ainda mais em tempos de eleição... 
No geral, há 3 coisas que motivam fortemente o ser humano em aderir um uma campanha de um partido/candidato X ou Y: 1. Interesse pessoal. Você é um profissional que trabalha com o partido ou o candidato, obtém proveitos pessoais em conseqüência disso e é natural que defenda seus interesses; 2. Ingenuidade. Você acredita que fulano vai mudar alguma coisa, que tem boas intenções que quer um mundo melhor além dos vídeos de campanha em que ele mostra jovens balançando bandeiras nas ruas e sorrindo. 3. Parasitismo. Esse caso não trabalha com o candidato e nem quer isso. Ele vive às custas do poder político há décadas não necessariamente com emprego mas com situações de intermediário em processos bem lucrativos para ele. Precisa do político para manter e expandir o seu parasitismo.