Cheguei a conclusão disso quando percebi que as últimas cagadas que fiz foram em coisas simples como um adoçar um café, estacionar o carro e coisas do gênero. A Changeller explodiu por causa de um anel de vedação que deu problema e não porque esqueceram ver se vazava combustível ou não. Isso todo mundo checa, mas anelzinho de vedação que vai falhar só depois que voa não, ninguém checa. (Mas deveria, né)
Às vezes, damos show de perícia no volante durante um dia todo, mas na hora de estacionar, botamos tudo a perder quando damos uma "lenhada" do para-lama na pilastra ou uma arranhada brava da roda de liga leve no meio fio. Pronto. O sentimento de culpa nos bate e nos sentimos o mais incompetente dos motoristas do mundo.
O fato é que quando uma ação se torna banal, desligamos o controle de qualidade e agimos com base no piloto automático. Daí as grandes cagadas. Veja os motoristas de táxi, ônibus e caminhão, por exemplo. Fazem a mesma coisa todos os dias, daí, mais propensos as mesmas cagadas todos os dias.
Até que tento dar um ar especial para para as ações a fim de que saiam bem feitas, mas é difícil ficar atento e ansioso para estacionar o carro ou colocar a quantidade certa de açúcar e café na xícara para não entornar. Ninguém fica ansioso para isso. Fica?
Entretanto, uma coisa eu aprendi. A única maneira de não bater aquela neurose do "será que eu fechei a porta" é tornar aquilo um ato único. Olhe para a maçaneta, introduza a chave, gire e retire. Veja cada momento. Faça prestando atenção e não automaticamente.
Não tem erro. Entretanto, se você ainda tiver dúvida se fechou a porta, aí , meu amigo, vai se tratar que seu caso extrapola os parâmetros da normalidade.