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segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Entre justificativas e desculpas

As razões para não se fazer alguma coisa são sempre mais fortes do que a razão para fazer. A começar pelas tentações do estado de inércia absoluta. O prazer de não fazer nada nos coloca em uma situação passiva diante da vida enquanto agentes fazem o mundo girar.
E aquele que opta pela inércia segue a criticar sempre dizendo que há maneira melhor de se fazer, a dele, no caso. Mas que, no fundo, ninguém sabe se é um a maneira boa ou má já que quem poderia fazer não vai fazer mesmo.
Vejo, muitas vezes, que, diante de uma tarefa que levaria duas horas, as pessoas passam os primeiros vinte minutos imaginando uma boa desculpa para não fazê-la. O tempo, as circunstâncias, o entorno, o clima, enfim, tudo serve para justificar a sua inércia absoluta.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Psicologia da culpa - a tragédia do Sul

Ontem, minha esposa comentou comigo que deveria ser imenso o sentimento de culpa que as pessoas que se envolveram na tragédia de Santa Maria deveriam estar sentindo. A seguir, na TV, vinham notas de todas as partes (prefeitura, empresários, pessoas da organização do evento, os caras da banda etc..) repassando a culpa um para o outro e buscando justificativas para isentá-los de qualquer responsabilidade. 
Pois é isso. A culpa é um sentimento secundário. O que prevalece no primeiro momento é o instinto de autopreservação. É o famoso tirar o corpo fora uma vez que estar associado a essa tragédia é uma mancha para o resto da vida e a punição poderá ser dura dada a repercussão mundial do fato. 
Primeiro busca-se a isenção do envolvimento com a tragédia de todas as maneiras legais (e até ilegais) e posteriormente, algumas (e não muitas) pessoas sentem o sentimento de culpa. Eu disse algumas, pois a maioria acaba se convencendo de que foi uma fatalidade que aconteceu com ele, mas que poderia ter acontecido com outro em qualquer lugar e que tudo que ele poderia fazer ele fez. 
E esse raciocínio costuma a amenizar qualquer sentimento de culpa pois, de fato, culpar-se a vida toda por uma fato ocorrido ajuda pouco a resolver o problema. Na verdade, só piora. E munidas todas as partes de bons advogados de defesa, que com certeza não tiveram seus filhos ou entes queridos mortos no incêndio da boate Kiss, eles sairão pela porta da frente e os grandes culpados serão penalizados exemplarmente pela justiça: 

...o porteiro, o homem que vendia amendoim e o servente da boate.

Esses sim... malditos criminosos desalmados que devem pagar por seus delitos!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

A culpa não foi minha, nem te conto, rapaz, fico até sem graça contigo... Amanhã é o grande dia... Saco de sábado! Sem desculpas prontas...

O trabalho não foi feito porque os caras não fizeram a parte deles. Aí fica difícil. Além disso, eu só faltei aquele dia porque aconteceu um problema (nem te conto) e perdi o prazo porque houve um contratempo daqueles. Dessa forma, fico até sem graça com você, mas você não imagina o que aconteceu. Ah, e o documento não ficou pronto porque o fulano me boicotou, o cara está de marcação comigo só porque eu sou... eu sou.. Só porque eu sou eu... é coisa de implicância mesmo. Ah, e, no final das contas, acabou atrasando tudo porque eu fiquei mal com isso. Acabei doente, e para piorar, meu cachorro tinha sido atropelado no dia anterior, minha mãe arrumou uma confusão com o vizinho por causa de uma árvore no quintal. Perdi o dia para resolver o problema (sabe como é? Ela tem pressão alta e eu nem tive cabeça pra nada no dia)

Ai não deu tempo mesmo.

Cara, fico até sem graça de falar isso com você.

[A última frase sempre funciona como uma espécie de redenção de todas as desculpas esfarrapadas acima listadas. Use-a, mas faça cara de constrangido mesmo. Para isso, treine em frente ao espelho várias vezes antes de aplicar, pois a prática leva à perfeição]