Até agora a estimativa de mortes no Japão é de mais de 3000 pessoas entre vítimas do tsunami e do terremoto em si. Digamos que a contagem final chegue a umas 10 ou 20 mil pessoas numa perspectiva pessimista. Nada se compara ao desastre das centenas de milhares de pessoas que morrem todos os anos no Brasil porque não recebem tratamento médico adequado, em acidentes de trânsito por falta de leis que sejam cumpridas como devem ser ou em tantas situações que refletem que criamos uma classe política que se preocupa, primeiramente, em enriquecer e fazer o mesmo aos seus e depois em criar estratégias para se perpetuar no poder.
Diriam que somos culpados e temos os políticos que merecemos, pois nós os elegemos. Nós quem? Com certeza, se está falando da legião de miseráveis que sobrevive aos trancos e barrancos com as bolsas governamentais que objetivam a manutenção da miséria útil, aquele que mantém o coma, mas não deixa doente morrer.
Seria interessante saber uma estatística das mortes diretas e indiretas que nossos políticos assinam embaixo quando só defendem leis que atendem aos seus interesses e ignoram a missão de representar o povo que os elegeu.
A ideia é exatamente essa, cada um tem o tsunami que lhe cabe. No Brasil, um desastre, mas nada natural.