quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Direito não é sinônimo de justiça


Toda vez que vejo uma defesa ferrenha de direitos de "minorias"(?), fico pensando em algumas coisas que, longe de me afastarem da nobreza das causas, servem como ponto de partida para compartilharmos o raciocínio a seguir. 
Há uma enfática defesa dos direitos dos índios, das mulheres, das crianças, dos idosos, dos negros e dos direitos humanos. Incomoda-me entender índios, mulheres, negros, crianças e idosos como algo externo à categoria dos humanos. Tenho a impressão de que a defesa ampla e efetiva dos direitos humanos dispensa a defesa de direitos específicos até porque contempla a todos sem rótulos ou restrições. Penso que o direito ao respeito e à vida, à educação e à saúde não seja algo inerente somente a um grupo delimitado por sexo, faixa etária e etnias.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Eu queria ser só professor

Educadores são masoquistas por natureza.
Na maioria das vezes, eu queria ser só professor. Sabe, como aquele cara que é de outro ofício e dá aulas por bico, para completar a renda. Mas a vida é assim. Muitas vezes, é impositiva nos seus caminhos. A gente nasce e se forma professor, mas tem gente que teima em ser educador. Ser educador é ruim, porque educador apanha, se frustra, sofre, e lima e sua e teima... e cansa.. Não. Aí é que está o problema, apanha, mas não cansa. Fica doendo e a alma nem acabou de doer da pancada anterior e lá vem outra.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Beija-flor: da miséria africana aos dentes de ouro de Auschwitz

O título desse post poderia até ser enredo de escola de samba... E de certa forma é.
Sempre foi claro desde o princípio dos tempos que não se pode servir a Deus e ao dinheiro ao mesmo tempo. É também claro e nítido que, nessa terra, se serve mais ao dinheiro do que a outra coisa qual seja ela. E aí, surge o horror de saber que a escola de samba Beija-flor recebeu 10 milhões de dólares da Guiné Equatorial, um país marcado por miséria, violência, exploração sexual, desrespeito aos direitos humanos, guerra de tribos, ou seja, "degustando a versão gourmet" de tudo que temos de podre na nossa espécie. O desfile foi bacana e com um tom realista, pois trazia um leve odor de desigualdade. Mas desigualdade, a gente já conhece o cheiro e está acostumado.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Carnaval, tempo de fugir da folia e procurar novas séries de TV

Seria pouco dizer que eu acho carnaval detestável. Acho um pouco pior que isso. Se não fosse o feriado, eu seria um defensor de acabar com essa porcaria toda e começar o ano no dia primeiro de janeiro mesmo. Mas como tem um feriado, eu, bipolarmente falando, até simpatizo com o negócio (mas mantenho-me longe da TV aberta para não perceber que estamos no carnaval). 
O fato é que sempre aproveito a época e saio a procura de novas séries (faço pequenas maratonas) para acompanhar no período e ver se tem algo criativo na TV para seguir durante o ano. Nisso, achei várias séries. Uso o final da noite para assistir às novidades. Cansei da mesmice e da fórmula batida de Lost e Walking Dead que não me conquistaram. As séries de vampirinhos não me convencem. Teen demais para minha cabeça.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

50 tons de cinza e o imaginário feminino

O filme é a história de um cara super-ultra-mega-hiper rico para cacete, lindo, super viril e tarado que faz um acordo para submeter uma garota mais nova a todo tipo de perversão sexual que ele tem em troca de... claro, dinheiro, status, poder, tudo isso subliminar para não pensarmos que se trata de uma putinha, mas de uma fêmea em flor adentrando o mundo obscuro dos prazeres humanos e se descobrindo contra tudo que uma cultura machista lhe negou nesses séculos. No final da série de livros, eles se casam (constituem família) e vivem felizes para sempre. Duas mulheres já me contaram a história com significativa empolgação.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Tudo ofende a todos o tempo todo

Hoje, todo mundo se ofende com tudo. Dia desses colocaram uma piada no site Sensacionalista, que o como nome diz é só de notícias inventadas, de humor e para tirar um sarro com a imprensa sensacionalista (que obviamente, não aceita esse rótulo) sobre um casal gay que havia sido impedido pela justiça de adotar um surfista de 19 anos. Uma piada óbvia.
Choveram críticas e um leitor mais virulento fez um comentário de laudas e laudas sobre como esse tipo de preconceito era nocivo à causa da adoção, como era ofensiva aos gays, como era agressiva com aqueles que adotam pessoas mais velhas (sic)... Meu Deus! Era uma piada.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Isso, definitivamente, não é argumentar

Como professor, durante anos, passei ensinando a argumentar, a expor e contrapor ideias. Aprendi nesse tempo que, quando uma pessoa não que ver algo, não há o que a faça mudar de ideias. Em se tratando de ideologias políticas então isso se acirra a a ponto de o extremo óbvio estar na sua frente e ainda assim a pessoa não quer ver, se recusa a ver e ponto final.
Sendo assim, tendo gasto meu latim (como se dizia antigamente), resolvi agora mostrar nessa postagens (ainda mais ao colegas fakebooquianos) o que não é argumentar. Na verdades, o que tratamos em teoria da argumentação como falácias argumentativas.

Vamos lá, vamos por exemplos para sermos mais didáticos.