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quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Essa voz que carregas, a quem pertence?


A princípio, tenho por hábito não emitir opiniões sobre casos que realmente desconheço seus detalhes (acho isso um hábito saudável para a sociedade), mas sinto, cada vez mais, que isso não é prática corrente nas mídias sociais.
Uma pessoa denuncia uma fraude e todos já saem postando coisas indignadas, uma pessoa acusa alguém de um crime, e uma multidão de juízes em seus tribunais de teclado saem propagando memes sobre a situação. Não se preocupam que não houve provas, não se preocupam que na sentença não se tenha usado nenhuma das palavras que viram uma frase de luta e disparam em nome do amor e da justiça o ódio e a maledicência. Tudo porque o seu site noticioso de estimação disse que aquilo era verdade. Isso basta.
Não estou defendendo ninguém nem citando algum caso especial porque esse relato acima se aplica a quase tudo nas redes sociais. No caso de processos judiciais, eu entendo que se você teve acesso a todas as partes do processo, após ter lido e analisado todas as documentações apensadas, sua opinião merece respeito. De outra forma, você só está gritando o que querem que você grite na ilusão de que isso te faz uma pessoa melhor. Não... isso te faz um boneco manipulado repetindo palavras que não são suas achando que está fazendo um mundo melhor de trás do seu teclado. 
Entretanto, talvez, o seu nível de manipulação tenha chegado a um nível tão irreversível que as palavras acima podem ser vistas como ofensa e eu mereça qualquer adjetivo terminado em -ista para ofender. Cuidado para não repetir o que querem que você repita.. quando tiram sua voz de você, tiram o que lhe é mais grato, o que é mais você. E sua voz não é o que você está repetindo.. repetir até papagaio faz e não pensa.
Mas é assim, são alguns dias de indignação, de especialistas em direito penal formado no Facebook University gritando, bravejando, mostrando ao mundo como são socialmente conscientes e justos. Passados os “alguns dias” que normalmente não excedem a 5, volta-se ao silêncio do ativismo de boutique e saem em busca da nova indignação cujo tema ignoram, cujos fatos desconhecem, mas que dos seus amigos inteligentinhos inspira admiração e louvor.
E segue um lambendo o outro e batendo palma para maluco dançar.

Entenda.. essa postagem não tem endereço, é só um convite para pensar um pouco nessa doideira que viraram as redes sociais... Se cobrir, vira circo. Se cercar, vira hospício.

terça-feira, 27 de agosto de 2019

Traídos pela linguagem


The Rock (1996) ... ...
Já contei aqui a história de um colega de trabalho que dizia que respeitava as crenças dos outros e concluía dizendo que se alguém imbecil retardado, idiota e sem noção queria acreditar que acender uma vela e falar com um espírito era de boa, que ele respeitava. 
Ele repetia isso sem perceber que já era um desrespeito imenso.... 
E outro colega que pregava contra o preconceito, mas que dizia a um aluno (na minha frente): nossa, você é inteligente tem que estar numa instituição federal... então, seguindo esse raciocínio, quem está na rede privada de ensino... bom, deixa para lá.
E por fim, um que argumentava na sala dos professores que não se podia evoluir para uma sociedade democrática se não houvesse um controle da imprensa.. (sic) Resumindo era isso.. buguei mesmo.

Outro dia, uma pessoa me contou que iria investir em um baita negócio, pet shop. Conhecendo a formação do cara, perguntei o óbvio: o que você entende de pet shops? Ao que ele respondeu:
- eu nada, mas tenho uma amiga que entende tudo.

Fica a pergunta: Se ele não entende nada o que o faz avaliar que alguém entende tudo de algo que ele não sabe nada? Alguém disse a ele que a pessoa entende tudo? E quem disse pode ser visto como alguém que entende o suficiente para dizer isso? E quem avaliou que ele era competente para isso? O cara que não entende nada do início da história.

Ok... então tá.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Minhas ideias goela abaixo para o bem do mundo

Antes de começar digo que isso aqui são só reflexões de um indivíduo que não consegue se enquadrar em nenhuma ideologia de forma imersa e plena. Cada uma delas tem alguma coisa que me atrai e outras que me repelem. E assim, nos mantemos a uma distância segura e relativamente livre de sua manipulação.
Sei que corro o risco de reprovação (E talvez textões, essa espécie de diarréia verbal do mundo virtual e de suas redes), mas me arrisco a pensar fora de um X-ista qualquer. Normalmente, esses episódios de verborragia são produtos de uma séria deficiência de leitura, logo, não merecem resposta, mas ajuda... Ah sim... não a minha. 
Creio que parte dessa confusão começou em uma leitura facciosa da declaração dos direitos do homem e do cidadão (1789).

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Devemos ter medo é dos conceitos de bem

Antes de começar digo que isso aqui são só reflexões de um indivíduo que não consegue se enquadrar em nenhuma ideologia de forma imersa e plena. Cada uma delas tem alguma coisa que me atrai e outra que me repele. E assim, nos mantemos a uma distância segura e relativamente livre de sua manipulação.
Sei que corro o risco de reprovação (E talvez textões, essa espécie de diarréia verbal do mundo virtual e de suas redes), mas me arrisco a pensar fora de um X-ista qualquer. Normalmente, esses episódios de verborragia são produtos de uma séria deficiência de leitura, logo, não merecem resposta, mas ajuda... Ah sim... não a minha. 
Creio que parte dessa confusão começou em uma leitura facciosa da declaração dos direitos do homem e do cidadão (1789).

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Nós educamos uma geração incapaz de ouvir


Aqui fica um mea culpa (expressão latina para se assumir responsabilidade sobre algo) perante todos. Oficialmente nesse ano, após mais de 22 anos de magistério, percebo que a minha geração deixou um torpe legado a geração que nos sucedeu: a incapacidade de ouvir.
Nascemos numa geração (anos 70) em que aprendemos que tínhamos que nos policiar ao dizer algo, pois havia coisas que só poderiam ser ditas entre as 4 paredes de sua casa. E mesmo assim, carecia ter cuidado, pois até as paredes tinham ouvidos e uma discordância política poderia acabar em problemas significativos.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

E aí, quando você pensa que está pensando....

É muita ingenuidade do homem comum imaginar que a luta do político é por dinheiro, dinheiro e mais dinheiro. Aí é que está. A luta pelo dinheiro é um delírio mesquinho da classe média. O que está em jogo nas esferas onde já se tem o dinheiro é algo muito maior. Trata-se do poder e da perpetuação do mesmo. George Orwell dizia que ninguém toma o poder com intenção de abandoná-lo, provavelmente disse isso, sem as devidas citações, baseando-se no que fala Maquiavel ao dizer que o objetivo do príncipe é permanecer no poder.. Até quando? Não sei, mas nada menos do que o sempre.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Realmente, de verdade mesmo...

Realmente, os números não mentem. Quem mente são as pessoas que usam os números para se beneficiar de alguma forma dos resultados que se podem extrair deles. 
Olho com receio todas as pesquisas e tento entender como, onde e qual foi o fluxo de coleta da amostragem e metodologia. Parece complicado, não é? Mas até que não.
Por exemplo, vejo uma pesquisa sobre o extermínio de ovelhas em uma determinada fazenda. Um lobo invade durante a noite e ataca matando sempre algumas. Nessa mesma fazenda, existe 1 cabra para cada 7 ovelhas que ficam no mesmo espaço. O número de cabras mortas é uma ou duas por semana no máximo enquanto o de velhas pode chegar a 7 a 14.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Um pouco mais sobre argumentação... parte I

Quando você fala que não concorda com uma determinada ideologia e encerra o assunto (ponto final) e uma pessoa, normalmente, altamente aderente à ideologia com a qual você não concorda diz: mas com o que é que você não concorda?
Isso significa. Fale para que eu possa convencê-lo do quanto eu estou certo, do quanto as minhas ideias são belas, justas e racionais.
Elas se esquecem de que o ponto final encerra um assunto e que ser convencido pressupõe interesse de convencimento pela parte passiva. Perguntar se a pessoa quer ser convencida é sempre saudável, honesto e digno. 
No mais, o silêncio é o que se espera.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Educação é o que mesmo?

Uma vez me perguntaram por que ser professor. Disse, sem titubear, que era porque acredito na Educação. Não só na Educação Pública, mas na Educação Privada, na Educação Familiar, enfim, em qualquer Educação de qualidade e que vise ao bem do indivíduo e ao de seus pares. 
Penso que o estado tem em sua razão de ser a obrigação da oferta de uma Educação Pública de qualidade e isso não passa necessariamente pela meritocracia do dinheiro no fim do mês para quem aprova mais. Isso, definitivamente, não é qualidade, é conveniência estatística que atende muito mais aos interesses dos políticos do que da sociedade como um todo.

terça-feira, 7 de julho de 2015

As veias sutis da estátua

As pessoas, atualmente, possuem uma maneira muito sórdida de alardear suas virtudes, ou pseudovirtudes. Outro dia, postei algo sobre como são sensatas e inteligentes aqueles que concordam com a gente para chamar a atenção das pessoas a essa vaidade idiota dos tempos modernos. Entretanto, dirigindo para o trabalho e digerindo as ideias, cheguei à conclusão de que, quando acentuamos as virtudes daqueles que concordam com a gente, estamos, na verdade, em um ato de narcisismo absoluto elogiando a nós mesmos.
É como se disséssemos: olha como ele é o espelho do que eu sou, se ele é sensato e virtuoso e ele me reflete, logo, eu sou sensato e virtuoso.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Isso, definitivamente, não é argumentar

Como professor, durante anos, passei ensinando a argumentar, a expor e contrapor ideias. Aprendi nesse tempo que, quando uma pessoa não que ver algo, não há o que a faça mudar de ideias. Em se tratando de ideologias políticas então isso se acirra a a ponto de o extremo óbvio estar na sua frente e ainda assim a pessoa não quer ver, se recusa a ver e ponto final.
Sendo assim, tendo gasto meu latim (como se dizia antigamente), resolvi agora mostrar nessa postagens (ainda mais ao colegas fakebooquianos) o que não é argumentar. Na verdades, o que tratamos em teoria da argumentação como falácias argumentativas.

Vamos lá, vamos por exemplos para sermos mais didáticos.

sábado, 10 de janeiro de 2015

Minha verdade pessoal. E ai de você se discordar...

Todo mundo fala de fundamentalismo islâmico hoje em dia (principalmente depois do atentado ao Charlie Hebdo, em Paris), criticam também o radicalismo evangélico, mas vejo que algumas pessoas que falam disso são como os macacos da história que sentam em cima do rabo e ficam rindo do rabo dos outros. Tanto no facebook quanto no dia-a-dia, o que tenho visto é o radicalismo que cega por causa da política. Sem citar nomes ou partidos, a coisa funciona assim:

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Do fanatismo à cegueira - uma rota clássica


Verdade é aquilo em que nos convém acreditar e não necessariamente o que a lógica e os fatos nos mostram. Toda vez que me aventurei a questionar qualquer coisa ou situação relacionada à situação política brasileira atual, sempre recebo emails ou comentários que me chamam de alienado, desinformado e parceiro da imprensa golpista. Tenho impressão que se fosse em outra época eu seria preso, torturado e morto... Por isso, prefiro os emails desaforados de hoje.
Aliás, assim como nos regimes totalitários, hoje, no Brasil,qualquer posição contrária ao poder estabelecido deve ser combatida ao máximo. Brasil, ame-o ou deixe-o... Não era assim no tempo das fardas e coturnos? Ideologicamente, não é muito diferente hoje. O problema é que não existe a legitimação do Estado (bem que o Estado tentou com leis com a de imprensa, mas não colou).
Vejo assustado que se fosse possível haveria grupos de juventude recrutados pelo governo que usariam uniformes simulando macacões de proletariado com estrelas vermelhas no braço e queimariam livros, destruiriam jornais e rádios que ousassem questionar a grande revolução dos últimos 10 anos(???) que nos tornou a 6ª economia, um Estado que durará mil anos.. Assim como o 3º Reich na Alemanha nazista, mas que não durou duas décadas.
Teríamos crianças cantando o hino do partido nas escolas e encenando todo ano, em um dia cívico, a vinda de seu grande líder de uma cidade do nordeste para salvar o país das garras dos malvados capitalistas do norte. Jovens marchariam na rua e agrediriam "legitimamente" aqueles que fossem inimigos da revolução e, por conseguinte, do povo.
Já vimos essa história tantas vezes e teimamos em querer repetir...
Tenho medo de todo fanatismo, tenho medo de toda cegueira.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Só não me ensinaram o essencial..


Ensinaram-me, na escola, que a esquerda era correta, mas a direita era corrupta. Disseram-me que os livros e os autores de esquerda traziam a verdade sobre os fatos que a direita tentava esconder. Contaram-me que quem matava, torturava, prendia e aterrorizava era a direita, a esquerda agia heroicamente por uma causa, independente de quê e de quem fosse essa causa. E mesmo do que fosse necessário fazer.
Diziam-me que, quando a esquerda chegasse ao poder, aí sim, teríamos igualdade social e um governo atuando pelos interesses do povo. Aí sim, teríamos o retorno ao Éden, mas, dessa vez, sem cobras e sem a impetuosidade da Eva. 
Doutrinaram-me, na escola, a crer que a única salvação era a esquerda. Diziam que os jornais como os da Globo são propagadores da mentira e da infâmia. Entretanto, eu poderia encontrar a verdade nos folhetos mimeografados dos movimentos estudantis ou dos partidos de esquerda. Lá sim, estava a verdade e aquele que a aceitasse teria a vida eterna e poderia carregar um crachá de intelectual.. Mesmo que nunca tivesse lido um livro sequer.
Enfim, incutiram-me a ideia de que só havia inteligência na esquerda. A direita era burra e truculenta.

Só não me ensinaram quem era a esquerda e quem era a direita.