quarta-feira, 29 de julho de 2009

Homem sem sonho não para em pé.

(Momento confessional. Não é a cara do saco de filó, mas é necessário agora)

Outro dia, eu estava em uma solenidade na instituição em que trabalho e, na mesa de autoridades, estava um senhor alto, de óculos, passado de seus 70 anos. O tema era a implantação de um CEFET pelo qual ele tanto lutou tanto. Na sua fala, havia as constatações da luta que lhe embargaram a voz, um homem menino que trazia consigo décadas de história e mantinha vivo todos sonhos a despeito dos contratempos da vida.
Sr. Miguel iniciou sua fala, embargou-a de emoção, por fim, concluindo-a. Seriam necessárias décadas para que eu pudesse lhe agradecer pelo modo como aquele recorte de tempo tocou o meu coração. Depois, no local de trabalho fiz questão de dizer isso a ele. Agradeci por me mostrar que o tempo não mata os sonhos... os homens é o matam e culpam o tempo.

Conheci também um rapaz, o Fernando. Ele entrou na minha sala com mais uma daquelas pessoas que vem oferecer algo para a instituição. Eu o recebi. No fluxo de suas palavras, havia muito mais do que uma proposta. Ali, fluíam sonhos. Não era conversa de vendedor, era alguém que acreditava em cada vírgula do que dizia. Enfim, era um projeto ousado de leitura chamado LIVRO SEM FRONTEIRA (Conheçam mais no site. Clique aqui. Vale a pena!) Abracei o projeto e colocamo-nos à disposição para ajudar no que estivesse ao nosso alcance.

Na semana anterior, eu já havia abraçado a causa dos colegas do SOS Serra dos Mascates (conheça mais sobre eles). A causa pela qual luta esse grupo tendo o André e o Victor como representante diretos que tratam comigo, encheu-me os olhos. Cresci aprendendo a amar aquela serra e tudo que representa para minha cidade.

E por fim, outro dia, eu falava com dois grandes alunos e amigos meus (Clarissa e Kenedy) sobre os meus sonhos e vi que os olhos deles brilhavam quando me ouviam. Eu os alimentava de sonhos. Como me alimentaram dias antes... A vida é assim. Um eterno ciclo... uma eterna cadeia alimentar de sonhos.

P.S.: Há um ano, a minha força de sonhar tinha se enfraquecido, mas a vida tem se encarregado de colocar pessoas e idéias em meu caminho para me mostrar que o tempo não mata o sonho, nós é que o matamos.

Tenham uma boa semana.