Vivemos em um mundo que não prima muito pela sensatez. Recentemente, um pastor radical americano se propôs a queimar cópias do Corão, o livro sagrado muçulmano, no dia 11 de setembro para manifestar repúdio aos atentados promovidos por extremistas islâmicos contra os EUA nessa data. Isso é um ato de insensatez uma vez que se está lidando com um povo que considera plenamente normal apedrejar uma mulher por “acusação” de adultério, explode bombas em troca de um paraíso na terra e sonha em construir uma bomba atômica para varrer Israel do mapa. Agora, convenhamos, construir uma mesquita e um centro cultural islâmico perto de onde era o World Trade Center é, no mínimo, impensável. Trata-se é uma atitude que vai além da insensatez absoluta. Perdoem-me os coleguinhas politicamente corretos e multiculturais, mas liberdade de expressão é o cacete. Há um ponto em que a tolerância deve ceder a dor de quem perdeu um ente naquele evento que não foi publicamente recriminado pela comunidade islâmica, pelo contrário, em muitos lugares foi saudado como bravata heróica.
Colocar uma mesquita perto do marco zero do WTC seria mais ou menos (guardada as devidas proporções) como erguer um monumento neonazista em Israel, em plena Tel-Aviv. Brilhoso, iluminado e amplo, monumento ao terceiro reich e Adolf Hitler, o estadista de toda uma nação alemã.
Ah, Insensatez, que você fez, coração mais sem cuidado... diria Tom Jobim, o compositor, não o aeroporto (esse último não diria nada mesmo).