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domingo, 2 de outubro de 2016

Eleições 2016: de volta ao trabalho...


Depois da festa da democracia, a ressaca pós-urnas. Nesse domingo (02/10), foi eleição e muitos colegas de outras cidades estão relatando casos de vereadores que estavam no 3º, 4º ou 5º mandato e que agora não vão mais ususfruir da vereança pelos próximos anos. Em 4 anos não sei, mas, por hora, voltam à condição de mortais, sem foro privilegiado.  
Parece que realmente, alguma coisa está mudando na cabeça de quem vota... Há, pelo menos no que se refere ao legislativo, um modelo antigo que vai se desconstruindo aos poucos. Obviamente, em um ritmo muito mais lento do que gostaríamos, mas que se desconstrói.
[modo ironia ON]
Todavia, a minha preocupação é onde vamos encaixar esses colegas que viveram tantos anos nessa condição parasitária. Seria necessária uma readaptação à sociedade produtiva. Mas que seja algo suave e sem mudanças bruscas. Um emprego de meio período 3 vezes por semana, logo a seguir, um de meio período até sexta. Alguns meses depois, um período de 8 horas diário e, com sorte, poderíamos expô-los até a uma carteira de trabalho novamente. Não podemos prometer nada... Mas isso vai depender muito como ele vai reagir no processo inicial de adaptação. Penso que grupos de apoio seriam de grande valia nesse momento.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

E aí, quando você pensa que está pensando....

É muita ingenuidade do homem comum imaginar que a luta do político é por dinheiro, dinheiro e mais dinheiro. Aí é que está. A luta pelo dinheiro é um delírio mesquinho da classe média. O que está em jogo nas esferas onde já se tem o dinheiro é algo muito maior. Trata-se do poder e da perpetuação do mesmo. George Orwell dizia que ninguém toma o poder com intenção de abandoná-lo, provavelmente disse isso, sem as devidas citações, baseando-se no que fala Maquiavel ao dizer que o objetivo do príncipe é permanecer no poder.. Até quando? Não sei, mas nada menos do que o sempre.

sábado, 25 de outubro de 2014

Às vezes, mas só às vezes...

Às vezes, mas só as vezes, tenho muito medo do rumo que as coisas seguem no plano da ideias por aqui. Não estou falando de obras, governos, políticos, partidos... Com relação a esses, concordo com todos para não desagradar meus amigos e, ao mesmo tempo, manter-me livre e longe de suas argumentações, mas fico mastigando minhas ideias durante muito tempo sobre o que penso. Não. Não vou compartilhar isso. Você está certo e eu estou, bem, estou calado e assim desejo ficar sobre esse assunto. 

Mas não. Não falo disso. Falo das ideias. Acho que se chegou a um ponto em todas as argumentações migraram do campo das ideias para o campo pessoal e fulano está errado porque é de uma elite dominante, logo, o erro, o preconceito, a tendência a exploração, enfim, tudo que há de ruim lhe é inerente. Nem precisa abrir a boca. Ele está errado.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Teatro de horrores de personagens patéticos


Uma vez eu escrevi sobre o poder que deforma aqui no saco de filó. Hoje cedo, acordei com uma postagem de uma frase atribuída ao presidente do Uruguai José Mujica, o popular Pepe Mujica, um cara do bem, bacana mesmo. Uma exceção no meio de tanto Zé Ruela da política mundial. Ele dizia que o poder não muda as pessoas, mas as revela verdadeiramente.
Na minha trajetória de vida, vi o que o poder pode fazer com as pessoas. Ele funciona como um potencializador de suas características. Ele não o muda, ele o potencializa no que você já é.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

A renúncia do Papa e muito a se pensar....


Há alguns minutos, uma agência de notícias italiana, anunciou que o Papa Bento XVI irá renunciar no final de fevereiro. Se isso for verdade mesmo, o grande líder da igreja católica acabou de ganhar um grande admirador, eu.
O que vi até hoje foram pessoas que, mescladas a "carguinhos" e "titulozinhos" em empresas ou no poder público, eram capazes de mentir, tramar, ludibriar quem quer que fosse, amigos, colegas, parentes, seja quem for, para ficar no cargo com a expectativa do para sempre. Na espera de morrer atrás daquela mesa e de todo o poder que pensa que tem.
O sumo pontíficie abriu mão de tudo. 
Ele declarou, mas seja qual razão for, que é hora de parar uma vez que 85 anos é muita idade para um homem seguir naquela função. E jogou a toalha, o poder, o influência… Talvez se retire para uma casinha em sua terra natal, talvez mude-se para um retiro de clérigos onde poderá passar o resto (e nesse caso não é muito mesmo) de sua existência longe de toda essa luta, ganância, ardilosidade. Talvez, ele tenha cansado, talvez… 
Que nos sirva sempre de lição…
Amem.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Feliz dia do EX-amigo.... Ué? Por que não?


Hoje, se comemorou do dia do amigo. No facebook, pipocaram mensagens de “meus amigos são loucos e não vivo sem eles”, “são irmãos que a vida me deu”, são isso, são aquilo. Fico feliz que as pessoas tenham tantos amigos para sempre ainda que saibamos que o pra sempre sempre acaba. E essa é a única certeza que a vida nos dá.
Entretanto, seguindo minha tradição de pensar diferente para não correr o risco de não estar pensando quando todos pensam igual, quero comemorar o dia do EX-amigo. Esse grande professor que nos ensinou que, por mais que confiemos, por mais que amemos, sempre há um limite para tudo e que interesses pessoais, desejo por poder, dinheiro ou outro símbolo de status são capazes de reverter completamente qualquer valor ético menos sólido. 
O EX-amigo, cujo padroeiro poderia ser São Judas Escariotes, nos deu lições de que nada é eterno e, em condição de encarnado, interesses diversos conspiram para que as pessoas ajam em função de seus interesses pessoais e atropelem todos e tudo que veem pela frente.
Deste grande professor, o EX-amigo, não devemos guardar mágoa, mas uma gratidão por tudo que aprendemos com ele. E, obviamente, a devida distância para que ele não nos dê uma revisão de conteúdo compulsória de tudo que ele é capaz de fazer. 
Lembremos que perdoar é um dever cristão, mas esquecer é uma estupidez humana. 
E viva o EX-amigo!

sexta-feira, 25 de maio de 2012

A queda dos pequenos reinos


Acho interessante como as pessoas erguem seus pequenos reinos nesse plano existencial e fazem dele sua morada eterna. À frente de uma empresa, de uma associação, de uma fundação, de uma organização qualquer, o pequeno liderzinho que me lembra o mini-me do Austin Powers berra do alto de sua montanha como se seus gritos fossem ecoar para todo o sempre e seus servos se curvarem até os fins dos dias.
MiniMe
Mas se até o império romano caiu o que leva esses pequenos césares a acreditarem na eternidade? 
Acredito que tudo isso decorre da perda de temporalidade e da ausência da percepção de que nossa contagem regressiva para deixar um lugar ou uma posição de destaque começa quando sentamos na cadeira. Que sejam 10 dias, dez meses ou dez anos, mas nada se estenderá além do tamanho de seu tempo. Todavia, envolto nas adulações, nas tramas e nas intrigas ele se perde e, como o princípe de Maquiavel, faz de tudo para se perpetuar no poder. Entretanto, sua vida é limitada e seu tempo na cadeira termina nem que seja com o tempo de sua vida.
Lá fora, os desafetos que fizeram para a perpetuação do poder aguardam como abutres prontos para o devorarem, dilacerarem sua carne, e espalharem história de quanto ele foi mau (ainda que não o tenha sido). Mas afinal, isso justifica toda e qualquer atitude que se tome contra ele e todos os seus. A queda dos pequenos reinos são sempre assim, seguidas de mágoas, mentiras, injúrias, calúnias e, acima de tudo, vingança.
Toda vez que vejo cair um pequeno rei, segue-se a isso sua imagem desolada dele com a perda do trono. Longe de me vangloriar com seu "infortúnio", sinto-me invadido de piedade com aquele que continua lamentando a perda do que não era seu, pois esse ainda continua cego e sem nada ter.

sábado, 14 de janeiro de 2012

O que 2011 me trouxe? A percepção do poder..


Sinceramente, não sei. 
Possivelmente, o mesmo que 2010, 2009, 2008.. e vai por aí. Na verdade, eu vim acumulando uma série de aprendizagens e experiências que me fizeram mudar de ideia sobre algumas leituras de mundo. E a minha grande mudança foi com relação ao que eu pensava sobre poder e dinheiro. 
Eu tinha comigo que o que movia a “puxada de tapete”, “traição”, a falsidade e outras tantas coisas comuns em ambiente de trabalho era o dinheiro. Aquelas gratificações que recebemos associadas aos salários e que engordam os ganhos. Mas 2012 veio para me mostrar que quem trabalhava com vistas à gratificação era eu e não muitos dos meus colegas que ou já tinham dinheiro, ou a gratificação que recebiam era tão pífia que não compensava o esforço.
Eu sempre deixei claro que amor eu tenho pela minha esposa e meus filhos, por instituições, eu tenho compromisso profissional e respeito. Sou contratado, cumpro meu dever de forma eficiente e vou embora. É assim.
Mas o que compensava, então, a essas pessoas se não era o dinheiro? 
Poder. Pode parecer ingenuidade minha, mas nunca imaginei que as pessoas se entorpecessem disso como de uma droga e quando se encontram inebriadas são capazes de fazer qualquer coisa para não perder a posição. Convivi com pessoas com quem já convivia há anos e, quando elas provaram do poder, mudaram completamente. Tornaram-se outra pessoa capaz de tudo, tudo mesmo, para não ficar longe mais do suave veneno que as nutria. O dinheiro sequer era colocado em questão.. O que enlouquecia era o poder. 
Eu as percebi mudando de forma, de voz, de valores, enfim, se “monstrificarem” como o “Smeagol”, personagem de senhor dos anéis que se torna um monstro deformado pelo poder do anel.
Sinceramente, eu não sei se elas sempre foram aquele monstro, porém, adormecido, ou se eu estava diante de uma metamorfose completa. 

Vi pessoas que se foram da minha vida de vez depois que optaram por se transformar de algo que um dia admirei e respeitei em monstruosas deformidades. Não lamentei.. percebi que nunca tive amigos ali, tratava-se de uma leitura errada minha, que era tudo uma questão de tempo. 
E o tempo chegou..

E que venham outros tempos que coloquem à prova as minhas leituras de mundo.
E que venha 2012 com suas aprendizagens.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Todo poder corrompe, entorpece e deforma a alma


Acho que o grande desafio da alma é expor-se ao pior e continuar sendo o mesmo. Dizem que, se queremos conhecer uma pessoa, devemos dar poder a ela. Nessas situações, o ser humano expõe o que ele tem de pior ou de melhor, varia muito de acordo com o que se tem dentro de si.
Nos últimos tempos, pude constatar quão verdadeira e imutável é essa afirmativa. Seja de origem humilde ou de berço de ouro, a sensação do poder corrompe os valores e entorpece a capacidade discernimento. Valores como amizade, respeito, honradez e palavra se desfazem como éter que evapora e sustenta-se pela alegação de que uma coisa é governar, outra é ser governado.
E, então, baseado numa ética amoral agem como se fossem deuses do Olimpo. Seres eternos sujeitos a paixões e ódios, desejosos de vingança e cheios de prazer pela punição que aplicam. Vivem o momento como se fosse a consagração do eterno. São reis de ocasião, mas esquecem que mesmos alguns reis de direito tiveram fim trágico. E, quando isso ocorre, refugiam-se no sentimento de como as pessoas foram ingratas depois de tudo que eles fizeram por elas. Mas, no fundo, esquecem que tudo o que fizeram foi para eles mesmos e nunca para os outros. Os outros são só um detalhe.
Para quê amigos, basta o poder? Para quê palavra, basta a minha palavra e ela a mim pertence? Altero-a quando bem entender. Para quê o momento se sou senhor do eterno?
Muitos dizem que têm consciência que são temporários nos cargos e funções, mas as ações não condizem com as palavras. O cérebro está entorpecido e distante da razão. Só interessam as estratégias de se perpetuar onde  se está a qualquer custo.
O que lhes passa despercebido é que da parte debaixo do despenhadeiro, as feras aguardam sua queda para, ao cair seu corpo, lacerem seus membros com ferocidade incomum.
Aí, lamentam como foram mal compreendidos.... como são ingratas as pessoas.
É.. as pessoas são ingratas algumas vezes.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O poder e os recalques, as frustrações e a ira.

A experiência mostra que a exposição do homem ao poder potencializa o que ele tem de pior e, muitas vezes, tem a capacidade de quase apagar o que ele tem de bom. A sensação de onipotência faz com que seus recalques e frustrações emerjam das mais recônditas profundezas de sua alma e aquele complexo de inferioridade que ele trazia por vir de uma classe mais baixa, ou por ser negro, ou por ser gay, ou por ser qualquer coisa que ele julgue que o desmereça em relação aos outros se torna um enorme monstro que será a justificativa de sua consciência para que haja com ira e crueldade contra todos que ele considera que o desmerecem porque têm uma situação financeira melhor, por serem "brancos", heterossexuais. Grandes líderes se tornaram cruéis tiranos nessa mesma lógica, mas isso é algo mais comum do que se imagina no dia-a-dia. Todos os dias, muitos chefes em suas corporações adotam essa mesma postura. Agredir. Ignorar e desmerecer funcionários capazes e comprometidos, mas que são tudo aquilo que ele não é. É uma relação doentia de amor e ódio. É o desejo intenso de ter/ser o outro que não podendo ser realizado se torna um desejo de destruir o motivo de sua frustração: olhar todo dia o objeto de desejo e amargar os seus complexos de inferioridade que aquela imagem lhe traz.
Isso é tão comum. Isso é tão cruel.
Cada dia me convenço mais de que desequilíbrio mental se torna uma questão de saúde pública.