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quarta-feira, 15 de junho de 2011

O poder e os recalques, as frustrações e a ira.

A experiência mostra que a exposição do homem ao poder potencializa o que ele tem de pior e, muitas vezes, tem a capacidade de quase apagar o que ele tem de bom. A sensação de onipotência faz com que seus recalques e frustrações emerjam das mais recônditas profundezas de sua alma e aquele complexo de inferioridade que ele trazia por vir de uma classe mais baixa, ou por ser negro, ou por ser gay, ou por ser qualquer coisa que ele julgue que o desmereça em relação aos outros se torna um enorme monstro que será a justificativa de sua consciência para que haja com ira e crueldade contra todos que ele considera que o desmerecem porque têm uma situação financeira melhor, por serem "brancos", heterossexuais. Grandes líderes se tornaram cruéis tiranos nessa mesma lógica, mas isso é algo mais comum do que se imagina no dia-a-dia. Todos os dias, muitos chefes em suas corporações adotam essa mesma postura. Agredir. Ignorar e desmerecer funcionários capazes e comprometidos, mas que são tudo aquilo que ele não é. É uma relação doentia de amor e ódio. É o desejo intenso de ter/ser o outro que não podendo ser realizado se torna um desejo de destruir o motivo de sua frustração: olhar todo dia o objeto de desejo e amargar os seus complexos de inferioridade que aquela imagem lhe traz.
Isso é tão comum. Isso é tão cruel.
Cada dia me convenço mais de que desequilíbrio mental se torna uma questão de saúde pública.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Empatia é sintonizar na alma do outro

É impressionante como há pessoas que não conseguem ficar felizes ou mesmo empáticos ao que de bom acontece ao outro. Quando ouvem uma coisa que, de alguma forma, fez bem ao que lhe é próximo. Sentem uma raiva disfarçada e um rancor que escorre por palavras como: enquanto você estava assim, eu estava assim.. bem pior. Ou você faz assim, mas para mim as coisas são assim. 
São pessoas, muitas vezes, inteligentes que são incapazes de dizer: nossa, que bom! Fico feliz por você.
Nunca entendi esse rancor de algumas pessoas, mas tive grandes lições com as com que convivi na minha vida. A principal é a de aprender a ficar feliz com a felicidade do outro. Aprendi que se o outro compartilha algo comigo e traz em suas palavras alguma satisfação, essa satisfação me contamina e fico satisfeito também.
Ficar feliz com as próprias conquistas é muito fácil. Exercício de vida é se abrir para ficar feliz com as conquistas dos outros.
Penso que a estrada de todos nós é longa, mas levo numa boa que, se ainda há muita ladeira para eu subir, essa pelo menos eu já deixei para trás.
Bem para trás.
Feliz 2011! Para todos nós.