Existe um abismo entre o que pensamos, o que falamos e o que fazemos. A sociedade criou um sistema de coerção (para o bem da nossa convivência) que permite que essas três instâncias da nossa existências sejam bem policiadas. O que fazemos é restrito por leis que limitam as ações e garantem os direitos de nossos semelhantes, o que falamos é limitado pelo senso comum e pelo politicamente correto que nos dá fronteiras em que nossas palavras seriam agressivas e feririam o próximo. Por fim, restou o que pensamos. Um território quase incontrolável e desprovido, muitas vezes, de todo e qualquer limite que não os definidos pelos instintos animais mais primitivos nossos, proteção, destruição, vingança e vai por aí.