A relação que o homem possui com o conceito de divindade, muitas vezes, é oscilante entre a ingenuidade das cobranças (Poxa, Deus, eu fui tão bom, porque isso foi acontecer comigo. Fui tão fiel e ganhei isso em troca...) ou troca de favores (Se eu conseguir ganhar na loteria vou ajudar os necessitados, se eu ficar curado, vou à Aparecida do Norte a pé...) e a imaturidade de negação de uma criança contrariada pelos pais ou que, quando não vê as coisas do jeito que ela quer, faz pirraça e diz “eu te odeio”, no caso eu não acredito em você, Deus bobo, feio, cabeça de melão.
No primeiro caso, estão muitos religiosos que fazem de sua relação com a divindade um balcão de negócios. Através de promessas, negocia-se que, se o indivíduo obtiver uma graça, em troca, faz alguma coisa "boa". Por exemplo, se eu conseguir comprar minha casa própria, vou à igreja e acendo uma vela. Ou ainda, se eu conseguir um emprego, vou rezar uma novena durante 7 dias.