Uma vez eu escrevi sobre o poder que deforma aqui no saco de
filó. Hoje cedo, acordei com uma postagem de uma frase atribuída ao presidente
do Uruguai José Mujica, o popular Pepe Mujica, um cara do bem, bacana mesmo.
Uma exceção no meio de tanto Zé Ruela da política mundial. Ele dizia que o
poder não muda as pessoas, mas as revela verdadeiramente.
Na minha trajetória de vida, vi o que o poder pode fazer com
as pessoas. Ele funciona como um potencializador de suas características. Ele
não o muda, ele o potencializa no que você já é.
Se você é um tirano, mas sublimado pelas circunstâncias, quando exposto ao poder se torna o maior de todos os tiranos. Se você é falso e maldoso, quando em situação de poder, sua falsidade e maldade se elevam a níveis inimagináveis. Por outro lado, quando você é bom, sua bondade se expande. No caso da segunda situação, um fato muito raro. Ninguém fica indiferente ao sabor do poder.
Se você é um tirano, mas sublimado pelas circunstâncias, quando exposto ao poder se torna o maior de todos os tiranos. Se você é falso e maldoso, quando em situação de poder, sua falsidade e maldade se elevam a níveis inimagináveis. Por outro lado, quando você é bom, sua bondade se expande. No caso da segunda situação, um fato muito raro. Ninguém fica indiferente ao sabor do poder.
Vi muita gente se potencializar para o mal (normalmente o
mais comum) por causa de um carguinho de merda de diretorzinho,
coordenadorzinho, chefezinho de departamentinho, presidentezinho etc. Situação tão passageira quanto a própria vida, mas que eram/são vividas como o ápice da sua existência.
Uma espécie de um gran finale de uma história medíocre daquilo que denominam vida. Por conta disso, mentiram, traíram, falsearam e se aliaram ao mal para
manter o seu palco em um espetáculo trágico, cômico e patético.
Um dia, eu cansei de assistir esse espetáculo. Levantei do
teatro e deixei os artistas falando sozinho. No fundo, nem viram que eu saí,
pois desfilavam em monólogos desconexos no seu cenário sem se enxergarem. Cheguei à conclusão de
que o problema não eram eles, mas eu. Eu havia cansado daquela peça. Tenho certeza hoje de que o problema está
comigo e com meu cansaço. Não querer fazer parte do circo de horrores é, de certa forma, ser um
horrível marginal.
Mas o tempo urge e a vida pede o essencial.
2 comentários:
Meu querido,
Uma fãs coisas de que mais gosto em vc e o fato de que vc desenvolveu, por vocação mas tb decisão, uns anticorpos preciosos contra essas babaquices.
Que a gente possa ter, ainda, muito tempo de parceria e amizade, porque minha admiração por vc está bem plantada no chão dos nossos dias, pode saber.
Com carinho,
Cristiane B.
Essa é uma questão assustadora.Pois o poder pode potencializar o caráter de alguém,e por isso corremos grandes riscos de encontrar novos pseudos "Hitler".E esse poder escroto da nação ainda vai infectar muita gente.Também não quero fazer parte.Abraço
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