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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

A renúncia do Papa e muito a se pensar....


Há alguns minutos, uma agência de notícias italiana, anunciou que o Papa Bento XVI irá renunciar no final de fevereiro. Se isso for verdade mesmo, o grande líder da igreja católica acabou de ganhar um grande admirador, eu.
O que vi até hoje foram pessoas que, mescladas a "carguinhos" e "titulozinhos" em empresas ou no poder público, eram capazes de mentir, tramar, ludibriar quem quer que fosse, amigos, colegas, parentes, seja quem for, para ficar no cargo com a expectativa do para sempre. Na espera de morrer atrás daquela mesa e de todo o poder que pensa que tem.
O sumo pontíficie abriu mão de tudo. 
Ele declarou, mas seja qual razão for, que é hora de parar uma vez que 85 anos é muita idade para um homem seguir naquela função. E jogou a toalha, o poder, o influência… Talvez se retire para uma casinha em sua terra natal, talvez mude-se para um retiro de clérigos onde poderá passar o resto (e nesse caso não é muito mesmo) de sua existência longe de toda essa luta, ganância, ardilosidade. Talvez, ele tenha cansado, talvez… 
Que nos sirva sempre de lição…
Amem.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

A queda dos pequenos reinos


Acho interessante como as pessoas erguem seus pequenos reinos nesse plano existencial e fazem dele sua morada eterna. À frente de uma empresa, de uma associação, de uma fundação, de uma organização qualquer, o pequeno liderzinho que me lembra o mini-me do Austin Powers berra do alto de sua montanha como se seus gritos fossem ecoar para todo o sempre e seus servos se curvarem até os fins dos dias.
MiniMe
Mas se até o império romano caiu o que leva esses pequenos césares a acreditarem na eternidade? 
Acredito que tudo isso decorre da perda de temporalidade e da ausência da percepção de que nossa contagem regressiva para deixar um lugar ou uma posição de destaque começa quando sentamos na cadeira. Que sejam 10 dias, dez meses ou dez anos, mas nada se estenderá além do tamanho de seu tempo. Todavia, envolto nas adulações, nas tramas e nas intrigas ele se perde e, como o princípe de Maquiavel, faz de tudo para se perpetuar no poder. Entretanto, sua vida é limitada e seu tempo na cadeira termina nem que seja com o tempo de sua vida.
Lá fora, os desafetos que fizeram para a perpetuação do poder aguardam como abutres prontos para o devorarem, dilacerarem sua carne, e espalharem história de quanto ele foi mau (ainda que não o tenha sido). Mas afinal, isso justifica toda e qualquer atitude que se tome contra ele e todos os seus. A queda dos pequenos reinos são sempre assim, seguidas de mágoas, mentiras, injúrias, calúnias e, acima de tudo, vingança.
Toda vez que vejo cair um pequeno rei, segue-se a isso sua imagem desolada dele com a perda do trono. Longe de me vangloriar com seu "infortúnio", sinto-me invadido de piedade com aquele que continua lamentando a perda do que não era seu, pois esse ainda continua cego e sem nada ter.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

A origem - episódio II - A ganância


"Quem ama o dinheiro jamais dele se farta; e quem ama a abundância nunca se farta da renda; também isto é vaidade." Eclesiaste 5:10

Querer mais e mais é uma manifestação natural de insegurança de quem acha que, no momento seguinte, vai faltar. Mesmo que conscientemente  se saiba que não vai  faltar, a pessoa carrega o fantasma de pensar: mas e  se faltar?
A partir daí, segue um processo de moldagem do indivíduo e suas necessidades ao tamanho do consegue. Se consegue 10 mil, suas necessidades moldam-se nesses 10 mil e trabalha para conseguir mais. Porém, esse "mais" não se caracateriza como excedente, pois quando é adquirido, já encontra as necessidades do tamanho dele. O grande mal disso é a confusão que se faz com a ambição. Muitas vezes, o ganancioso é vistoso com alguém ambicioso e pró-ativo. É um interessante processo de conversão de mazela em qualidade.
De certa forma, o ganancioso tem uma certa razão quando acha que nunca é o suficiente, pois o suficiente dele se molda (para mais) na medida em que ganha mais. A pessoa que sofre esse mal não tem dimensão do dano que causa a si mesma, uma vez que a força a rodar sempre em velocidade mais acelerada para conseguir o que nunca vai satisfazê-la: poder, dinheiro, influência. Por mais que tenha, nunca será o suficiente. O ganacioso é mais ou menos como o cachorro que corre atrás do próprio rabo, só difere disso por seus meios, pois considera que para fazer valer os seus interesses vale tudo, inclusive capturar a cauda dos outros. Não há limites morais para ele.
O fato é que, muitas vezes, sua angústia em ter o que não precisa é tanta que ele não percebe nem o que tem.

sábado, 14 de janeiro de 2012

O que 2011 me trouxe? A percepção do poder..


Sinceramente, não sei. 
Possivelmente, o mesmo que 2010, 2009, 2008.. e vai por aí. Na verdade, eu vim acumulando uma série de aprendizagens e experiências que me fizeram mudar de ideia sobre algumas leituras de mundo. E a minha grande mudança foi com relação ao que eu pensava sobre poder e dinheiro. 
Eu tinha comigo que o que movia a “puxada de tapete”, “traição”, a falsidade e outras tantas coisas comuns em ambiente de trabalho era o dinheiro. Aquelas gratificações que recebemos associadas aos salários e que engordam os ganhos. Mas 2012 veio para me mostrar que quem trabalhava com vistas à gratificação era eu e não muitos dos meus colegas que ou já tinham dinheiro, ou a gratificação que recebiam era tão pífia que não compensava o esforço.
Eu sempre deixei claro que amor eu tenho pela minha esposa e meus filhos, por instituições, eu tenho compromisso profissional e respeito. Sou contratado, cumpro meu dever de forma eficiente e vou embora. É assim.
Mas o que compensava, então, a essas pessoas se não era o dinheiro? 
Poder. Pode parecer ingenuidade minha, mas nunca imaginei que as pessoas se entorpecessem disso como de uma droga e quando se encontram inebriadas são capazes de fazer qualquer coisa para não perder a posição. Convivi com pessoas com quem já convivia há anos e, quando elas provaram do poder, mudaram completamente. Tornaram-se outra pessoa capaz de tudo, tudo mesmo, para não ficar longe mais do suave veneno que as nutria. O dinheiro sequer era colocado em questão.. O que enlouquecia era o poder. 
Eu as percebi mudando de forma, de voz, de valores, enfim, se “monstrificarem” como o “Smeagol”, personagem de senhor dos anéis que se torna um monstro deformado pelo poder do anel.
Sinceramente, eu não sei se elas sempre foram aquele monstro, porém, adormecido, ou se eu estava diante de uma metamorfose completa. 

Vi pessoas que se foram da minha vida de vez depois que optaram por se transformar de algo que um dia admirei e respeitei em monstruosas deformidades. Não lamentei.. percebi que nunca tive amigos ali, tratava-se de uma leitura errada minha, que era tudo uma questão de tempo. 
E o tempo chegou..

E que venham outros tempos que coloquem à prova as minhas leituras de mundo.
E que venha 2012 com suas aprendizagens.

domingo, 30 de agosto de 2009

Lógica da Ganância

Não fica aqui uma crítica ao Criança Esperança, mas uma reflexão sobre a ganância da lógica tributária brasileira e da "lucrofilia" (Criei essa palavra agora, pois não a achei no Aurélio e precisa dela. Quer dizer amor somente aos lucros). O dinheiro é bem empregado embora não me fique claro qual a destinação exata dele. São projetos sociais. Ponto final. Mas, enfim, tem um impacto positivo nas comunidades em que chega.
O que me impressiona são as doações. Eu, cidadão comum, posso (e devo) doar de 7 a 30 reais. Posso (e, mais uma vez, devo) compartilhar com quem precisa para termos um mundo melhor. Certo? Sim. E plenamente justo.
Entretanto, por outro lado, o governo federal não pode (e não aceita de forma alguma) abrir mão de sua carga tributária com algum tipo de isenção fiscal sobre as doações. O governo estadual não permite (e nem cogita) a possibilidade de isentar de ICMS as doações e as operadoras não consideram a possibilidade de isentar o custo da ligação.
Bom, dentro dessa lógica perversa, (e pervertida na sua pior acepção possível) uma coisa que é do interesse de todos fica vinculada a gentileza do doador e amarrada na ganância do governo e do empresariado.
É fato dispensável de comprovação que eu arrecado menos do que o estado e que as operadoras de telefonia, contudo, eu sou o único que é martelado com o sentimento de culpa de que se não doar, estarei privando as criancinhas de escola com capoeira, aulas de computador, dança e apoio psicológico entre outras coisas.
Se eu me negar a abrir mão do que posso oferecer, queimarei no inferno da culpa por toda a eternidade...
Eu, o governo federal, o governo estadual e as operadoras de telefonia que, nessa altura do campeonato, já tem sua cadeira garantida por lá.

Em tempo: Acho a causa justa, mas aquela virada de shows do Criança Esperança é um pé no saco. Se prometerem parar com a aquilo, me comprometo em doar mais dinheiro no ano que vem.