Mostrando postagens com marcador lógica perversa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador lógica perversa. Mostrar todas as postagens

domingo, 21 de outubro de 2018

A lógica (política) da janela e do peitoral

Os políticos, grandes mestres na arte de iludir (como se diz na música e adapatando: como pode querer que o político vá viver se mentir), são supremos na arte de nos quebrar as pernas e doar-nos muletas como uma benção de sua maravilhosa gestão. Mas outra habilidade deles é trocar o sofá da sala em que a mulher o trai e continuar com a mulher.
Por exemplo, consideramos que existam 100 pessoas na linha de pobreza ou seja, com uma renda familiar menor do que R$ 387,07. Isso é um "valor índice" referencial. Vamos então à solução do político: 1. Reduzir o índice alegando que houve ganhos sociais não monetizados diretamente e instabilidade econômica que asseguraram a ampliação do poder econômico das famílias. Isso justifica a revisão do chamado índice de pobreza.  Se o estado lhe oferece (sic) uma série de coisas que seriam compradas com dinheiro, logo, não precisa dispensar dinheiro com aquilo, logo, teoricamente, o que você ganha se amplia. É como alguém que ganha 1000 reais, mas que o pai paga a maioria de suas contas; quer dizer, teoricamente, ele ganha mais do que o cara que ganha 2000 reais, mas que tem 1500 reais de seu salário comprometido com dívidas. Dessa forma, altera-se o índice para baixo e, independente disso, se 50% das pessoas ganham 10 reais a menos do que 387, acabamos de tirar uma galera da linha de pobreza, mas que continua pobreza, Enfim, deixando-os miseráveis como sempre.
A outra maneira é oferecer algum benefício financeiro governamental (bolsas, auxílios etc). um benefício de 40 reais que se destine a uma família de 5 pessoas representa uma elevação de 8 reais na renda média mensal de uma família que estava abaixo da linha de pobreza (386, por exemplo) para 394,00. Pronto, eis uma política que tirou mais uma galera que estava abaixo da linha de pobreza.
Aplique essas estratégias maquiavélica e cálculos tortuosos a milhões de pessoas e potencialize a desgraça, faça essas pessoas se convencerem disso repetindo exaustivamente o tom messiânico da mentira. 
O cenário é o mesmo de antes, a janela mostra mesma cena, mas com o peitoral reformado.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Deixa ver se eu entendi...

Dúvidas 1
Eu pago imposto, o governo pega o meu dinheiro para construir uma estrada, constrói. Pronto, até aqui tudo bem. Aí, ele cede a concessão para uma empresa particular, eu continuo pagando imposto. Bom, até aqui foi. E aí, a empresa cobra para eu usar uma coisa pela qual já paguei e continuo pagando. Certo? É. Acho que eu entendi. Só não achei bacana.

Mas entendi.

Dúvidas 2
Bom, eu posso abater meus gastos com saúde no Imposto de Renda. Aí eu vou ao médico, ele me cobra 80 reais de consulta. Saio de lá com uma lista de remédios. Legal, acho que até aqui deu para acompanhar. Vou a uma farmácia, compro os remédios e gasto 450 reais. Tudo bem?! Bem, aí eu só posso abater os 80 já que os 450 não são vistos como despesas médicas, gastos com saúde. Huuummm... Entendi de novo, mas continuo não gostando.

Dúvidas 3
O problema é o número de reprovações no ensino fundamental na rede pública, certo? Bom, aí o governo aprova uma lei que proíbe reprovar. Ok, até aqui foi. Aí, uma vez que não se pode reprovar, todos são aprovados... É isso mesmo? Bem, então, acabou o problema com alunos reprovados no ensino público. Certo?



P.S.: Cansei de entender. Estou começando a preferir a ignorância.

sábado, 30 de janeiro de 2016

Vivendo e desaprendendo... emburreci mesmo

Às vezes, penso que emburreci ou talvez sempre tenha sido sempre muito burro e não me dado conta de tal fato. A maturidade me faz apostar cada vez mais na segunda hipótese.
Vi o governo divulgar outro dia na TV que liberaria um incentivo para o crescimento da economia de 96 bilhões de reais em 2016. E várias pessoas (do governo, é óbvio) diziam sobre o quanto isso era bom, pois os recursos não viriam dos cofres necessariamente do erário, mas do FGTS, quer dizer, do meu cofre quando fui funcionário da iniciativa privada e todos que ainda o são.
Pois bem. Há coisa de um mês, assistindo a uma discussão de economistas (tanto aliados das ideias do governo quanto contrários) na TV, dados mostravam que o mesmo governo havia cortado 120 bilhões em incentivos para economia nos últimos 12 meses... Isso era um consenso entre eles, independente de suas visões políticas. Suponho que sabiam o que estava falando e que tinham base para suas afirmativas.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

O médico, a faca e a estupidez

Às vezes, me assusta o rumo que as coisas tomam. Outro dia, vi uma pessoa argumentando que só se impressionaram com o assassinato do médico na lagoa porque ele era branco, classe média e morava na zonal sul. Afinal, milhares (sic) de pessoas morrem nas mesmas condições na zona norte dessa forma e ninguém fala nada (sic). 
Acho esse discurso tortuoso e de um preconceito às avessas. É como se legitimássemos o crime contra um grupo porque outros grupos sofrem coisas piores. Acho bizarro essa maneira de pensar e nem vale a pena argumentar com quem levanta essa ideia. Não vale a pena gastar o latim.

domingo, 30 de agosto de 2009

Lógica da Ganância

Não fica aqui uma crítica ao Criança Esperança, mas uma reflexão sobre a ganância da lógica tributária brasileira e da "lucrofilia" (Criei essa palavra agora, pois não a achei no Aurélio e precisa dela. Quer dizer amor somente aos lucros). O dinheiro é bem empregado embora não me fique claro qual a destinação exata dele. São projetos sociais. Ponto final. Mas, enfim, tem um impacto positivo nas comunidades em que chega.
O que me impressiona são as doações. Eu, cidadão comum, posso (e devo) doar de 7 a 30 reais. Posso (e, mais uma vez, devo) compartilhar com quem precisa para termos um mundo melhor. Certo? Sim. E plenamente justo.
Entretanto, por outro lado, o governo federal não pode (e não aceita de forma alguma) abrir mão de sua carga tributária com algum tipo de isenção fiscal sobre as doações. O governo estadual não permite (e nem cogita) a possibilidade de isentar de ICMS as doações e as operadoras não consideram a possibilidade de isentar o custo da ligação.
Bom, dentro dessa lógica perversa, (e pervertida na sua pior acepção possível) uma coisa que é do interesse de todos fica vinculada a gentileza do doador e amarrada na ganância do governo e do empresariado.
É fato dispensável de comprovação que eu arrecado menos do que o estado e que as operadoras de telefonia, contudo, eu sou o único que é martelado com o sentimento de culpa de que se não doar, estarei privando as criancinhas de escola com capoeira, aulas de computador, dança e apoio psicológico entre outras coisas.
Se eu me negar a abrir mão do que posso oferecer, queimarei no inferno da culpa por toda a eternidade...
Eu, o governo federal, o governo estadual e as operadoras de telefonia que, nessa altura do campeonato, já tem sua cadeira garantida por lá.

Em tempo: Acho a causa justa, mas aquela virada de shows do Criança Esperança é um pé no saco. Se prometerem parar com a aquilo, me comprometo em doar mais dinheiro no ano que vem.