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sexta-feira, 25 de maio de 2012

A queda dos pequenos reinos


Acho interessante como as pessoas erguem seus pequenos reinos nesse plano existencial e fazem dele sua morada eterna. À frente de uma empresa, de uma associação, de uma fundação, de uma organização qualquer, o pequeno liderzinho que me lembra o mini-me do Austin Powers berra do alto de sua montanha como se seus gritos fossem ecoar para todo o sempre e seus servos se curvarem até os fins dos dias.
MiniMe
Mas se até o império romano caiu o que leva esses pequenos césares a acreditarem na eternidade? 
Acredito que tudo isso decorre da perda de temporalidade e da ausência da percepção de que nossa contagem regressiva para deixar um lugar ou uma posição de destaque começa quando sentamos na cadeira. Que sejam 10 dias, dez meses ou dez anos, mas nada se estenderá além do tamanho de seu tempo. Todavia, envolto nas adulações, nas tramas e nas intrigas ele se perde e, como o princípe de Maquiavel, faz de tudo para se perpetuar no poder. Entretanto, sua vida é limitada e seu tempo na cadeira termina nem que seja com o tempo de sua vida.
Lá fora, os desafetos que fizeram para a perpetuação do poder aguardam como abutres prontos para o devorarem, dilacerarem sua carne, e espalharem história de quanto ele foi mau (ainda que não o tenha sido). Mas afinal, isso justifica toda e qualquer atitude que se tome contra ele e todos os seus. A queda dos pequenos reinos são sempre assim, seguidas de mágoas, mentiras, injúrias, calúnias e, acima de tudo, vingança.
Toda vez que vejo cair um pequeno rei, segue-se a isso sua imagem desolada dele com a perda do trono. Longe de me vangloriar com seu "infortúnio", sinto-me invadido de piedade com aquele que continua lamentando a perda do que não era seu, pois esse ainda continua cego e sem nada ter.

sábado, 3 de setembro de 2011

A bolinada

Tecnicamente falando, aquilo que sentira no ônibus era uma bolinada. Sim. Passaram a mão em sua bunda. Algo impensável para ela com seus 105 quilos distribuídos em 1,55 m e virando a casa dos 50 anos. Mas era o que de fato sentia. Passaram a mão na sua bunda. Ali, naquele ônibus, meio congestionado no corredor. E se fosse sem querer, uma passada casual que viria seguida de um “desculpe”. Mas o "desculpe" não veio. Não. Definitivamente falando, era intencional. Atrás de si, um senhor com uma bíblia velha embaixo do braço, um menina ouvindo música com fones, um jovem com bolsa de supermercado na mão. Descartando a mocinha do fone de ouvido, tanto o jovem quanto o senhor com a bíblia velha poderiam ter trocado o que carregavam de mão, soltado as alças do ônibus e vapt. Passado a mão nela. 
O pensamento corroeu-lhe a alma. Ficava entre a vontade de reagir e uma impotente sensação de despertar desejo novamente. Pois, afinal, apesar de tudo, desejada. Já nem se lembrava mais o tempo que havia entre aquele episódio e o último elogio. Isso se perdera no tempo. Mas, ali, no ônibus, sua bunda era novamente estrela. 
Todavia, era uma afronta, um desrespeito. Precisava tomar uma atitude. Olhava trás em busca de um sinal de quem havia feito aquilo. Mas até agora nada e seu ponto de descida já se aproximava. Desceu olhando para trás com aquele dúvida amargando-lhe.
A partir daquele dia, pegou aquele coletivo mais umas 30 vezes, no mesmo horário, na esperança de descobrir quem a havia bolinado. Procurara sempre no mesmo horário por todo o tempo. Mas nada. Nunca mais viu o rapaz da bolsa, o senhor com a bíblia velha ou mesmo a garota do fone de ouvido.
Levou aquela dúvida para o túmulo.


terça-feira, 17 de maio de 2011

Poder e tesão, os velhinhos estão à solta!

Nem sei se digo que primeiro veio o Berlusconi, mas nos últimos tempos sim, acho que foi um dos mais badalados. Agora o presidente do FMI, Strauss-Kahn. Amanhã, outro poderoso que nos faz chegar a conclusão de que os velhinhos da geração pós-viagra, estão com tudo em cima (sic), literalmente.  É escândalo sexual atrás (sic de novo) do outro.
O que eu não entendo bem é essa história de vítima de agressão sexual. É um tipo de estupro ou se trata de um sexo consentido, mas seguido de agressão? Nesse mundo politicamente correto, fica difícil entender o que querem dizer de vez em quando. Outra coisa que não entendo é o foco. Sexo é bom! Ninguém pensa diferente (acho que não), mas há um monte de outras coisas na vida bem boas, viu! E como passar do tempo, não perdemos o interesse por sexo, mas a maturidade vai abrandando aquele tesão descontrolado da juventude. Começamos a gostar de sexo, mas o que carregamos no meio das pernas não é mais o centro do universo, faz parte do universo, mas não é o centro.
Aí, dois homens plenos de poder, ricos, com milhões de coisas para lhes dar prazer também se envolvem em um escândalo meio adolescente. Um fazendo suruba com prostitutas novinhas, outro tentando dar uns pegas à força numa camareira de hotel...? Esses coroas são um perigo! Apertem os cintos, os velhinhos piraram.

P.S.: E ainda tem vaga especial para estacionar e não pegam fila no banco e no mercado. 
Sabe de uma coisa... Acho que quero ficar velho logo. 

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Seios, peitos e outras coisas que tiram a atenção

A relação dos homens com os seios é a mais primitiva que existe. Ela remonta o primeiro contato que temos com a ideia de alimento e proteção assim que nascemos. Logo nos primeiros dias de vida e durante algum tempo, aquela coisa redonda com um mamilo no meio é a nossa razão de viver. Acordamos e dormimos, muitas vezes com a boca aberta e grudados nos seios. É o nosso primeiro prazer intenso
O tempo passa e começamos a entender que há coisas mais gostosas do que leite de peito, Nescau, por exemplo. O peito perde o sentido de alimento, mas continuamos repousando a cabeça nele quando queremos consolo da mãe.
Na adolescência, aquelas belas montanhas são símbolos do prazer ainda intocável. Nas capas das revistas masculinas, seios aos montes atraem os olhares da macharia. O foco é outro, mas a essência é a mesmo, o prazer. As mulheres exibem seus seios com ou sem silicone, símbolo máximo das fêmeas da nossa espécie como se dissessem: veja! Sou uma boa fêmea. Posso oferecer conforto e prazer como sua mãe o fazia, mas dessa vez, muito melhor.
E os olhos do homem mergulham nos decotes de verão passam na sua frente. São olhares gulosos, mas não indecentes, são olhares que nasceram em um desejo inconsciente(hoje), mas que nasceu junto com o seu primeiro choro.
Dessa forma, mulheres, não esperem que os seus decotes passem despercebidos por algum homem. Por mais que você não note, sempre há alguns olhares que roubam um pedaço dos seus dotes.

sábado, 26 de setembro de 2009

À espera de D. Sebastião ou outro salvador da pátria.

Para quem não conhece, D. Sebastião foi um rei de Portugal que desapareceu em uma batalha no norte da África. Ele marcou o fim de uma dinastia lusitana de grande prosperidade nas artes, ciências, cultura, enfim, marcou o fim das vacas gordas. De lá para cá, vários povos de língua portuguesa (entre eles nós) passaram a esperar a volta do rei que traria consigo toda prosperidade passada. No Brasil, o caso mais interessante foi o de Canudos no Nordeste, mas há pequenos vilarejos no interior do país que ouviram a história por alto e ainda aguardam o bom rei.
O fato é que estamos sempre esperando o retorno de um rei que irá nos guiar, do messias que irá nos salvar, mas não vem ninguém. Acreditamos que já veio e que vai voltar para nos salvar, sei lá, alguém, um super homem, um rei, um mártir, um santo, um mutante.. qualquer coisa poderosa. A porta se bate todos os dias e ninguém entra. Mas, ainda assim, sustentamos a crença de que há alguém que sempre poderá surgir do nada e resolver nossos problemas de uma vez só, com um gesto mágico e sobrenatural.
Na política, acreditaram em Tancredo e choraram com a sua morte (lá se foi nosso salvador), se decepcionaram com Lula (ele não nos deu igualdade social plena) e esqueceram que eles, entre tantos homens, eram só homens que talvez esperassem também que, de algum lugar, viesse um salvador, um messias, um D. Sebastião que os salvasse, que os redimisse...

P.S.: Para desanuviar a decepção, lembremo-nos, nesse final de ano, daquele que, realmente, veio para nos salvar...

O 13º.
Amém.