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sábado, 27 de agosto de 2016

O povo mais desencanado do Brasil

Há muitos anos tenho a felicidade de ir ao Nordeste com relativa frequência e sempre encontrei um povo acolhedor, simpático e acima de tudo desencanado. Esta última característica então tem endereço fixo e certo e se chama Bahia. Em todas as minhas idas a esse estado, sempre constatei a mesma coisa, ô gente boa de desencanada.
Há um país inteiro fazendo piada sobre o jeito preguiçoso de ser do baiano (o que nunca foi verdade, já que sempre constatei que eles trabalham tanto quanto qualquer outro brasileiro) e diante dessa montoeira de piada que fazem sobre os baianos, como eles se comportam? Como eles reagem? Bom, de forma simples.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Etiqueta do Facebook... sempre bom lembrar.

O Facebook é como se fosse uma conversa pública. É como se houvesse duas ou mais pessoas conversando em um espaço público e você ali do lado, como em um ônibus em que você segue viagem escutando a conversa dos outros mesmo que não queira. Quando presta atenção, você curte algumas coisas, comenta (mentalmente) o assunto e, muitas vezes, quando chega em casa compartilha o que ouviu com um amigo ou parente.
Já pensou se você levantasse no meio do ônibus, se dirigisse aos passageiros que conversam e falasse um textão do quanto discorda do que ele está dizendo. Ele perguntaria rudemente quem o chamou na conversa, enfim, quem pediu sua opinião? E você pensaria: sujeito grosso. Sim. E você é uma pessoa sem noção de se meter em uma conversa para a qual não foi chamado.

segunda-feira, 14 de março de 2016

O texto, o contexto e a má fé

Certa vez, eu conversava com um colega sobre literatura e falava do quanto admirava obras de alguns autores como Nelson Rodrigues. Ele torceu a cara e disse, Nelson Rodrigues é um machista. Fiquei surpreso com a afirmativa, pois pensei que a contextualização do autor era óbvia. Ao que eu completei que sim, que ele era machista, inclusive que Monteiro Lobato, provavelmente, era racista, que Wagner (compositor) era antissemita (Nietzsche também...) e que a bíblia era homofóbica no velho testamento (ainda mais se você focar em Levíticos, um livro escrito no século XV a.C...) Ah sim.. e que Zumbi talvez tenha tido escravos. E qual o problema de se ter tido escravos no século XVII?
Pois é... Retirar o texto e o fato de seu contexto é a maneira mais cruel de não se entender nada e sair propagando sua bela consciência social que o torna o melhor dos seres humanos que já pisaram na terra. Ah sim... E se recusar a acessar a ler o livro por causa da capa.

quinta-feira, 10 de março de 2016

O chato e o mau hálito

Há uma sutil linha que nos permite comparar o chato com o cara que  tem mau hálito. A primeira coisa é o cuidado para se falar do tema com a pessoa em questão e não ser mal entendido ou arrumar um inimigo. Não é legal ter desafetos, mesmo que seja o desafeto de um chato. 
A outra é a ilusão tanto de um (chato) quanto de outro (cara com mau hálito) de que quem sente o efeito de sua presença é só o outro, e no singular mesmo. Nunca no plural. Ambos não reconhecem que tem problemas que incomodam os outros quando eles chegam perto e que, definitivamente, o problema não está com os outros, mas com ele.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Um mundo cada vez mais chatinho, sem graça e sensível


Outro dia, recebi uma postagem de um site de humor na internet que brinca com notícias falsas. Eles diziam que Um casal gay havia sido proibido de adotar um surfista de 22 anos. Obviamente, uma brincadeira, uma piada... No meio de diversos comentários de rs e kkkkk surgem alguns dizendo que não existe graça em se fazer humor com isso, outro, de uma associação que adotam pessoas mais velhas escreveu um manifesto de repúdio. 
Tempos atrás, vi um site em que havia uma piada de português também receber comentários sobre Xenofobia (hã???) e outro que trazia uma piada de caipira, receber críticas pela exaltação do estereótipo que contribui para a perpetuação do preconceito e da exclusão.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Ideologias e piadas

Por trás de uma piada, sempre há uma ideologia. 

Essa frase é tola porque é um pleonasmo pretensioso (quase uma tautologia - ou seja, uso de palavras diferentes para expressar uma mesma ideia; redundância - se é linguagem é lógico que é ideologia). Ela é amplamente usada por quem se presume alguém de um nível de consciência social muito acima do resto dos mortais. 
Entretanto, seu uso demonstra significativo desconhecimento do que é a linguagem. A verdade é que por trás de toda linguagem há ideologia. Todo ato comunicativo é um ato social e ideológico que posiciona o enunciador no mundo em que ele vive. 
"Por trás de uma piada, sempre há uma ideologia" é uma frase tola porque, na pretensão de ser politicamente correto e virtuoso, seu usuários se esquecem de que, por trás dela mesma (dessa frase), há uma ideologia, às vezes, menos suave do que uma piada.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Uma piada é só uma piada

Rir é o melhor remédio? Mas não sei se curaria ranhetice da turma do politicamente correto. O fato é que algumas pessoas perderam a capacidade de entender que uma piada é só uma piada.
Piada, linguisticamente falando, é um texto em que predomina em estilo narrativo, usualmente em 3º pessoa, contado de forma curta e cujo intuito é única e exclusivamente fazer rir em face de um evento inusitado que rompe a expectativa do ouvinte e provoca o riso pelo grotesco. Esse é o efeito do humor. Não confunda humor com algo engraçado. O humor é decorrente da ruptura do usual gerando o grotesco que pode ser engraçado ou não. Inclusive, isso varia de pessoa para pessoa, uns acham graça de uma coisa, outros não.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Tudo ofende a todos o tempo todo

Hoje, todo mundo se ofende com tudo. Dia desses colocaram uma piada no site Sensacionalista, que o como nome diz é só de notícias inventadas, de humor e para tirar um sarro com a imprensa sensacionalista (que obviamente, não aceita esse rótulo) sobre um casal gay que havia sido impedido pela justiça de adotar um surfista de 19 anos. Uma piada óbvia.
Choveram críticas e um leitor mais virulento fez um comentário de laudas e laudas sobre como esse tipo de preconceito era nocivo à causa da adoção, como era ofensiva aos gays, como era agressiva com aqueles que adotam pessoas mais velhas (sic)... Meu Deus! Era uma piada.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Procurando cabelo em ovo

Toda polêmica vã assenta-se na vaga deixada pela inteligência.

Há alguns anos li em um blogue na internet que a associação de cegos dos EUA iria apresentar um protesto contra o filme "Ensaio sobre a cegueira", do cineasta Fernando Meirelles baseado no romance de José Saramago. A alegação? Denigre a imagem do cego e o apresenta como alguém desorientado e desorganizado. Isso não contribui para o combate ao preconceito ao deficiente visual (cego é o cacete!!! Que fique bem claro).
Bom... é o famoso caso de não vi o filme e não gostei. (argh! Humor negro... desculpem!)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

1984 nunca foi tão real

Outro dia, recebi uma postagem de um site de humor na internet que brinca com notícias no facebook. Eles diziam que um casal gay havia sido proibido de adotar um surfista de 22 anos. Obviamente, uma brincadeira, uma piada... No meio de diversos comentários de "rs" e "kkkkk" surgem alguns dizendo que não existem graça em se fazer humor com isso, rir do oprimido exalta o opressor (hã??); outro, de uma associação de pessoas que adotam outras pessoas mais velhas escreveu um manifesto de repúdio e revolta com a piada. Era muita raiva e revolta verbalizada ali. 
Tempos atrás, vi um site em que havia uma piada de português também receber comentários sobre Xenofobia (hã???) e outro que trazia uma piada de caipira, receber críticas pela exaltação do estereótipo que contribui para a perpetuação do preconceito e da exclusão. Em um site com uma piada sobre papagaio, uma moça, em um comentário virulento, dizia que enquanto rimos, incentivamos o desrespeito e desprezo as espécies de animais. Enfim...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Comunidade é a favela pós-moderna

Na onda do politicamente correto, o que antes era chamado de favela ganhou um termo mais nobre, comunidade. Para se entender melhor, comunidade é o agrupamento irregular de pessoas de baixa renda que são, normalmente, esquecidas pelo estado durante o ano todo, mas lembrado pelas TVs na época do carnaval. O puxador de samba começa “Alô comunidade de Vigário geral, alô comunidade de Parada de Lucas, alô comunidade do Capão Redondo” (se não conhece esses lugares, digite no Google para ter uma noção do que estou falando).
É pouco provável que o puxador, no Rio, comece com “Alô comunidade da Barra da Tijuca” ou em São Paulo, "Alô comunidade de Alphaville”, embora quem tenha dinheiro suficiente para aparecer de destaque nas escolas de samba seja o pessoal que mora nesses locais.
É isso, comunidade é a favela pós-moderna que de tanto ser desgastada pela violência, pela falta de saneamento, pelas escolas caindo aos pedaços trocou de nome. Hoje, as pessoas não andam mais por aquelas favelas, mas sim, por comunidades.... desgastadas pela violência, pela falta de saneamento, pelas escolas caindo aos pedaços.. mas com o belo rótulo de comunidade.

sábado, 19 de março de 2011

O suspeito de... Suspeito????

O mais engraçado na imprensa hoje em dia são algumas expressões que os jornalistas usam e nem param para pensar como é ridículo se referir àquilo daquele modo. Eu ouvia rádio outro dia e um repórter relatava uma ação da polícia em um morro do Rio. Lá pelas tantas, ele relatou que, entre as mortes de envolvidos com o tráfico que reagiram a ação da PM, foi preso um homem branco de aproximadamente 25 anos portando um fuzil, um revólver, dois quilos de cocaína e várias trouxinhas de maconha. Ele era suspeito de envolvimento com o tráfico.... Suspeito?? Um homem que carrega com ele fuzil, revólver, cocaína à beça e maconha ainda pode ser considerado “suspeito” de envolvimento como tráfico? Sinceramente, se todos esses fatos (inconstestáveis) não podem ser elemento suficientes para caracterizar o envolvimento com o crime, é necessário mais o quê? Talvez uma camisa escrita “Comando vermelho” no meio de um coração desenhado a furo de bala o torne.. não sei, não.. mas um pouco mais suspeito. Mas não nos precipitemos... pode ser só uma leve suspeita.

P.S.: Até porque é tão comum pessoas portarem fuzis, revólveres, cocaína e maconha que qualquer julgamento seria de uma precipitação inconsequente.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Poemeto limítrofe das nossas percepções de mundo.

Quais os limites
Para as ações justificadas pela fé?
Um poço fundo que nunca dá pé?

E as fronteiras entre a barbárie e o cultural.
Até que o raio caia em nosso quintal?

Qual o caminho para ser mais esperto?
Assumir o que se pensa...
Ou repetir o politicamente correto?

sábado, 11 de outubro de 2008

Sempre procurando um cabelinho em ovo.

Toda polêmica vã assenta-se na vaga deixada pela inteligência.

Outro dia li em um blogue (na sala de Justiça) que a associação de cegos dos EUA irá apresentar um protesto contra o filme "Ensaio sobre a cegueira", do cineasta Fernando Meirelles baseado no romance de José Saramago. A alegação? Denigre a imagem do cego e o apresenta como alguém desorientado e desorganizado. Isso não contribui para o combate ao preconceito contra o deficiente visual (cego é o cacete!!! Que fique bem claro).

Bom... é o famoso caso de não vi o filme e não gostei. (argh! Humor negro... desculpem!)
Vez por outra aparece uma história dessa... Aparece um cara tentando proibir o uso da música "olha a cabeleira do Zezé" por ela fazer apologia à homofobia e à estigmatização da diversidade sexual. Ou mais, um sujeito tentando proibir "atirei o pau no gato" por considerar que trata de apologia aos maus tratos aos animais... Caramba! Abomino todo preconceito, seja homofobia ou qualquer outro e, simplesmente, acho que lugar de gente que maltrata animais é em uma cadeia com um monte de bandido sodomizando o desgraçado.
Mas espera aí... eu cantei atirei o pau no gato e nunca levei isso a sério. Assim como cantei quando criança "o sapo não lava o pé" e nunca me passou pela cabeça, mesmo na mais tenra idade, discriminar os sapos devido a seus precários hábitos de higiene.
Ao invés rebater, dessa vez, vou entrar na paranóia e sugiro os seguintes processos judiciais:

Proibir:
Rapunzel.
Razão:
Apologia à manutenção de pessoa em cárcere privado, sequestro..

Proibir:
A música "o teu cabelo não nega".
Razão:
Crime de racismo.

Proibir:
Os três porquinhos
Razão:
Apologia à tentativa de homicídio e/ou lesão corporal
Apologia aos maus tratos de animais.

Proibir:
Cinderela/Branca de Neve
Razão:
Apologia ao comércio de produto de "hortifruti" contaminado.
Apologia ao serviço escravo (tanto da parte dos anões quanto da madrasta). Em se tratando da madrasta, acrescentemos o cárcere privado

Proibir:
Música de "Parabéns" (parte do com quem será)
Razão:
A repetição do "com quem será" e do "vai depender" representa um tipo de coação/constrangimento ilegal que, muitas vezes, atenta contra a manifestação do livre arbítrio dos citados na musiquinha. Substitua-se doravante aquela parte por "lá, lá, lá..."

Cabe numa ação coletiva determinar por liminar judicial que a Xuxa pare de se referir às crianças como baixinhos e adote a denominação "seres humanos/cidadãos em processo incipiente de formação". Sendo assim, torna-se mister a retirada de todos os DVS "Xuxa só para baixinhos" até a susbtituição dos títulos por "Xuxa só para seres humanos/cidadãos em processo incipiente de formação"

E sabe o que é pior ? Tem gente que vai levar isso a sério...

Em tempo:
Viu por que eu modero comentários... Tenho paciência, mas não muita.