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segunda-feira, 14 de março de 2016

O texto, o contexto e a má fé

Certa vez, eu conversava com um colega sobre literatura e falava do quanto admirava obras de alguns autores como Nelson Rodrigues. Ele torceu a cara e disse, Nelson Rodrigues é um machista. Fiquei surpreso com a afirmativa, pois pensei que a contextualização do autor era óbvia. Ao que eu completei que sim, que ele era machista, inclusive que Monteiro Lobato, provavelmente, era racista, que Wagner (compositor) era antissemita (Nietzsche também...) e que a bíblia era homofóbica no velho testamento (ainda mais se você focar em Levíticos, um livro escrito no século XV a.C...) Ah sim.. e que Zumbi talvez tenha tido escravos. E qual o problema de se ter tido escravos no século XVII?
Pois é... Retirar o texto e o fato de seu contexto é a maneira mais cruel de não se entender nada e sair propagando sua bela consciência social que o torna o melhor dos seres humanos que já pisaram na terra. Ah sim... E se recusar a acessar a ler o livro por causa da capa.

quinta-feira, 10 de março de 2016

O chato e o mau hálito

Há uma sutil linha que nos permite comparar o chato com o cara que  tem mau hálito. A primeira coisa é o cuidado para se falar do tema com a pessoa em questão e não ser mal entendido ou arrumar um inimigo. Não é legal ter desafetos, mesmo que seja o desafeto de um chato. 
A outra é a ilusão tanto de um (chato) quanto de outro (cara com mau hálito) de que quem sente o efeito de sua presença é só o outro, e no singular mesmo. Nunca no plural. Ambos não reconhecem que tem problemas que incomodam os outros quando eles chegam perto e que, definitivamente, o problema não está com os outros, mas com ele.