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sábado, 8 de setembro de 2012

A semana do óbvio ululante.. Não me diga!

Segundo o dicionário, o adjetivo "ulutante" significa aquilo que grita, que uiva, que vocifera. Para Nelson Rodrigues, esse era um bom adjetivo para aquilo que está na cara de todo mundo gritando e que ninguém se toca muitas vezes. Pois, então, essa semana foi uma ode ao óbvio ululante. Pessoas públicas foram a mídia para declarar que é relativamente óbvio e, o mais impressionante, é que a mídia dá uma baita cobertura a isso como se estivesse apresentando a última novidade. Até, hoje, realmente não sei se é sério ou se isso é uma grande e genial ironia dos meios de comunicação.
Não sei e não quero arriscar nenhum palpite.

Kelly Key declara...

Não me diga. Eu iria morrer sem sequer imaginar isso. Baba baby baba...

Mulher pera faz o seu corpo a corpo com o eleitorado e dispara...

Mulher pera, mulher pera.. huummm não sei não estou ligando a bunda à pessoa.

Tammy Gretchen confessa....

Você acha??? Olha só.. ela acha.. só acha.

É... Tá faltando assunto na mídia. Daqui a pouco trazem uma Luiza do Canadá de novo só para variar.

sábado, 28 de maio de 2011

Kit-Gay(?): Tudo é uma questão de como se fala

A polêmica da semana foi o veto da presidente Dilma ao Kit educacional contra a homofobia, logo apelidado de Kit-Gay. Acho que se o objetivo era escrachar, chegamos a um passo de denominar o material de Kit-Viado, Kit-Bicha ou mesmo Kit-Baitola para atender ao regionalismo que o termo tem e não excluir os nossos amigos do Nordeste. 
O problema em questão, definitivamente, não é o que se fala, mas como se fala e a quem se fala. No meio da discussão não me ficou claro a quem se destinava propriamente o Kit. A Crianças? Aos adolescentes? Aos professores e educadores? Não entendi direito e por isso não me perderia em especulações sobre o público-alvo do material. Vou à questão central: o que se fala.
Acho que devemos abordar todos os assuntos na escola: homossexualismo, drogas, pedofilia, crise econômica. Enfim, escola é espaço de livre pensamento e formação. O problema é a maneira como isso está sendo abordado: "- Olha, hoje, vamos falar sobre os homossexuais." "Olha, Não pode discriminar, não pode debochar, não pode olhar estranho, pois eles são seres humanos..."
Não conheço o kit muito além do que a mídia apresentou, como já disse antes, mas essa me parece a pior metodologia para se abordar a questão. O tema tem que surgir espontaneamente e abrir o debate que não deve se estender como um gancho para o professor de uma matéria ou de outra em seu conteúdo. Todavia, a questão é: Como lidar com isso quando muitos dos professores trazem consigo um baita preconceito porque sua religião ou seja lá o que for diz que Deus disse (em pessoa para um cara que escreveu isso em um livro) que homossexuais são anormais? Ou quando o aluno chega em casa e vê o pai emitindo esse tipo de opinião?
Desse jeito, não dá. O preconceito tende a diminuir sim (como tem sido desde que eu lembro em minha adolescência até hoje, já há uns 30 anos nisso), mas reduziu na medida em que fatos relacionados ao tema começaram a emergir na mídia e no dia-a-dia das pessoas. O debate brota naturalmente disso e aí está a deixa para se falar naturalmente do fato.
E, para aqueles que abominam o homossexualismo, vai uma dica: - Olha, se seu filho (ou filha) tiver tendências homossexuais, ele(a) será, independente de você querer ou não. 
Dessa forma, trabalhe para que ele não seja um canalha ou para que não julgue as pessoas por sua cor, religião ou opção sexual. No mais, não podemos interferir muito.


sábado, 19 de março de 2011

O suspeito de... Suspeito????

O mais engraçado na imprensa hoje em dia são algumas expressões que os jornalistas usam e nem param para pensar como é ridículo se referir àquilo daquele modo. Eu ouvia rádio outro dia e um repórter relatava uma ação da polícia em um morro do Rio. Lá pelas tantas, ele relatou que, entre as mortes de envolvidos com o tráfico que reagiram a ação da PM, foi preso um homem branco de aproximadamente 25 anos portando um fuzil, um revólver, dois quilos de cocaína e várias trouxinhas de maconha. Ele era suspeito de envolvimento com o tráfico.... Suspeito?? Um homem que carrega com ele fuzil, revólver, cocaína à beça e maconha ainda pode ser considerado “suspeito” de envolvimento como tráfico? Sinceramente, se todos esses fatos (inconstestáveis) não podem ser elemento suficientes para caracterizar o envolvimento com o crime, é necessário mais o quê? Talvez uma camisa escrita “Comando vermelho” no meio de um coração desenhado a furo de bala o torne.. não sei, não.. mas um pouco mais suspeito. Mas não nos precipitemos... pode ser só uma leve suspeita.

P.S.: Até porque é tão comum pessoas portarem fuzis, revólveres, cocaína e maconha que qualquer julgamento seria de uma precipitação inconsequente.

sábado, 10 de julho de 2010

Caso Bruno: Tá legal, tá bom.. mas dá para falar de outra coisa também?

Um policial matador, um bando de puxa-sacos parasitas capazes de fazer qualquer coisa para continuar na aba de um jogador famoso, um garoto pobre que se encheu de dinheiro com o futebol, uma garota de programa de fazia pornô grávida tentando achacar esse jogador, uma mãe de garota de programa que não a via há anos querendo a guarda de um bebê que vale um bom dinheiro de pensão, um pai de garota de programa envolvido com estupro de menores... Acho que já sabemos tudo que precisávamos saber obre o caso Bruno.
Entretanto, assim como o caso dos Nardonis, a TV repete, repete, repete e repete à exaustão a mesma história com comentários de advogados especializados em direito penal, peritos usando luminol para achar sangue e delegados com mais de 20 anos de policial demonstrando comoção diante das câmeras como se aquele fosse o crime mais bárbaro que ele já viu. As imagens de helicóptero narrando a saída da delegacia, a chegada ao aeroporto, a entrada na prisão... ufa!
Está pronto o teatro que vem substituir o fiasco da seleção brasileira. Nem esquentou a história do fracasso do Dunga na África do Sul e já apareceu essa do fracasso humano do Bruno que aparece de manhã, de tarde e de noite... Almoçamos com Eliza Samúdio, tomamos café com o Macarrão, jantamos com Bruno...
É nessas horas que alguém precisa dizer a imprensa: tá muito bom, muito legal, mas vamos falar de outra coisa?
...

Enquanto isso o projeto Ficha Limpa é estuprado, agredido e assassinado pelo senador Heráclito Fortes e os políticos esperam outubro para garantirem mais 4 anos para estuprar, agredir e assassinar nossa pátria mãe tão distraída.






quarta-feira, 22 de outubro de 2008

"Comoção nacional..." Eu já cansei.

Comoção nacional é o nome que a imprensa dá a uma desgraça com cobertura de TV, rádio, jornal e revista. A última foi a dos Nardonis, e, em meio a tanta crise econômica mundial, surgiu o caso daquele psicopata que manteve seqüestrada e matou a ex-namorada porque não aceitava o fim do namoro.

Mais uma vez, segue-se uma seqüência de decisões desastrosas da polícia e das pessoas ligadas ao caso, como sempre... Parece um script lido e decorado à exaustão.

É uma história que se repete. A contagem é cansativa se começarmos a lista do episódio do ônibus 174 até hoje (isso para não ir muito longe).
O que eu não entendo é por que as histórias se repetem de forma tão circular. Seguido a isso, temos uma comoção nacional, debates sobre a ação da polícia, avaliação de especialistas em rede nacional, câmeras exclusivas e depoimentos de pessoas que conheceram a vítima, nos bares, em frente a uma TV, pinguços inveterados questionam a tática usada pela equipe de ação da polícia e alternativas de modus operandi. Tudo repetido em um ritual macabro que oferece chamadas de plantão extraordinário do jornal a cada instante.


Mas o corpo esfria, os atores são recolhidos, os cenários desmontados. Na coxia, só o pessoal da limpeza e do apoio. Do outro lado, a platéia já deixou a sala e o gerente do teatro só espera que uma nova peça seja colocada em cartaz.
Não que ele deseje. Longe disso, mas se acontecer... vai fazer o quê?
Será que sou só eu que canso dessas coberturas?
Acho que fiquei velho, acho que fiquei chato.

Em tempo:
Acho que a imprensa tem o dever de mostrar estas coisas
(e a admiro por isso), mas tem hora que o dever se confunde com algo que não consigo entender. Aí cansa...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Informações e desinformações... qual é a minha?

Só alcançamos a isenção completa e absoluta quando esticamos as pernas e nos alinhamos com o último leito que nos cabe nessa, a cova.

Eu lia a Veja, mas me disseram que ela era muito de direita; passei a ler Caros Amigos, mas me afirmaram que ela era muito de esquerda. Andei comprando a BRAVO, mas me falaram que era muito elitista. Passei a comprar a Época, mas aí me contaram que ela era da GLOBO, muito manipuladora. Tentei a ISTO É e me garantiram que era um projeto de VEJA. A FOLHA era muito prolixa, o JORNAL DO BRASIL, muito centrão. Assistir à TV GLOBO, nem pensar. SBT, muito decadente. A Bandeirante? Bairrista demais. A Record? Evangélica demais. Mas a Rede TV.. não.

Com essa, sou eu que não tenho paciência.
Garantiram-me que a única mídia séria, completamente isenta, sem comprometimento com nada a não ser com a verdade absoluta e pura é o Diário Celestial, editado no céu pelos arcanjos que cercam Nosso Senhor.

Mas ainda assim, os diabinhos no inferno não compartilham dessa opinião.

Acham-na muito aduladora.