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sexta-feira, 8 de julho de 2016

A "celebridade" e a intolerância

"Ergo hypocisis sempre est peccatum mortale."
São Tomas de Aquino

Tempos atrás, houve um assunto nas redes sociais que causou grande “comoção” (Se bem que rede social é reduto de todo tipo de comoção ocasional: as pessoas ficam comovidas, engajadas, postam hashtags, mas em menos de duas semanas retomam sua indiferença e alienação) e não deveria ser levada em conta como referência para nada.
Mas o fato é que o ator Alexandre Frota foi recebido pelo ministro da educação (dia 25 de maio) para apresentar um projeto de escola sem partido.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

A arte de comentar V – Vá e acrescente algo...

Ai, não sei nada sobre esse assunto. Desculpe. Visite o meu blog. (Então comentou essa besteira por quê, meu querido? Visite o quê..?)

Esse é o comentário mais tolo (depois de “kkk, legal seu blogue”) que alguém pode fazer. Pensa bem, se não sabe nada, se admite ser "burrinho" (já vi isso escrito, acredita? No meu blogue.... o cara escreveu: Foi mal, sou burrinho. Não sei nada disso. Visite meu blogue.), comentou isso para quê? Se pulasse o comentário na comunidade e deixasse para outro não seria mais honesto?


Aí vem o clássico, “visite meu blog” e dá vontade de falar:

- Você está falando sério?

Uma informação, um outro ponto de vista, um elogio, uma crítica, uma ratificação ou mesma uma retificação, tudo é válido. O comentário é a oportunidade que você tem de dizer ao autor: “olha, estive aqui, li seu texto e acho....X”. Um bom comentário dispensa o infame “visite meu blog”. Com esta postura, o blogueiro ganha mais do que visitas, ganha leitores, respeito e credibilidade.
E isso é tudo.


Leia também
A arte do comentário I: As comunidades e seu funcionamento básico
A arte de comentar II – Só comenta bem quem lê bem.
A arte de comentar III – Seja coerente...
A arte de comentar IV – Coesão no que se escreve não é luxo...


Esclarecimento (mais uma vez):
O objetivo dessas postagens é esclarecer, ajudar e oferecer algumas dicas de como fazer um comentário pertinente, inteligente e que valorize o trabalho de quem postou o texto comentado. Entretanto, somos todos livres para ir até aonde queremos (e não fazê-lo) ou mesmo até aonde a natureza nos limita. É bom que fique claro que sou totalmente contra todo e qualquer tipo de censura. E por fim, acredito que ninguém é obrigado a nada por aqui e a liberdade de pensar é tão ferrenhamente defendida quanto a de não o fazer.


terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Da série ambiente de trabalho VII : o aspirante à pombo correio

Sempre bem informado, Silvonaldo se encarregava de fazer com que qualquer notícia que saísse no cafezinho chegasse aos departamentos da empresa o mais rápido possível. Via aquilo como uma vocação, um destino traçado pelos deuses para ele. A isso somava seus dons de interpretação que davam às histórias um tom épico e fazia de qualquer batidinha de trânsito, um acidente de três carretas, um caminhão tanque, um ônibus escolar... dezenas de mortos e feridos.
Mas o seu maior prazer eram as notícias da empresa, a foice. Toda semana em fim de mês, ele chegava com a mesma conversa:
- Sei não, estão dizendo que vai haver um corte e o chefe já está com todos os nomes na mesa dele.
Outra vez...
- Sei não, dizem por aí que décimo terceiro este ano.. huuum nem pensar...
E variava...
- A firma está quebrada... ouvi dizer que nem sabem se vai haver pagamento no mês que vem.
Era sempre a mesma história e aquilo lhe dava um prazer quase sexual. Mas o fato é que havia pagamento em dia, não havia demissões e o décimo terceiro saía religiosamente antes do Natal...
Um dia se encheram do Sivonaldo e o colocaram na rua.
...
Com uma cartolina ele exibia uma frase na frente do prédio durante aquela tarde.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

De paisagem, de Janelas e de culpados

Jonyedson tem 10 anos, mora numa favela na zona norte do Rio que é dominada, metade por traficantes, a outra metade por milicianos (nesse caso, um acordo de cavalheiros raro no ramo). Na escola dele, dois garotos, aviõezinhos do tráfico, foram executados porque tentaram passar a perna nos bandidos. Suspenderam as aulas no dia. Ordem do chefe da boca. Sua mãe, diarista, sustenta 6 filhos e, vez por outra, registra queixa na delegacia de proteção à mulher contra seu ex-marido que invade o barraco embriagado. Ele a espanca e toma-lhe os parcos trocados que recebe. Logo após, retira a queixa com medo de represálias de amigos do ex, todos ligados ao movimento no morro. Jonyedson assiste a tudo debaixo da cama para não apanhar também. Hoje de manhã, Jonyedson teve que esperar mais de 1 hora para sair de casa por causa de um tiroteio do pessoal da boca com os homens do BOPE. Na calçada, quando saiu, já estava aquela montoeira de sacos pretos cobrindo o que sobrou da ação.

Mas naquela manhã algo mudou. A mãe de Jonyedson foi chamada às pressas à escola. Por causa de uma discussão com um coleguinha de sala, seu filho empurrou uma cadeira e o menino caiu ralando o braço na altura do cotovelo.

O comportamento agressivo dele preocupou a orientadora pedagógica, psicopedagoga com formação também em sociologia, que pediu à mãe que cortasse os desenhos japoneses que passam na TV, pois eles são os principais responsáveis pela "explosão de violência" do garoto.

A mãe, então, passou a guardar a pequena TV em preto e branco do Paraguai adquirida em um camelô em cima do armário.

***

Quando fica em casa, Jonyedson passa as horas debruçado na janela vendo as pipas que sobem quando os PMs chegam.
Isso quando não tem tiroteio.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Informações e desinformações... qual é a minha?

Só alcançamos a isenção completa e absoluta quando esticamos as pernas e nos alinhamos com o último leito que nos cabe nessa, a cova.

Eu lia a Veja, mas me disseram que ela era muito de direita; passei a ler Caros Amigos, mas me afirmaram que ela era muito de esquerda. Andei comprando a BRAVO, mas me falaram que era muito elitista. Passei a comprar a Época, mas aí me contaram que ela era da GLOBO, muito manipuladora. Tentei a ISTO É e me garantiram que era um projeto de VEJA. A FOLHA era muito prolixa, o JORNAL DO BRASIL, muito centrão. Assistir à TV GLOBO, nem pensar. SBT, muito decadente. A Bandeirante? Bairrista demais. A Record? Evangélica demais. Mas a Rede TV.. não.

Com essa, sou eu que não tenho paciência.
Garantiram-me que a única mídia séria, completamente isenta, sem comprometimento com nada a não ser com a verdade absoluta e pura é o Diário Celestial, editado no céu pelos arcanjos que cercam Nosso Senhor.

Mas ainda assim, os diabinhos no inferno não compartilham dessa opinião.

Acham-na muito aduladora.