segunda-feira, 8 de agosto de 2016
Etiqueta do Facebook... sempre bom lembrar.
segunda-feira, 13 de maio de 2013
Um fórum para ver se você se debate "a nivel de"...

Aí, propõe-se um Seminário para se discutir a eficácia dos Fóruns que discutem as questões complexas relacionadas ao ensino, ao meio ambiente e à sociedade. Mas estes seriam mesmo eficientes ou necessários? Daí, nada mais interessante do que um Simpósio para discutir a eficácia dos Seminários que discutem a eficácia dos Fóruns que discutem o ensino, o meio ambiente e a sociedade. Até o dia em que alguém achar que Simpósio merece uma discussão "a nível de problematização das abordagens dialéticas da questão" (ou seja lá o que for) e propor um Encontro... Quem sabe para discutir a eficácia dos simpósios?
Lá vem mais um evento nessa roda viva.
Mas tenho esperança de que um dia os sinônimos acabem... aí, as discussões melhorarão de nível.
terça-feira, 27 de março de 2012
A doença da carência (e, obviamente, da falta do que falar)
Outro dia, duas senhoras disputavam quem teria sofrido de mais moléstias. Uma apontava um cálculo renal e suas dores tão cantadas pelos quatro cantos do mundo. A outra, não se dando por vencida, disparou com uma úlcera gástrica. Dores, dores, dores e endoscopias. Sentindo que perderia terreno a primeira senhora pegou pesado e usou a doença de um parente distante, uma espécie de golpe baixo nesse tipo de disputa. Ela invocou um tio que morrera de câncer em apenas 1 mês... dores, dores, dores.. terríveis e fim.
Mas, por fim, uma senhorinha que, aparentemente, não morrera ainda por problemas auditivos, afinal, Deus já chamava há tempos, mas ela não ouvia, deu um golpe de misercórdia nas duas.
- Espinhela caída, sussurrou a senhora. Espinhela caída, repetiu.
Uma das senhoras se benzeu com o sinal da cruz. A outra colocou a mão na boca e ficou com os olhos marejados de lágrimas.
Afinal de contas, espinhela caída e vento virado, só benzendo. E como hoje não há mais benzedeiras como antigamente, é fatal.
O médico abriu a porta e as encontrou consternadas, pálidas...
Uma delas ousou inquirir:
- O senhor benze, não benze doutor?
sábado, 29 de janeiro de 2011
As mentiras dos gordinhos e dos turistas de Cabo Frio

Atenção! Este é um texto de humor e não tem por objetivo ofender, denegrir, atingir, criticar nem gordinhos, nem turistas de Cabo Frio (categoria na qual me encontro). A explicação é absurda, mas momentaneamente necessária.
domingo, 3 de maio de 2009
Papo de dentista

O rapaz chega na sala de espera. Na parede, quadros baratos, um sofá, uma música ambiente... uma mesinha com uma pilha de revistas de fofoca. Até hoje não entendo por que dentista acha que todo mundo se interessa pelo novo namorado da Ana Maria Braga e das férias da Suzana Vieira em Itaparica.
Aguarda, aguarda... A porta se abre.
- Bom dia!
- Bom dia!
- Vamos entrar?
Acomoda-se na cadeira. Abre a boca. Prepara-se psicologicamente, pois, daí para frente, alguém assumirá o controle de seu maxilar, de sua salivação e falará coisas que, para quem está do lado de fora, se ouvir, vai pensar mil coisas (“olha, eu vou colocar, se doer eu tiro”, “relaxa que eu vou dar só uma picadinha lá no fundo...”). A conversa começa.
- E aí, tem visto o fulano (um conhecido em comum)?
- agrunfunfgn...
- É. Eu também não tenho visto há um tempo.
- ghurnerghh
- É mesmo. E você também está trabalhando fora?
- rgunoooorgue
- Ah.. ta. É. Aqui não tem muito campo.
- greunhunooonuun.
- É mesmo. Eu sempre falo isso para o meu filho. Mas garoto novo não ouve mesmo.
-gruuuuughuennuumm
- Ah.. deixa eu colocar um sugador aqui.
- huuummm
- Bom, eu vou começar. Se doer você fala que eu tiro.
- huum?
- Mas é isso aí.
- adredgunhiuen...
- É eu penso assim também, conclui o dentista.
E a conversa segue por mais uns 30 minutos entre um homem de branco e alguém que, aparentemente, domina um idioma alienígena.
O dentista termina, retira os objetos da boca e te libera para vagar com a boca dormente mundo a fora e, ocasionalmente, mordendo o próprio lábio sem sentir.
Experiência sempre bizarra.
sábado, 13 de setembro de 2008
Conversa de vendedor... ficou lindo em você.

Ficou lindo em você!
Entra a moça de 1,55, 84 Kg, busto amplo, quadril - circunferência considerável em um provador de loja. Carrega na mão uma calça lag (aquelas que parecem capas de salsichas), Leva também uma blusinha que deixa o umbiguinho de fora... minutos de suspense... Saí a cliente tal qual uma colchonete amarrada em caçamba de Kombi em mudança de pobre... Ufa! Silêncio... o vendedor olha, pensa na comissão... respira fundo...
- Nossa ficou ótimo em você.
- Será? Ficou bem ai atrás.. aí na bunda?
O vendedor olha, respira, lembra das prestações que tem. Pensa: em qual das bundas? Qual das três... sei lá. Devem ser as três...
- Ficou. Justinha, né...
- Meu marido adora assim (pisca olho com ar de safadeza)... bem sapeca.
O vendedor fica pálido. Vendeu. Ufa! A mocinha tinha uns 19 anos, anoréxica de pai e mãe, 1,78, 45 Kg. Entra na loja limpando a boca nos cantos. Escolhe um blazer com fartas e largas ombreiras e uma saia estilo executiva. Entra no provador... mais suspense. Sai...
- E aí ficou bom? Tô meio cheinha, mas dá para notar?
Ele olha aquela figura como se fosse um daqueles cabides que vendem nas esquinas e que encaixamos as partes ou compramos desmontados e nunca mais desmontaremos as peças... Lembra-se dos bonecos no carnaval de Olinda por causa das ombreiras e da cabeça em contraste com o corpo macérrimo.
- Caiu bem em você. A sua cara...
- Também achei... e seu eu perder uns quilinhos...
Ela morre, pensou o vendedor.
- Fica ótimo. Completa a mocinha rodando o corpo de quadril em frente a um espelho. Pensou na mensalidade de faculdade atrasada e concordou com a moça.
Moral da história: Entendeu por que elogio de mãe, promessa de político e opinião de vendedor não têm a menor credibilidade?