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segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Etiqueta do Facebook... sempre bom lembrar.

O Facebook é como se fosse uma conversa pública. É como se houvesse duas ou mais pessoas conversando em um espaço público e você ali do lado, como em um ônibus em que você segue viagem escutando a conversa dos outros mesmo que não queira. Quando presta atenção, você curte algumas coisas, comenta (mentalmente) o assunto e, muitas vezes, quando chega em casa compartilha o que ouviu com um amigo ou parente.
Já pensou se você levantasse no meio do ônibus, se dirigisse aos passageiros que conversam e falasse um textão do quanto discorda do que ele está dizendo. Ele perguntaria rudemente quem o chamou na conversa, enfim, quem pediu sua opinião? E você pensaria: sujeito grosso. Sim. E você é uma pessoa sem noção de se meter em uma conversa para a qual não foi chamado.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Um fórum para ver se você se debate "a nivel de"...

Tem gente que adora "dialetizar", polemizar, "fazer uma colocação a título de debate" ou mesmo, "a nível de" , essa, então, é detestável. Elabora-se um Fórum para discutir os rumos do ensino, os rumos do meio ambiente, os rumos da cultura e até mesmo o rumo dos  debates... Chega-se a conclusão que são necessárias medidas eficazes para melhoria da qualidade de alguma coisa (...e precisava de um Fórum para isso? Isso já não está meio na cara?). Mas o próprio Fórum é algo discutível em sua eficácia. 
Aí, propõe-se um Seminário para se discutir a eficácia dos Fóruns que discutem as questões complexas relacionadas ao ensino, ao meio ambiente e à sociedade. Mas estes seriam mesmo eficientes ou necessários? Daí, nada mais interessante do que um Simpósio para discutir a eficácia dos Seminários que discutem a eficácia dos Fóruns que discutem o ensino, o meio ambiente e a sociedade. Até o dia em que alguém achar que Simpósio merece uma discussão "a nível de problematização das abordagens dialéticas da questão" (ou seja lá o que for) e propor um Encontro... Quem sabe para discutir a eficácia dos simpósios?

Lá vem mais um evento nessa roda viva.

Mas tenho esperança de que um dia os sinônimos acabem... aí, as discussões melhorarão de nível.

terça-feira, 27 de março de 2012

A doença da carência (e, obviamente, da falta do que falar)

Acho interessantíssima uma sala de espera de consultório médico. É um lugar em que há a maior troca de carências que se pode imaginar. As pessoas sentam e se sentem na obrigação de conversar e mais, de relatar suas doenças, as doenças de seus  parentes, enfim, a doença de qualquer um que inspire piedade. Alguém deveria dizer que, em sala de espera de consultório médico, pode-se falar de assunto que não seja doença. Acredite, pode-se falar de futebol, política e até sobre o BBB. Se bem que este último me deixa com vontade de ouvir falar sobre doença.
Outro dia, duas senhoras disputavam quem teria sofrido de mais moléstias. Uma apontava um cálculo renal e suas dores tão cantadas pelos quatro cantos do mundo. A outra, não se dando por vencida, disparou com uma úlcera gástrica. Dores, dores, dores e endoscopias. Sentindo que perderia terreno a primeira senhora pegou pesado e usou a doença de um parente distante, uma espécie de golpe baixo nesse tipo de disputa. Ela invocou um tio que morrera de câncer em apenas 1 mês... dores, dores, dores.. terríveis e fim.
Mas, por fim, uma senhorinha que, aparentemente, não morrera ainda por problemas auditivos, afinal, Deus já chamava há tempos, mas ela não ouvia, deu um golpe de misercórdia nas duas.
- Espinhela caída, sussurrou a senhora. Espinhela caída, repetiu.
Uma das senhoras se benzeu com o sinal da cruz. A outra colocou a mão na boca e ficou com os olhos marejados de lágrimas.
Afinal de contas, espinhela caída e vento virado, só benzendo. E como hoje não há mais benzedeiras como antigamente, é fatal.
O médico abriu a porta e as encontrou consternadas, pálidas...
Uma delas ousou inquirir:
- O senhor benze, não benze doutor?

sábado, 29 de janeiro de 2011

As mentiras dos gordinhos e dos turistas de Cabo Frio

Queria entender por que é que os gordinhos e os turistas de Cabo Frio mentem tanto. O turista vai para Cabo Frio, aluga casa em grupo, compra pacote sei lá... Na semana da viagem, a meteorologia anuncia chuva o dia todo. Mas ele vai, afinal, já pagou tudo. É aí que vem a mentira que nada mais é do que não dar o braço a torcer que foi dinheiro perdido porque choveu pra cacete todos os dias e ele ficou trancado. 

- Que nada, choveu só um pouquinho sábado de manhã depois abriu um sol danado.

Comentário 1: No Brasil todo choveu pesado (inclusive em Cabo Frio), somente em cima do nosso amigo abriu um sol lindo que o acompanhou até a praia enquanto os outros turistas olhavam com inveja embaixo de seus guarda-chuvas.

Outra classe que se apega a mentira é o gordinho para não dar admitir o descontrole de hábitos alimentares. Poucos são os gordos que admitem que comem muito. Afirmam que comem igual a um passarinho e esquecem que um passarinho com até duas vezes o peso do próprio corpo. Talvez, aí esteja um confissão subliminar. Todos afirmam com a maior cara de pau que não sabem por que engordam, afinal, eles só comem UM biscoito de água e sal e bebem UM copo d'água por dia... Deve ser tiróide! Concluem.

Comentário 2: UM biscoito de água e sal e um copo d'água por dia matariam um passarinho de desnutrição e, com certeza, não são os responsáveis pelos seus 150 Kg.

Eu só tive um amigo gordinho que admitia abertamente que acabava com um vidro pequeno de maionese por lanche que ele fazia e foi ele que levantou essa bola de que gordo mente muito. 
Até agora busco um turista de Cabo Frio que admita que foi dinheiro jogado fora aquele pacote de feriado que ele pagou, mas está difícil de achar.


Atenção! Este é um texto de humor e não tem por objetivo ofender, denegrir, atingir, criticar nem gordinhos, nem turistas de Cabo Frio (categoria na qual me encontro). A explicação é absurda, mas momentaneamente necessária.

domingo, 3 de maio de 2009

Papo de dentista


O rapaz chega na sala de espera. Na parede, quadros baratos, um sofá, uma música ambiente... uma mesinha com uma pilha de revistas de fofoca. Até hoje não entendo por que dentista acha que todo mundo se interessa pelo novo namorado da Ana Maria Braga e das férias da Suzana Vieira em Itaparica. 

Aguarda, aguarda... A porta se abre.

- Bom dia!

- Bom dia!

- Vamos entrar?

Acomoda-se na cadeira. Abre a boca. Prepara-se psicologicamente, pois, daí para frente, alguém assumirá o controle de seu maxilar, de sua salivação e falará coisas que, para quem está do lado de fora, se ouvir, vai pensar mil coisas (“olha, eu vou colocar, se doer eu tiro”, “relaxa que eu vou dar só uma picadinha lá no fundo...”). A conversa começa.

- E aí, tem visto o fulano (um conhecido em comum)?

- agrunfunfgn...

- É. Eu também não tenho visto há um tempo.

- ghurnerghh

- É mesmo. E você também está trabalhando fora?

- rgunoooorgue

- Ah.. ta. É. Aqui não tem muito campo.

- greunhunooonuun.

- É mesmo. Eu sempre falo isso para o meu filho. Mas garoto novo não ouve mesmo.

-gruuuuughuennuumm

- Ah.. deixa eu colocar um sugador aqui.

- huuummm

- Bom, eu vou começar. Se doer você fala que eu tiro.

- huum?

- Mas é isso aí.

- adredgunhiuen...

- É eu penso assim também, conclui o dentista.

 

E a conversa segue por mais uns 30 minutos entre um homem de branco e alguém que, aparentemente, domina um idioma alienígena.

O dentista termina, retira os objetos da boca e te libera para vagar com a boca dormente mundo a fora e, ocasionalmente, mordendo o próprio lábio sem sentir.

Experiência sempre bizarra.

 


sábado, 13 de setembro de 2008

Conversa de vendedor... ficou lindo em você.

Aprende uma coisa de vez... vendedor vem de vender, logo, ele precisa vender senão, não é vendedor. Ótimo... vamos aos fatos.

Ficou lindo em você!

Entra a moça de 1,55, 84 Kg, busto amplo, quadril - circunferência considerável em um provador de loja. Carrega na mão uma calça lag (aquelas que parecem capas de salsichas), Leva também uma blusinha que deixa o umbiguinho de fora... minutos de suspense... Saí a cliente tal qual uma colchonete amarrada em caçamba de Kombi em mudança de pobre... Ufa!
Silêncio... o vendedor olha, pensa na comissão... respira fundo...
- Nossa ficou ótimo em você.
- Será? Ficou bem ai atrás.. aí na bunda?

O vendedor olha, respira, lembra das prestações que tem. Pensa: em qual das bundas? Qual das três... sei lá. Devem ser as três...

- Ficou. Justinha, né...
- Meu marido adora assim (pisca olho com ar de safadeza)... bem sapeca.
O vendedor fica pálido.
Vendeu. Ufa! A mocinha tinha uns 19 anos, anoréxica de pai e mãe, 1,78, 45 Kg. Entra na loja limpando a boca nos cantos. Escolhe um blazer com fartas e largas ombreiras e uma saia estilo executiva. Entra no provador... mais suspense. Sai...
- E aí ficou bom? Tô meio cheinha, mas dá para notar?

Ele olha aquela figura como se fosse um daqueles cabides que vendem nas esquinas e que encaixamos as partes ou compramos desmontados e nunca mais desmontaremos as peças... Lembra-se dos bonecos no carnaval de Olinda por causa das ombreiras e da cabeça em contraste com o corpo macérrimo.
- Caiu bem em você. A sua cara...

- Também achei... e seu eu perder uns quilinhos...
Ela morre, pensou o vendedor.

- Fica ótimo. Completa a mocinha rodando o corpo de quadril em frente a um espelho.
Pensou na mensalidade de faculdade atrasada e concordou com a moça.

Moral da história:
Entendeu por que elogio de mãe, promessa de político e opinião de vendedor não têm a menor credibilidade?