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terça-feira, 15 de outubro de 2024

Pague pela experiência

Esse mundo gourmet pirou de vez, tipo o Olodum que estava hippie, estava tá pop, estava reggae e estava rock. Certa vez, um casal de amigos (tendo minha esposa como comparsa) me convenceu a comer um fondue. Hesitei quando vi o preço que poderia ser cotado em bitcoin em valores inteiros. Mas eu acabei indo naquela desgraceira.

Qual não foi surpresa minha ao perceber que colocaram uma chapa na mesa para a gente fazer a carne na chapinha. Eu que sempre fiquei horrorizado como as pessoas pagam por uma comida que ninguém teve o trabalho de cozinhar (o tal do sushi)… agora me deparei com uma que dispensam o cozinheiro e atribuem a você essa experiência. Que merda de experiência.

Imagina se começarmos a pagar pela experiência, eu entro na loja de roupa e o cara me mostra uma máquina de costura e um monte de tecido e diz: aproveite esse momento.

Ou o cara entre no dentista e ele te entrega as ferramentas, um espelho e diz: viva essa experiência…

Ainda pior, chego no açougue e o cara me diz, esse é um açougue gourmet, você não está pagando pela carne, mas pela experiência. Ele me entrega uma faca e eu ouço o porco gritando que vem do fundo de seu estabelecimento. Eram outros clientes já estavam vivendo sua experiência hipster. 

E para inaugurar isso na escrita, vou parando a crônica por aqui e deixo você com o fim dessa história. 

Viva essa experiência

 

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Calças rasgadas

Fui comprar uma calça outro dia no shopping e a mocinha vendedora (olha como estou velho que chamo de mocinha...) me trouxe uma calça manchada, rasgada, debotada, meio amarrotada e "de marca".
Surpreendemente, era muito mais cara do que uma calça em estado de integridade melhor e não com aparência que tinha sido usada durante anos por um crackudo que vivia nas ruas.
Eu olhei para ela e comentei: nossa, como os tempos mudaram. Na minha época, quando uma calça nossa chegava nesse estado a gente ia à loja, comprava uma nova e doávamos para a população de rua a que estava assim.

Hoje, as lojas compram as calças que doávamos e tentam nos revender.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Guia do depressivo moderno ou "no dos outros é refresco"

Há uns anos foi o caso Isabella: um casal entra em um apartamento e minutos depois uma menina é jogada pela janela. Não foi ele, não foi ela, não foi ninguém... Na verdade, foi uma terceira pessoa. Bom, até onde sei, a primeira pessoa, EU, a segunda pessoa, TU e a terceira pessoa... ahá.. ELE (ou ela). O advogado se prepara para dizer que a mulher sofria de depressão.
Pouco depois, em São José dos Campos, São Paulo, um pai tenta jogar um filho pela janela, mas não obtêm o êxito de seus depressivos inspiradores. Não foi dessa vez... O advogado já se apressou em relatar a depressão do seu cliente.
No Paraná, uma mulher jogou um bebê de seis meses pela janela, dessa vez, bingo... conseguiu. Os policiais a detiveram e ficaram surpresos porque ela não manifestava o menor arrependimento. Resoluta, afirmou que queria se livrar do bebê... E que tomava fortes remédios de depressão. Antecipou ao advogado que iria dizer que ela sofria de fortes crises de depressão.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Ah.. Insensatez... Mundo moderno!

Vivemos em um mundo que não prima muito pela sensatez. Recentemente, um pastor radical americano se propôs a queimar cópias do Corão, o livro sagrado muçulmano, no dia 11 de setembro para manifestar repúdio aos atentados promovidos por extremistas islâmicos contra os EUA nessa data. Isso é um ato de insensatez uma vez que se está lidando com um povo que considera plenamente normal apedrejar uma mulher por “acusação” de adultério, explode bombas em troca de um paraíso na terra e sonha em construir uma bomba atômica para varrer Israel do mapa. Agora, convenhamos, construir uma mesquita e um centro cultural islâmico perto de onde era o World Trade Center é, no mínimo, impensável. Trata-se é uma atitude que vai além da insensatez absoluta. Perdoem-me os coleguinhas politicamente corretos e multiculturais, mas liberdade de expressão é o cacete. Há um ponto em que a tolerância deve ceder a dor de quem perdeu um ente naquele evento que não foi publicamente recriminado pela comunidade islâmica, pelo contrário, em muitos lugares foi saudado como bravata heróica. 
Colocar uma mesquita perto do marco zero do WTC seria mais ou menos (guardada as devidas proporções) como erguer um monumento neonazista em Israel, em plena Tel-Aviv. Brilhoso, iluminado e amplo, monumento ao terceiro reich e Adolf Hitler, o estadista de toda uma nação alemã.

Ah, Insensatez, que você fez, coração mais sem cuidado... diria Tom Jobim, o compositor, não o aeroporto (esse último não diria nada mesmo).