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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

A questão do "rolezinho" sob outra ótica

Tudo bem.. eu sei que pensar no contrafluxo do senso comum é quase um crime inafiançável, mas vou correr esse risco. Essa história de rolezinho não tem nada de conotação de luta por direitos civis, igualdade etc... Isso é balela!
Não se está lutando pelo direito de ir ao shopping. Esse direito, as pessoas sempre tiveram e, se houve algum tipo de discriminação algum momento, foi divulgado pela mídia e e punido de acordo com a lei.

Isso é frustante para maioria das pessoas que buscam discriminação em tudo e todos que estão em volta. Não digo que não haja preconceito no Brasil, seria hipocrisia, mas ficar achando preconceito e discriminação em TUDO já é uma patologia e precisaria de tratamento psiquiátrico e não de incentivo.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Das coisas que eu falo e das que você entende


Existe um universo de informações e "verdades" entre o que eu falo e o que você compreende. Quisera eu que tudo que eu dissesse chegasse a você como realmente o foi dito. Mas não é assim. 
As pessoas entendem as coisas como querem e, muitas vezes, como sua próprias mazelas psicológicas a levam a entender. Certa vez, vi uma mulher fazer um discurso panfletário sobre o racismo porque um dia, ela estava em uma festa, e um convidado perguntou a ela onde pegava uma bebida. Ela, mulher, negra, ex-favelada (e muito complexada disso tudo). Ficou irritada, pois entendeu que o homem tinha dezenas de pessoas para solicitar a informação, mas perguntou para ela só para humilhá-la. Hã.. Como assim? Não foram dados mais detalhes, mas creio que se houvesse algum que justificasse sua argumentação ela os teria dado e enfatizado ao extremo. O fato é que ela não percebeu que o preconceito, o complexo de inferioridade, os recalques, as neuroses e até mesmo a agressividade estavam todos com ela.
Esse é um exemplo de com o o sentido se constrói no indivíduo e quanto mais “doente” o indivíduo, mais torto o sentido. É como se fosse uma luz que passa por uma lente que quanto mais deformada, mais altera as imagens. 
Isso não nos isenta de tomar cuidado como o que falamos e com quem falamos, mas nos libera de nos estressarmos com a insanidade do outro. Se distorcem o que você fala, vão distorcer o que qualquer pessoa fala. O problema é com você naquele momento, mas o cara que deturpa o que ouve é um problema para ele, para a vida toda.

domingo, 16 de outubro de 2011

Diário de um macho - uma breve história da macheza


Aquele era um macho legítimo. Acordava pela manhã, cuspia no chão, arrotava, peidava e fazia aquele som de puxar o ar para dentro com biquinho e dizer "gostoooooosa", logo cedo. E logo cedo para ele era na hora do Globo Esporte. Afinal, macho que é macho não acorda antes das 11. Entrava no seu blogue e atualizava com fotos de mulheres nuas (ou seminuas), inseria testes para averiguar a macheza de qualquer um que quisesse se aproximar dele. Afinal, perto dele, ele só queria mulher pelada, mas muito mais do que isso, amigos machos. Mandava piadas para toda a sua rede sobre o que é ser macho, como é bom ser macho, como é supremo ser macho, ser macho é tudo de bom.
Quando abria a boca falava que o seu negócio era cerveja, mulher, futebol e, claro, ser macho. Como gostava de ser macho. Na academia, ele se realizava, pois ali, se sentia em casa, mulheres de calças justas e machos, muitos machos, como era bom se sentir entrosado com o meio. 
Tinha nojo de filosofia, arte, cultura, música erudita, livros e coisa do gênero, pois, afinal, isso tudo era coisa de viado mesmo e viado ele tratava era com um murro na boca e um chute no peito. Bastava olhar para ele e isso lhe dava as razões de que precisava. Macho que é macho bebe cerveja, assiste ao futebol, dá porrada e só falava de mulher e mesmo assim somente com outros machos. Pois macho que é macho anda com macho, muitos machos, machos fortes, sarados e suados, como ele. 
Um dia, seu irmão, também muito macho (óbvio), encontrou escondida embaixo de sua gaveta, em um fundo falso, uma revista G Magazine e um bilhete escrito “Jorge, você não sabe como dói ter por amizade quem se quer ter por amor. Assinado, Pepê”. O irmão achou estranho, afinal quem era o tal de Jorge que o irmão dele mencionava na dedicatória na capa da revista em letras meio trêmulas? Mas não comentou nada, nunca, com ninguém. Afinal, ficar fuçando nas coisas dos outros era coisa de viadinho e ele não queria decepcionar o seu irmão.

P.S.: E macho que é macho nem se ofende com essa história já que ficar lendo bloguezinho cheio de letrinha, sem figurinha, sem foto de mulher pelada não é coisa de macho.. é coisa de viadinho.