Mostrando postagens com marcador inferioridade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador inferioridade. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Complexo de vira-lata

Desculpe, meu amigo, mas não sofro de complexo de vira-latas que acomete os brasileiros e já foi identificado por Nelson Rodrigues há muitas décadas. Viajei poucas vezes para o exterior, umas 5 ou 6 vezes e conheci países com coisas muito legais e outras nem tanto. Vejo o Globo Repórter mostrando a Dinamarca e acho fantástico aquilo tudo, mas, sinceramente, não sou acometido por esse, que depois do futebol, é o esporte nacional do Brasil: falar mal do Brasil e se sentir um merda.
O cara viaja para o país mais miserável da África ou de outro continente qualquer, assolado pela AIDS, fome, guerra civil, ditaduras, guerra de tribos... Aí entra em um banheiro onde tem uma caixinha de moedas para o servente e uns sabonetinhos de brinde e dispara: Porra, lá no Brasil se tivesse um negócio desse, geral pegava e enchia os bolsos de sabonetinho e ainda pegava a moeda do tiozinho da limpeza.
Aí eu penso... putz, onde essa cara mora??? Nos meios em que circulo, não é assim que a banda toca. Pode ter um imbecil ou outro que aja assim, mas o faz escondido porque sabe que é um comportamento reprovável. (aí vem alguém inteligentinho relativizador do universo que diz: não tome seu meio como referência... e blá, blá, blá..  E eu digo do fundo coração: Vai se ferrar)

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Das coisas que eu falo e das que você entende


Existe um universo de informações e "verdades" entre o que eu falo e o que você compreende. Quisera eu que tudo que eu dissesse chegasse a você como realmente o foi dito. Mas não é assim. 
As pessoas entendem as coisas como querem e, muitas vezes, como sua próprias mazelas psicológicas a levam a entender. Certa vez, vi uma mulher fazer um discurso panfletário sobre o racismo porque um dia, ela estava em uma festa, e um convidado perguntou a ela onde pegava uma bebida. Ela, mulher, negra, ex-favelada (e muito complexada disso tudo). Ficou irritada, pois entendeu que o homem tinha dezenas de pessoas para solicitar a informação, mas perguntou para ela só para humilhá-la. Hã.. Como assim? Não foram dados mais detalhes, mas creio que se houvesse algum que justificasse sua argumentação ela os teria dado e enfatizado ao extremo. O fato é que ela não percebeu que o preconceito, o complexo de inferioridade, os recalques, as neuroses e até mesmo a agressividade estavam todos com ela.
Esse é um exemplo de com o o sentido se constrói no indivíduo e quanto mais “doente” o indivíduo, mais torto o sentido. É como se fosse uma luz que passa por uma lente que quanto mais deformada, mais altera as imagens. 
Isso não nos isenta de tomar cuidado como o que falamos e com quem falamos, mas nos libera de nos estressarmos com a insanidade do outro. Se distorcem o que você fala, vão distorcer o que qualquer pessoa fala. O problema é com você naquele momento, mas o cara que deturpa o que ouve é um problema para ele, para a vida toda.

domingo, 5 de julho de 2009

Complexo de mosca do cocô do cavalo do bandido

O esporte preferido do brasileiro é o futebol e o segundo esporte preferido é falar mal do Brasil. Sempre achei estranho esse complexo de patinho feio que nutrimos desde o tempo de colônia. Tudo aqui é pior, mais zoneado, mais esculhambado, mais menos, entende?
E eu sempre comprei esse peixe até sair do Brasil pela primeira vez e ver que há países em que as pessoas comem pipoca em jornal em forma de canudo, há pessoas que fumam dentro de um elevador ao seu lado, há colegas que assoam o nariz à mesma durante um almoço ou mesmo. Conheci lugares onde é mais fácil comprar uma pistola 9 mm do que uma cerveja em uma lanchonete.
Eita, mundo bizarro! Esquecemos que temos um modelo de eleição informatizada padrão de qualidade internacional, que temos tecnologia de ponta em várias áreas como extração de petróleo, siderurgia, produção de biocombustíveis, que temos um conjunto de fundamentos econômicos sólidos que não permitiram que a crise chegasse aqui como um Tsunami... Enfim, que não somos uma Coréia do Norte ou uma Etiópia, nem também nos aproximamos de nossos vizinhos como Venezuela, Bolívia ou Equador...
Somos o Brasil, umas das maiores economias do planeta, quase 200 milhões de consumidores, uma democracia que optou pelo progresso e a influência internacional pelas vias legais e civilizadas. Não alimentamos máquinas militares e decidimos que energia nuclear é só para gerar energia elétrica, mais nada. Pregamos o livre acesso à informação e repudiamos toda e qualquer forma de censura. Defendemos o direito de falar o que quiser (ainda que ninguém o ouça) e arcar com isso.
Temos problemas aos montes assim como os colegas de primeiro mundo que viraram um chavão na linguagem quando queremos nos referir a algo muito bom. Coisa de primeiro mundo...
Enfim, comemos pipocas em saquinhos feitos para isso, repudiamos fumo em lugar fechado e achamos limpar nariz à mesa uma porqueira sem fim.