domingo, 2 de outubro de 2016

Eleições 2016: de volta ao trabalho...


Depois da festa da democracia, a ressaca pós-urnas. Nesse domingo (02/10), foi eleição e muitos colegas de outras cidades estão relatando casos de vereadores que estavam no 3º, 4º ou 5º mandato e que agora não vão mais ususfruir da vereança pelos próximos anos. Em 4 anos não sei, mas, por hora, voltam à condição de mortais, sem foro privilegiado.  
Parece que realmente, alguma coisa está mudando na cabeça de quem vota... Há, pelo menos no que se refere ao legislativo, um modelo antigo que vai se desconstruindo aos poucos. Obviamente, em um ritmo muito mais lento do que gostaríamos, mas que se desconstrói.
[modo ironia ON]
Todavia, a minha preocupação é onde vamos encaixar esses colegas que viveram tantos anos nessa condição parasitária. Seria necessária uma readaptação à sociedade produtiva. Mas que seja algo suave e sem mudanças bruscas. Um emprego de meio período 3 vezes por semana, logo a seguir, um de meio período até sexta. Alguns meses depois, um período de 8 horas diário e, com sorte, poderíamos expô-los até a uma carteira de trabalho novamente. Não podemos prometer nada... Mas isso vai depender muito como ele vai reagir no processo inicial de adaptação. Penso que grupos de apoio seriam de grande valia nesse momento.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Álbum de fotos e outras formas de torturas...

As pessoas não têm a dimensão de o quanto é chato ver álbum de fotos. Convide seus amigos para uma recepção com fondue de chocolate, morangos e um bom filme, e os inimigos, convide para mostrar álbum de fotos.
O cara abre o álbum cujo tema é férias em Porto Seguro. Bom, para início de conversa, quem viu um álbum de fotos de alguém que foi a Porto seguro já viu todos os álbuns do gênero e o mais terrível é que cada foto vem acompanhada de uma narrativa de como é o lugar, quanto custam as coisas, como a pessoa fez para chegar lá e a programação local. Aí você espera a pessoa distrair e passa duas folhas do álbum de uma vez... e o infame diz:

Você viu a foto dos índios?

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Correios pra que te quero....

Sou do tempo em que, nos Correios, só se postavam cartas, eles vendiam selos para colecionadores às vezes e, no final do ano, cartões de natal da UNICEF.

Depois vieram TELE SENA, carnê do baú, livros e gravuras diversas, CDs e cursos por correspondência...
Aí.. chegaram os serviços de banco postal, sacam, pagam conta, fazem depósito, transferências bancárias, pegam empréstimo etc...

Em breve, os Correios oferecerão:
Serviços de lanternagem, rebaixamento de teto com gesso, remoldagem de pneu, exame de próstata, limpeza de caixa d'água, disk sexo, acupuntura, tratamento de canal, afiação de alicate de cutícula e tesoura, conserto de sombrinha, lipoaspiração e retífica em motor de veículos a diesel, tomografia computadorizada, pilates, escova de chocolate, cirurgias de correção de lábio leporino e limpeza de bico injetor.

Tenho medo dos Correios...

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Devemos ter medo é dos conceitos de bem

Antes de começar digo que isso aqui são só reflexões de um indivíduo que não consegue se enquadrar em nenhuma ideologia de forma imersa e plena. Cada uma delas tem alguma coisa que me atrai e outra que me repele. E assim, nos mantemos a uma distância segura e relativamente livre de sua manipulação.
Sei que corro o risco de reprovação (E talvez textões, essa espécie de diarréia verbal do mundo virtual e de suas redes), mas me arrisco a pensar fora de um X-ista qualquer. Normalmente, esses episódios de verborragia são produtos de uma séria deficiência de leitura, logo, não merecem resposta, mas ajuda... Ah sim... não a minha. 
Creio que parte dessa confusão começou em uma leitura facciosa da declaração dos direitos do homem e do cidadão (1789).

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Nossa adorável ignorância

Certo dia, eu conversava com um conhecido bem mais novo do que eu e dizia que com o tempo a gente tem muitas das certezas desfeitas, contava a ele, advogado recém formado, que a realidade nos dá um choque e desmonta tantas teorias que temos quando mais novos...
Bem típico da geração mais nova que exige o direito de falar, mas entende o dever de ouvir como um ato opressor de uma elite dominante (e blá, blá, blá...mimimi), ele ouvia com ar de enfado enquanto eu, estupidamente, perdia o meu tempo falando coisas que ele só entenderá em uns 15 ou 20 anos.
Eu contava para ele que as certezas se desfazem de uma forma absurda e nos sentimos um pote de dúvidas.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

É tudo "parça", os inimigos são vocês...

Uma cena que marcou essa semana foi a imagem dos senadores, ex-ministros, acusados, acusadores, todos, nos bastidores do impeachment se descontraindo. 
Quando ligavam as câmeras, eles destilavam venenos e agressões verbais, provocações e ataques. Tínhamos a sensação de estar diante de inimigos mortais e que, se não fosse a intercessão de outros, eles se matariam e esquartejariam os corpos dos vencidos com as próprias mãos. 
Quando as câmeras desligavam, todos se confraternizavam como se fossem parceiros de longa data. Como diria a garotada, é tudo parça.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

O Facebook é o melhor remédio

Durante anos, as pessoas passaram afundadas em crises de autoestima, achando-se uma porcaria, alguém sem atrativos, um ser desprovido de qualquer coisa que valha a pena ser notada. Isso, às vezes, até era verdade, afinal, se olharmos de perto, não somos as criaturas mais interessantes que conhecemos. Somos ícones encarnados do mais do mesmo sempre. Um ou outro na humanidade consegue destoar dessa terrível sina.
Tudo mudou com o advento das redes sociais. O Facebook trouxe a possibilidade de construir uma vida cheia de viagens, alegrias, conquistas.... o sonho em rede virtual de sermos uma espécie de personagem de cinema. Mas essa euforia passou quando todos viraram grandes protagonistas de filmes B e deixou de ser diferencial mergulhando-nos no banal e cotidiano. Constatamos frustrados que não iria haver Oscar para todo mundo.

sábado, 27 de agosto de 2016

O povo mais desencanado do Brasil

Há muitos anos tenho a felicidade de ir ao Nordeste com relativa frequência e sempre encontrei um povo acolhedor, simpático e acima de tudo desencanado. Esta última característica então tem endereço fixo e certo e se chama Bahia. Em todas as minhas idas a esse estado, sempre constatei a mesma coisa, ô gente boa de desencanada.
Há um país inteiro fazendo piada sobre o jeito preguiçoso de ser do baiano (o que nunca foi verdade, já que sempre constatei que eles trabalham tanto quanto qualquer outro brasileiro) e diante dessa montoeira de piada que fazem sobre os baianos, como eles se comportam? Como eles reagem? Bom, de forma simples.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Etiqueta do Facebook... sempre bom lembrar.

O Facebook é como se fosse uma conversa pública. É como se houvesse duas ou mais pessoas conversando em um espaço público e você ali do lado, como em um ônibus em que você segue viagem escutando a conversa dos outros mesmo que não queira. Quando presta atenção, você curte algumas coisas, comenta (mentalmente) o assunto e, muitas vezes, quando chega em casa compartilha o que ouviu com um amigo ou parente.
Já pensou se você levantasse no meio do ônibus, se dirigisse aos passageiros que conversam e falasse um textão do quanto discorda do que ele está dizendo. Ele perguntaria rudemente quem o chamou na conversa, enfim, quem pediu sua opinião? E você pensaria: sujeito grosso. Sim. E você é uma pessoa sem noção de se meter em uma conversa para a qual não foi chamado.