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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Álbum de fotos e outras formas de torturas...

As pessoas não têm a dimensão de o quanto é chato ver álbum de fotos. Convide seus amigos para uma recepção com fondue de chocolate, morangos e um bom filme, e os inimigos, convide para mostrar álbum de fotos.
O cara abre o álbum cujo tema é férias em Porto Seguro. Bom, para início de conversa, quem viu um álbum de fotos de alguém que foi a Porto seguro já viu todos os álbuns do gênero e o mais terrível é que cada foto vem acompanhada de uma narrativa de como é o lugar, quanto custam as coisas, como a pessoa fez para chegar lá e a programação local. Aí você espera a pessoa distrair e passa duas folhas do álbum de uma vez... e o infame diz:

Você viu a foto dos índios?

sábado, 11 de junho de 2011

Fotos digitais: popularização e horror ao acesso de todos

Com toda popularização de uma tecnologia, vem o efeito reverso que nos  força a buscar qualidade no meio de tanta quantidade. Antigamente, quando fotografávamos, seguia-se a isso uma via sacra em busca da foto impressa. O cara da loja de revelação recebia e já adiantava que só ficaria pronto em uns 15 dias. Obviamente, sem falar no custo absurdo que ficava  revelar um filme de 36 poses. Ou seja, fotos, só para eventos importantes.
No final da década de 90, as máquinas digitais popularizaram a fotografia e permitiram que qualquer um tirasse fotos de qualquer coisa a qualquer momento. Eu acompanhei toda essa revolução e só comecei a estudar o tema quando me foi permitido tirar fotos à vontade sem ficar refém do homem da loja de revelações.
O efeito contrário dessa popularização é o show de horrores que pipoca nas redes de relacionamento. Uma montoeira de fotos tiradas com celular em luz péssima, desfocadas, em ângulos esquisitos com garotas fazendo um biquinho para o espelho da porta do guarda-roupa ou do banheiro que era para ser sexy, com certeza, era. Ou pelo menos, parece ser que era para isso. (Olha, conheci poucas pessoas lindas e fotogênicas suficientemente para ficarem bem nessas fotos). Rapazinhos fazendo pose com latas de cerveja na mão em churrascos ou na noitada para as pessoas olharem e dizerem: olha é um homenzinho e já até bebe. Olha como ele é farreiro... Isso sem falar no tradicional sinalzinho de metaleiro com os dedos que frequenta além dos show de rock, os pagodes, sertanejos universitários, exposições agropecuárias e bailes funks.
Tudo isso com poses sem noção, com fundos horrorosos tirados com câmera meia boca (ou celular que é tão meia boca em sua imensa maioria das vezes) ou, quando tiradas com máquinas razoáveis, essas são mal reguladas e mal usadas (o que ocorre em boa parte dos casos). 
Apontou, fez pose, tirou.. clic.. pronto. 
Olha só que merda.. mas vai para o Orkut.

sábado, 22 de janeiro de 2011

O orkut é a última oportunidade do feio ficar bonito

Retratos 3x4 são, por excelência, esquisitos. Quando vamos tirar fotos desse tipo, o fotógrafo deveria ser sincero e perguntar: você quer ficar com cara de maluco, sonolento ou assustado? É. Porque 3x4 só te dá essas opções. Fico pensando que até mulheres lindas como a Ana Hickmann devem ter ficado com cara de maluca, sonolenta ou assustada no documento da carteira de identidade.
Já no orkut, tudo mudou. As pessoas ficam mais belas, mais simpáticas, mais mais... Até aquelas fotos teens das meninas com o braço esticado com a câmera na mão e fazendo bico de beijinho ou pose ou qualquer coisa na frente do espelho ficam um primor de beleza. O contato ao vivo, às vezes, é o que nos causa profunda estranheza. Quem é feio fica normal, quem é normal fica bonito, quem é bonito fica impressionantemente lindo. Eu sei disso porque eu fiquei com cara de normal no meu orkut (pelo menos eu achei)
Entretanto, se o cidadão ou a cidadã fica feio no orkut, aí meu amigo, não tem jeito. Se apega com Deus e pede uma chance na próxima encarnação porque, nessa, é caso perdido.