Tudo mudou com o advento das redes sociais. O Facebook trouxe a possibilidade de construir uma vida cheia de viagens, alegrias, conquistas.... o sonho em rede virtual de sermos uma espécie de personagem de cinema. Mas essa euforia passou quando todos viraram grandes protagonistas de filmes B e deixou de ser diferencial mergulhando-nos no banal e cotidiano. Constatamos frustrados que não iria haver Oscar para todo mundo.
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segunda-feira, 29 de agosto de 2016
O Facebook é o melhor remédio
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Doutor é quem fez doutorado... às vezes...
Ter uma graduação antigamente era coisa de luxo. Logo após, ter especialização é que era o bicho. Mas a coisa banalizou e, na década de 90, o governo decidiu deixar correr solto a tal da especialização e focar a atenção no mestrado e doutorado. Aí a coisa ficou séria mesmo. A CAPES apertou até o pescoço e criou um sistema bem rigoroso de controle disso.
Entrar em um Mestrado ou Doutorado na final da década de 90 era o cão chupando manga. Entrentanto, como nem tudo que reluz é ouro, o governo se viu forçado a ampliar o número de vagas e receber todo tipo de trabalho para aumentar o número de mestres e doutores. E aí é que a coisa não fica mais muito séria...
pipocam teses e dissertações apresentadas Brasil afora com temas do tipo: A sexualidade dialética defronte a aporia pós-moderna da legitimação da identidade etno cultural: um estudo do símbolico do mítico regional". Ou seja, enfim,... talvez, sei lá.. bacana...legal né... huummm O trabalho trata de... enfim. sei lá.. porranenhuma. Mas o título é complexo para caramba e quem escreveu deve ser culto e inteligente de montão. Basta isso para o autor já se sentir realizado.
Quando estava no meio acadêmico com mais frequência eu costumava dizer que era a síndrome de carnavalesco cuja fantasia intitula-se "Alegria e glória, apogeu e ascensão apoteótica do deus sol athualpanah na terra dos sacríficios e louvores de Shmirraarum do Império, Arkaraam do oriente."
Enfim, significa... bem..o cara é culto para caramba e deve saber o que está falando.
terça-feira, 22 de maio de 2012
Bach, as estradas para a criação
Existem homens que conseguiram um canal com a criação, com o infinito, com a espiritualidade ou seja lá qual é o nome que se venha a dar a um nível existencial que vai além da matéria e que ultrapassa o tempo e o espaço. Eles não precisam orar, pedir, agradecer, porque sua criatividade produzia obras que abriam um canal, com se fosse uma via alternativa para conhecer o paraíso.
No momento em que escrevo essas linhas, ouço as variações Goldberg, de Bach que me inspira e me eleva. Nessa hora, penso no que move o espírito para criar um conjunto de sons que tem o poder de entrar nos seus ouvidos e atingir o coração com o efeito de uma droga que congela o tempo, que quebra o espaço que desprende a alma e, por uns instantes, nos integra de uma forma indissociável ao universo. Que magia é essa?
Assisti recentemente a um filme chamado o silêncio que antecede Bach e vi cenas de pessoas executando obras desse compositor em todos os lugares, com um gaita em um caminhão ou mesmo com uma orquestra de violoncelos dentro do metro.
Tenho para mim que o violoncelo é o instrumento dos anjos e quando eles se apresentam nas orquestras do céu, ocorre um minuto de silêncio em respeito ao que virá na primeira descida do arco junto as cordas. Esse é o silêncio que antecede a eternidade.
Lamento que as escolas, no geral reduto controverso da "educação", não apresente essas vias para o aluno que acaba tendo sua formação intelectual ocupada por MCs e DJs de todo o gênero com seu bate-estaca tribal...
Constato que a junk music, ou música lixo, não é uma opção. É o lugar que a cultura deixou vazio e a educação tradicional conseguiu preencher. E, enquanto este lugar não for preenchido, as pessoas continuaram querendo tchu, querendo tcha e achando que a avó está maluca porque comprou uma peruca.
Como diz a garotada hoje, “na boa, véi, que merda é essa?!”
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Ensino à distância funciona ? - Parte III (Última parte)
Parte III - Não o tempo todo e com todo tipo de conteúdo.
Embora os meios de ensino à distância tenham evoluído muito e contemplem grandes áreas do conhecimento e ainda que os alunos adquiram método de estudo, algumas formações continuarão sendo necessariamente presenciais ou semi-presenciais. Por exemplo, você deixaria o seu filho operar com um neurocirurgião que se formou à distância? Deixaria seu projeto de prédio de milhões de reais nas mãos de um engenheiro que se graduou à distância? Ou mesmo, iria a um médico de próstata que estudou à distância e está aprendendo na prática depois de formado já que no tempo de estudo só viu um fiofó na tela do pc. (Isso acho que a maioria de nós já viu também...) Bom, a brincadeira é para chamar atenção de que alguns ofícios dependem mais da prática presencial orientada do que se imagina.
Aprender é relacionar-se com o conhecimento, com a prática dele e com a presença de outro ser humano que estabelece uma relação de filtro afetivo de aprendizagem. Computadores ainda não são capazes de substituir a presença de pessoas, de tom de voz, de odores e toques... os seres humanos são extremamente sinéstesicos (precisam dos sentidos no processo de entender) e ainda não dá para dispensar o professor em carne e osso em muitos processos de aprendizagem. Somos seres gregários, precisamos do outro, da experiência do outro falada de forma espontânea presente, narrando erros, rindo, entendendo que cada pessoa tem um tempo e se valendo disso para oferecer o melhor de si.
Ainda que mundo caminhe para o on line, não consigo ver um mundo sem gente de carne e osso e por perto.
terça-feira, 8 de junho de 2010
Ensino à distância funciona ? - Parte I
Parte I - Sim, os recursos atuais são suficientes para uma aprendizagem motivante e interativa com o conhecimento.
Próxima postagem: Não funciona. Para a maioria das pessoas é um fiasco
Para um pergunta complexa, é melhor dar uma resposta em três partes. Vamos lá... As metodologias são eficientes, os recursos são ricos e os materiais, pelo menos os que tenho visto, são de boa qualidade. Como metodologia, desde os antigos cursos por correspondência até hoje, houve uma melhora significativa nesses processos.
O advento da internet e a popularização dos computadores foram a grande mola impulsionadora dessa forma de ensino. Mas o fato é que, mesmo a velha metodologia dos Institutos de ensino por correspondência eram altamente eficazes quando quem estava na outra ponta do processo tinha disciplina, método de estudo e vontade de aprender. Eu mesmo fiz alguns cursos por correspondência na década de 80 e tenho boas informações extraídas destes até hoje. Sem falar no tanto de pessoas que conheço da mesma época que fez curso de manutenção de rádio, eletrônica, manutenção de TV, desenho artístico e publicitário que tiveram uma boa fonte de informação nessas fontes. Em suma, o problema, não é a metodologia, mas quem está do outro lado, o aluno. Se o aluno possui disciplina e vontade de aprender, o seu sucesso se dará por via de carta ou de vídeo conferência via web em plataforma de LMS (Learning Management System).
sábado, 26 de dezembro de 2009
Monografias, vida acadêmica e cara de pau: uma tríade clássica
Toda monografia começa com aquela conversa de "agradeço primeiramente a Deus, agradeço a meus pais, aos meus mestres que me ensinaram lições de vida, ao meu orientador pela paciência e blá, blá, bla..." Mas creio que vai chegar um dia em que as pessoas atingirão um grau de sinceridade que nos fará sentir saudade dos tempos de hipocrisia em que nos adoçávamos com mentiras, mas não nos amargávamos com verdades. E aquele aluno malandro começará os agradecimentos de seu trabalho de conclusão de curso assim:
Agradeço primeiramente ao Google sem o qual esse trabalho não seria possível, agradeço a meus pais que pagaram o curso enquanto eu ficava bebendo no bar com a galera, agradeço aos meus amigos que me ajudavam nas provas permitindo que eu pegasse uma questão de cada um para não ficar em DP em mais uma matéria, agradeço ao meu orientador que, possivelmente, não leu uma linha dessa monografia que fiz aparecer em última hora, mas que se encontra aliviado nesse momento próximo a se ver livre de mim em definitivo, agradeço a Microsoft que inventou os atalhos CTRL+C e CTRL+V e tornou o mundo um lugar melhor.
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