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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Correios pra que te quero....

Sou do tempo em que, nos Correios, só se postavam cartas, eles vendiam selos para colecionadores às vezes e, no final do ano, cartões de natal da UNICEF.

Depois vieram TELE SENA, carnê do baú, livros e gravuras diversas, CDs e cursos por correspondência...
Aí.. chegaram os serviços de banco postal, sacam, pagam conta, fazem depósito, transferências bancárias, pegam empréstimo etc...

Em breve, os Correios oferecerão:
Serviços de lanternagem, rebaixamento de teto com gesso, remoldagem de pneu, exame de próstata, limpeza de caixa d'água, disk sexo, acupuntura, tratamento de canal, afiação de alicate de cutícula e tesoura, conserto de sombrinha, lipoaspiração e retífica em motor de veículos a diesel, tomografia computadorizada, pilates, escova de chocolate, cirurgias de correção de lábio leporino e limpeza de bico injetor.

Tenho medo dos Correios...

sábado, 26 de janeiro de 2013

Eu podia estar roubando, cheirando cola....

Fasten your seat belt...

Quando comecei a viajar de avião há mais de 10 anos, o pessoal de bordo lhe oferecia refeição e perguntava: carne ou frango? Eles lhe davam essas duas opções como se frango fosse um vegetal. E eu imaginava uma vasta plantação de frangos vista lá de cima. Hectares e e hectares de galinhas d' Angola até onde a vista alcançava. 
Logo, as companhias resolveram cortar os custos e trocaram essa oferta que nos deixava em dúvida cruel e passaram a oferecer sanduíches. A seguir, vieram as barrinhas de cereais. E reduzindo mais ainda chegaram aos pacotinhos de amendoim. 
Recentemente, quando viajo, eles informam que, em breve, comecará o serviço de "venda a bordo"... E passam vendendos coisas, como nos velhos e antigos trens e ônibus das grandes cidades. Acho que devem aceitar até vale-transporte...
Tenho receio que o próximo passo será um dos membros da tripulação passar distribuindo um papel xerocado contando um drama pessoal (o cara é mudo, tem mãe doente, o pai está preso...)  e pedindo uma ajuda. Qualquer ajuda é bem-vinda, Deus te abençoe ... Logo a seguir, quando eu levantar para ir aos banheiro, um deles, com uma toalhina surrada o ombro vai gesticular efusivamente e dizer:
- aí tio, quer que eu tome conta da mala...?

P.S.: por favor inventem logo o teletransporte.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Garantias e as meias verdades


Não é verdade dizer que os sistemas de garantia ao consumidor no Brasil não funcionam, mas também não é verdade dizer que os sistemas de garantia ao consumidor no Brasil funcionam como deveriam. Recentemente, precisei trocar a bateria do meu carro na Ford, pois ela apresentava problemas de falha dentro do período de garantia. A concessionária disse que trocava sem problemas, mas precisava retirar a bateria, mandar para fábrica, emitiriam um laudo e mandariam uma nova para meu carro que ficaria parado na oficina de 7  a 14 dias.. por causa de uma bateria. Eu ficaria de férias e justificaria minha falta no serviço com a ordem de serviço da FORD?
Eles cumpriram a garantia, mas criaram condições para que ela se tornasse inviável e que eu fosse obrigado a comprar um bateria que custa uns 130 reais e o cara troca na hora.
Com a Apple, a mesma coisa. Um mac meu deu problema, foi para a autorizada e pediram 15 dias (em média) para identificar o problema, pedir a peça, trocar a peça... e eu ficaria sem computador até lá. Sem poder trabalhar.
A coisa é criada para não desmentir o fabricante quando ele diz que dá garantias, mas para não dar prejuízo para ele também. Ou seja, no final das contas, a coisa existe, mas não funciona do jeito que deveria.
A conversas são sempre as mesmas. Sim. A garantia cobre, mas a fábrica pede prazos e procedimentos que vão tornar completamente inviável o uso dela. 
E agora? Vai dizer que não existe garantia? Vai dizer que é propaganda enganosa... 
Não é não.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Desculpe por te incomodar


Outro dia tive a infeliz oportunidade de precisar diretamente de um serviço público e constatei que décadas se passaram e continuo tendo um padrão ruim, lento, corrupto e ficando com a impressão bem nítida de que eu estou sendo um estorvo na vida daquela pobre criatura concursada que eu, cruelmente, incomodo no meio da tarde em sua repartição. Saio quase pedindo desculpas e por pouco não ouço: - e que isso não se repita!
Talvez eu tenha dado azar.. é comum acontecer isso comigo. Foi um mau dia...
Mas sabe que isso não é só coisa de serviço público, não? Acho que isso é do brasileiro, atender mal mesmo quando pagamos pelo serviço diretamente. Ficamos vários minutos esperando o atendimento ao telefone (já fiquei 54 minutos esperando), ficamos em pé no balcão enquanto o funcionário do cartório conversa com o colega, temos nossas correspondências retornadas porque há carteiros que não gostam de carregar volume e dizem que passaram na sua casa muitas vezes e ninguém atendeu (ainda que você estivesse lá todos os dias, o dia  inteiro). Tudo isso é serviço pago e, normalmente, caro.
Outro dia, comprei um eletrônico pela internet que veio com problema. Liguei para o atendimento e fui atendido em 1 minuto, a atendente não ficou me jogando de setor em setor, relatei o problema só uma vez, eles pediram que enviasse o produto e disseram que eu teria outro logo que eles recebessem a minha postagem. Eles não discutiram o problema ou inventaram desculpas para eu ficar no prejuízo. Simplesmente, mandaram outro produto, trocaram e pronto. Dias depois, ainda ligaram para saber se eu ficara satisfeito com a troca.
Fiquei desconfiado... Não ser enrolado, atendimento direto, ser bem tratado, empresa que se preocupa com o seu problema mesmo depois da compra...huummm NO BRASIL??? Por alguns instantes quase desisti de levar a conversa adiante com o atendente. Devia ser golpe. Belisquei-me algumas vezes, mas, naquele dia, doeu mesmo. Tem alguma coisa errada com aquela empresa.. ah tem... Cuidado com esses caras..

sábado, 22 de agosto de 2009

Solidão SA

Outro dia, vi em uma reportagem na TV (Profissão repórter) um serviço de acompanhante. Não se tratava de um serviço de sexo delivery, mas de amigo delivery. Um profissional oferecia para vender seu tempo como companhia a pessoas que, simplesmente, quisessem alguém para sair, jantar, conversar, dançar. Enfim, alguém para poder ter como amigo e companhia.
O que me chamou a atenção nisso tudo foi a dimensão do que se tornou a vida de algumas pessoas. Há uma impessoalização da existência que chegamos a ponto de contratar um amigo temporário em face do castelo de solidão que se formou em torno de nós. Os amigos de infância seguem seus caminhos, os filhos crescem e vão embora, os companheiros se afastam voluntariamente ou morrem e quando nos damos conta, eis a solidão que propicia um mercado de amigos de aluguel.
Não há espaço para se avaliar ou recriminar o que é isso, mas cabe uma reflexão de o que fizemos com nossa vida e, principalmente, em cidades grandes, como isso é tão comum, essa solidão SA. Cabe pensar até que ponto nos afastamos para nos proteger e nos isolamos do afeto do outro.
Moro em uma cidade pequena (75 mil habitantes) e ainda temos o costume de ir à casa de amigos a pé, de conversar nas calçadas, de ver o pessoal da terceira idade se aglomerando nas portas dos clubes para bailes. Ainda caminhamos nas ruas com os rótulos de filho do fulano, neto de sicrano... Essa sensação de identificação, parodiando Drummond, mesmo depois que a luz apagou, a festa acabou, acalmam os ânimos de qualquer José.
Dão uma identidade no meio da multidão e dispensam os amigos de aluguel.
Pelo menos por enquanto...

sábado, 7 de fevereiro de 2009

E quem manda o Abelardo embora???

Aberlardo era funcionário público e, efetuados os descontos, ganhava R$ 3.346,46 por mês para ser responsável por um setor de sua repartição. Se chegasse atrasado, receberia R$ 3.346,46 já com o IR retido na fonte. Se faltasse, vez por outra, receberia R$ 3.346,46. Se tirasse dúvidas de forma atenciosa e correta, receberia R$ 3.346,46, mas se não o fizesse... receberia o mesmo. Se fosse altamente eficiente em seu ofício, receberia R$ 3.346,46, mas se não o fizesse... receberia R$ 3.346,46....
Em nome da pessoa que ele mais amava na vida, ele mesmo, e para evitar o estresse e outros desgastes que encurtam a vida, Abelardo, olhava a por cima do monitor de computador enquanto terminava mais uma partida de paciência no PC.
Se terminasse aquela partida ganharia R$ 3.346,46 e se não terminasse, também.
...
Abelardo fazia cara de preocupado olhando para a tela do computador... não conseguia achar um maldito seis de ouro.