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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Correios pra que te quero....

Sou do tempo em que, nos Correios, só se postavam cartas, eles vendiam selos para colecionadores às vezes e, no final do ano, cartões de natal da UNICEF.

Depois vieram TELE SENA, carnê do baú, livros e gravuras diversas, CDs e cursos por correspondência...
Aí.. chegaram os serviços de banco postal, sacam, pagam conta, fazem depósito, transferências bancárias, pegam empréstimo etc...

Em breve, os Correios oferecerão:
Serviços de lanternagem, rebaixamento de teto com gesso, remoldagem de pneu, exame de próstata, limpeza de caixa d'água, disk sexo, acupuntura, tratamento de canal, afiação de alicate de cutícula e tesoura, conserto de sombrinha, lipoaspiração e retífica em motor de veículos a diesel, tomografia computadorizada, pilates, escova de chocolate, cirurgias de correção de lábio leporino e limpeza de bico injetor.

Tenho medo dos Correios...

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Cara de quem comeu e não gostou

Comer uma coisa nova é sempre um desafio. Sou resistente ao novo e quando viajo, procuro aquilo que já conheço. Sou definitivamente diferente daquelas pessoas que fazem o seu estômago uma espécie campo de provas, um Los Alamos gastronômico (Para quem não sabe, esse era o lugar onde se faziam os testes da primeira bomba atômica).
Gastronomia carregada de temperos, óleos, odores fortes são o prenúncio de uma revolução intestinal e algumas experiências que tive na Bahia me ensinaram que nem tudo que tem nome curioso e folclórico é para ser comido pelo visitante. Em Góias, insistiram para eu comer o tal do pequi. Topei, mas ao colocar no prato, fui advertido: - Não morde não que tem gente que já foi parar no hospital por causa de uns espinhos que tem dentro. Desisti, é impossível para mim comer um negócio que pede um Lexotan para você relaxar durante o consumo. Em Fortaleza, a insistência foi com uma sala de caranguejo. Provei e tive a sensação de que o bicho tinha sido morto depois de uma luta de vale-tudo. O que encontrei de ossinhos e coisas parecidas no meio, me desestimularam a repetir o prato. Em Ubatuba, paquerei a ostra. Daí, perguntei: Parece com o quê? Um colega respondeu – Tem o gostinho de limão que você coloca... mas parece um catarro. Desanimei com a comparação. Um catarro com gosto de limão.
Voltei de Belém há poucos dias e fui extremamente prudente com os sabores da terra que são tentadores por suas cores e cheiros. Daí, lembrei de algumas situações por que passamos quanto alguém lhe serve uma comida diferente.
- E aí? Gostou?
[nesse momento você pensa: minto ou sou sincero?]
- É... diferente, né.
-Você não gostou?
- Não. Não disse isso. Disse que é diferente o sabor.
- Você quer mais?
- NÃO!
- Viu. Você não gostou.
- Não. Eu não quero mais porque estou satisfeito.
- Ah.. mas tão pouquinho!
- Pois é.. eu como pouco.
- Come pouco porque não gostou...
Chega alguém. Um terceiro na conversa..
- Aí, fulano, ele não gostou da comida.
- Eu não disse isso.
- O quê?? Você não gostou...
- Gente, se falar que detestei esse troço e nunca mais caio na besteira de provar algo parecido a gente encerra esse ciclo?
...
Silêncio
- E do doce? Você gostou?
- ..afff