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terça-feira, 20 de outubro de 2015

AUTORIDADE MORAL... O que é isso?

Outro dia, um aluno me perguntou o que era exatamente autoridade moral. Na pressa, respondi que se tratava de uma pessoa que tinha competência e conduta moral para liderar. Na verdade, é algo bem mais do que isso, pois pede que a gente entenda que a autoridade moral é algo que se conquista quando seus atos são plenamente "afinados" com suas palavras.
Muitas vezes, os atos são tão plenos que nem há necessidade das palavras. Por outro lado, a presença das palavras sem a existência dos atos que as suportem caracterizam a hipocrisia. Esta basicamente, constitui de uma necessidade de parecer ao seu meio algo que os seus atos não demonstram, que são.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Poetizando pensamento em tempos de rótulos

Ou é pensamento ou é de direita, ou é pensamento ou é de esquerda. Eis aí uma antítese dos tempos modernos. Pensamento não tem morada certa. O pensamento se dá ao luxo de flutuar sobre os rótulos e como uma pena (tal qual aquela do filme do Forest Gump) que paira leve no ar, voa, acelera, paira de novo, pousa, voa de novo. Aí, quando a gente pensa que vai acomodar, vem um brisa e joga para cima tudo. As ideias mudam, a gente muda e o pensamento nos mostra que quietude não é seu forte. Até porque, se acalma, não é mais pensamento. O pensar é inquieto.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Desculpe por te incomodar


Outro dia tive a infeliz oportunidade de precisar diretamente de um serviço público e constatei que décadas se passaram e continuo tendo um padrão ruim, lento, corrupto e ficando com a impressão bem nítida de que eu estou sendo um estorvo na vida daquela pobre criatura concursada que eu, cruelmente, incomodo no meio da tarde em sua repartição. Saio quase pedindo desculpas e por pouco não ouço: - e que isso não se repita!
Talvez eu tenha dado azar.. é comum acontecer isso comigo. Foi um mau dia...
Mas sabe que isso não é só coisa de serviço público, não? Acho que isso é do brasileiro, atender mal mesmo quando pagamos pelo serviço diretamente. Ficamos vários minutos esperando o atendimento ao telefone (já fiquei 54 minutos esperando), ficamos em pé no balcão enquanto o funcionário do cartório conversa com o colega, temos nossas correspondências retornadas porque há carteiros que não gostam de carregar volume e dizem que passaram na sua casa muitas vezes e ninguém atendeu (ainda que você estivesse lá todos os dias, o dia  inteiro). Tudo isso é serviço pago e, normalmente, caro.
Outro dia, comprei um eletrônico pela internet que veio com problema. Liguei para o atendimento e fui atendido em 1 minuto, a atendente não ficou me jogando de setor em setor, relatei o problema só uma vez, eles pediram que enviasse o produto e disseram que eu teria outro logo que eles recebessem a minha postagem. Eles não discutiram o problema ou inventaram desculpas para eu ficar no prejuízo. Simplesmente, mandaram outro produto, trocaram e pronto. Dias depois, ainda ligaram para saber se eu ficara satisfeito com a troca.
Fiquei desconfiado... Não ser enrolado, atendimento direto, ser bem tratado, empresa que se preocupa com o seu problema mesmo depois da compra...huummm NO BRASIL??? Por alguns instantes quase desisti de levar a conversa adiante com o atendente. Devia ser golpe. Belisquei-me algumas vezes, mas, naquele dia, doeu mesmo. Tem alguma coisa errada com aquela empresa.. ah tem... Cuidado com esses caras..

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Manias esquisitas dos falantes de português


Somos a terra dos falantes HIPERBÓLICOS. Aqui as pessoas falam que isso ou aquilo é a oitava maravilha (na verdade só havia até pouco tempo 7), morremos de fome e continuamos vivos e ficamos carecas por saber algo durante muito tempo.
Mas o mais engraçado é o caso da frase “concordo com você em gênero, número e grau.” Pois é. Gênero e número, tudo bem. Mas GRAU. Bom, aí vai uma aula de graça:

Ao contrário do que trazem algumas gramáticas, grau é uma derivação ou como chama MATTOSO, uma derivação é voluntária (derivatio voluntaria). As pessoas flexionam porque querem, não porque “tem que”. A concordância se dá efetivamente com as flexões, não necessariamente com as derivações.

Dessa forma, concordar com o grau é um extremo mesmo. Corresponderia a dizer:

Um caderninho pequeninho minúsculo

Esquisito, mas expressivo!
Obs.: Saca o bumbumzinho pequeninho da moça da foto. Não é montagem. Isso é que é uma hiperbole in natura.

sábado, 26 de março de 2011

Dados estatísticos e outras balelas

Recentemente, li uma pesquisa que apresentava dados que apontavam que as mulheres ainda recebem 13% a menos que os homens. Acho essas pesquisa mal intencionadas e tendenciosas. Mostram os dados, mas para qualquer pesquisador sério, ficam abertas uma série de perguntas. Onde foi feita? Com quem foi feita? Qual o grau de instrução dos pesquisados? Quanto tempo tinham no exercício da função? Se foi numa mesma cidade como São Paulo, em que região foi feita? Houve contraste de regiões ou só se focou em uma? Essas e mais uma dezena de perguntas sobre as quais nunca se fala continuam em aberto. Vamos comparar, então, mulheres e homens com a mesma idade, com o mesmo tempo de trabalho, com a mesma formação, em empresas equivalentes (ou na mesma), em uma mesma região de uma cidade. Se aparecerem dados que apresentam essa distorção, dou o braço a torcer de que talvez exista alguma seriedade nesses levantamentos de dados.
No mais, vejo um discurso que interessa a uma doutrina sexista cada vez mais ingênua que considera que conquista feminina é chamar a líder eleita do país de presidenta porque ela é mulher. Tenha paciência.

P.S.: Até hoje, não apareceram os contracheques e os currículos dos seus donos que comprovem essas pesquisa. Mistério... Basear-se em dados superficiais de informações oferecidas por amostragem, nesse caso, é bem desonesto.
A quem interessa a eterna manutenção da guerra dos sexos?