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terça-feira, 16 de outubro de 2018

Candidatos: o que eles fazem, onde vivem, como se reproduzem... No Globo Reporter de hoje...

[toca a musiquinha do Globo Repórter... Entra Sérgio Chapelin]..

- Boa noite! No Globo Repórter dessa noite, vamos aos mais recônditos lugares do mundo para ver onde essas criaturas que aparecem na época de eleições vivem. O que comem? Como se reproduzem e conhecer o paraíso dos candidatos hibernantes, um lugar paradisíaco e distante onde o tempo parece ter parado...  No Globo Reporter dessa noite.
[corta e abre a vinheta] 


Muita gente se pergunta o que os candidatos fazem no período entre eleições. Alguns aparecerem somente nesse período eleitoral como se o tivessem congelado durante quatro anos e depois descongelados para se candidatarem a alguma coisa. Agora que passou o primeiro turno e uma galera volta para onde veio… seja lá onde for esse lugar de onde veio, vamos especular. 

Henrique Meireles vai ficar do lado do telefone (aquele pretão e de gancho na parede) dia e noite esperando que chamem o Meireles. Tipo o Batman esperando o sinal no céu do comissário Gordon. 

Marina Silva, democraticamente, volta para o Acre onde ninguém a encontrará, nem o pessoal do Acre. Aliás, nem o Acre será encontrado nesse período. Muitos juram já tê-la visto em direção ao referido estado em uma cestinha de bicicleta. Mas acho que é fake news. 

Cabo Daciolo volta para o monte para jejuar. Que HerbaLife nada, quer perder peso pergunte ao cabo. 4 anos de jejum no monte. 

João Goulart Filho. Esse nem veio e não tem como voltar. Com a votação que teve está cogitando um cargo de síndico, mas o prédio não pode ter mais do que 30 moradores. De outra forma, não terá votos suficientes. 

Vera Lúcia já está atrás de um visto para Cuba, Venezuela ou Coreia do Norte.. #sqn
Alckmin vai tentar ficar quietinho em São Paulo até 2022… Ele acha que "dá pra fazer". 

O Eymael continua buscando sinais, fortes sinais e cantando seu jingle. Há pessoas com problemas com operadora de celular, há pessoas com muitos problemas com operadora de celular e há o Eymael… há mais de 20 anos, buscando sinal, fortes sinais. 

Ciro volta para o seu Ceará, a Suíça brasileira (segundo ele) onde pretende pegar os seus textos e fazer show de humor no Centro Cultural Dragão do Mar (Um lugar super legal. Vale a pena conhecer. Já estive lá. 

Amoedo - com certeza, com 400 milhões no banco, não será numa kitnet em Belford Roxo.... Onde quer que seja, Aí, Amoedo, tamo junto. Lembre dos amigos!

Boulos vai ficar em casa mesmo. Só não definiu casa de quem.. aliás, o dono só vai saber depois de ele instalado. 


E o Haddad e o Bolsonaro… bom esses ainda vão nos torturar mais uns 15 dias aí na mídia enchendo o saco. Depois a gente especula...



quarta-feira, 13 de junho de 2018

Depois de 2013... Acabou ficando nos R$ 0,20

Está fazendo 5 anos dos protestos de 2013. Sim.. aquele que o pessoal foi para a rua dizendo que não era pelos R$ 0,20 de aumento da passagem de ônibus. 
O mais impressionante naquela mobilização foi o caráter apartidário dos protestos. Eram pessoas comuns gritando contra a corrupção, contra os desmandos dos políticos gestores e, principalmente, contra um governo de um partido de mais de uma década que agora agonizava a olhos vistos (e viria a morrer tempos depois). 
Era um grito de “para, vamos refazer que não deu certo”. 
A coisa ia bem e, mesmo quando os grupos políticos começaram a se infiltrar para pegar carona na força do movimento e tirar proveito da situação, as pessoas viam o evento como algo legítimo. 
Até quando surgiam grupos como os Black Blocks, uma prova da existência da máquina do tempo, pois se trata de uma galera que veio dos anos 60 para gritar contra o capitalismo e imperialismo, os EUA, as multinacionais e, depois, confraternizar no Burger King. 
Foi uma mobilização nunca antes vista na história do país, mas que deu com os burros n’água. Por quê? O cenário era todo democraticamente favorável. 
Já na época apontei o problema central das coisas: falta de foco. Gritava-se pela ética, pela justiça, pelo bem comum.... mas isso é muito vago e fez a manifestação parecer aquele cachorro que corre atrás do caminhão e, quando o veículo para, ele fica sem saber o que fazer. Pois o governo parou e disse: tá! E o que vocês querem? 
Segue a lista: Justiça social Paz na terra Mais amor por favor... 

... Então Obviamente, é um exagero o que coloquei, mas foi mais ou menos assim. Faltou foco. Assim fica tenso, assim fica difícil... Mais paciência por favor... 

E, no final das contas, ficou só pelos 0,20.

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Lógica do mecanismo

Assisti recentemente à série O mecanismo da NETFLIX. Sei que uma parcela dos colegas que assistiram ficaram profundamente ofendidos porque entenderam que a crítica era a um partido ou a uma pessoa.  Entretanto, o cerne da questão foi apresentado quando o personagem de Selton Mello, o policial Marco Ruffo,  se vê diante de uma funcionário da companhia de água que tinha um esquema de propina para consertar um vazamento com celeridade em frente a sua casa. Naquele momento, ele entende que o problema não são as pessoas, mas o mecanismo que existe desde que o Brasil existe como país. O mecanismo do oportunismo desonesto. 
O fato de alguns personagens poderem ser relacionados a figuras "sacras" da política nacional recente e, de alguma forma, representarem uma crítica à uma ideologia política que hoje se tornou uma fé cega cultuada por uma seita de fanáticos impediu os colegas de enxergar essa reflexão do José Padilha sobre a essência da nossa corrupção.
Um episódio na recente greve dos caminhoneiros e na escassez de combustível me levou a pensar sobre esse mecanismo. O governo abaixou o preço do diesel em 0,46 centavos, mas alguns postos ainda não reduziram o preço na bomba porque alegam que ainda estão com estoque pelos quais pagaram o preço sem essa redução. Ok. Entendo e acho justo... Alegam que precisam deixar o estoque com preço antigo acabar para aplicar os novos preços sem prejuízo. Muito justo.
Entretanto, fica a pergunta: quando o preço do combustível sobe, eles primeiro esperam acabar o estoque que compraram com preço mais barato para depois colocar o preço novo ou eles cobram pelo estoque que pagaram menos o valor já majorado? Sim. Essa pergunta é retórica.
Enfim... li uma verdade assustadora no Facebook...

O Brasil é um monte de gente tentando se dar bem sozinha e se fudendo juntas.

E toca o barco... :-(


quinta-feira, 4 de agosto de 2016

As Olimpíadas e os conscientes de ocasião

Então, começam as Olimpíadas. Mais uma.. e pensar que há alguns anos, quando aprovaram o Brasil como sede, a gente pensou: Caramba! Mas está longe! Nossa, nem se se vou estar vivo. Mas se você está lendo, a resposta é sim. Você está vivo. Mas cheque o pulso por desencargo de consciência.
O fato é que o evento desde o início já despertou amor e ódio por toda parte. Não temos hospital decente e queremos ter Olimpíadas, não temos segurança, não temos educação de qualidade, o Brasil está quebrado.. Sim tudo isso é bem verdade, mas o que perpassa nessas contraposições ao evento não é uma indignação contra o evento, mas contra o descaso e incompetência administrativa de uma mesma classe política que vem se reelegendo há décadas. Acho que esse indignação deveria ser guardada para as urnas...

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Experimentando a vergonha nacional

Há alguns meses, precisei comprar um software de edição de vídeo aula de uma empresa estrangeira (acho que canadense). No site, havia dois preços: um para pessoas em geral e um para professores, um vez que eles queriam que professores usassem a ferramenta para gerar gravações de telas com explicações e aulas digitais. A diferença de preço entre as duas formas de pagamento era significativa. O preço para professor era pelo menos uns 50% a menos do que o preço para público em geral. Entrei em contato, pedi o software com o preço de professor, afinal sou professor mesmo há mais de 20 anos e efetuei o pagamento. Separei, então, todos os comprovantes que poderiam justificar minha condição que, mesmo estando em português, sempre tem nessas empresas alguém que é falante de Língua Portuguesa que pode comprovar, separei contatos com o local de trabalho e me preparei para enviar.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Brasileiro: o mais feio dos patinhos

Que o brasileiro tem complexo de patinho feio, isso nós já sabemos. Quando viaja para o exterior volta com a arma carregada falando mal de tudo que se encontra do aeroporto para fora. Tudo no exterior, das pessoas às coisas, tudo é perfeito. Quando moram lá durante alguns anos relativizam as coisas e veem que há coisas e pessoas boas e ruins em todos os lugares, mas enquanto é turista, tudo é lindo e perfeito.
Quando houve a vaia ao hino do Chile em Belo Horizonte, uma multidão de seres ilibados e tocados pela perfeição divina, encarnação tupiniquim dos anjos que cercam o Pai, se apressaram a pedir perdão aos chilenos, quase de joelhos demonstrando sua superioridade a todos os bárbaros que nessa terra compartilham o mesmo título de brasileiro.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Brasil: o país da autossabotagem


Pode parecer estranho, mas uma coisa com a qual custou-me a adaptação no Brasil é a autossabotagem. Para entender melhor isso é de grande valia assistir a um filme chamado “Uma primavera para Hitler” (the Producers, em inglês), 1968,  de Mel Brooks. O filme é muito divertido e conta a história de uma peça de teatro que é feita para dar errado (um golpe, claro), mas, catastroficamente, dá certo. É o fracasso que daria lucro... tese estranha?

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Todos somos substituíveis…

Falar isso em um mundo de politicamente correto é colocar a cara na reta da rajada de metralhadoras. Mas vamos lá.... É óbvio que não estamos falando do aspecto afetivo da questão. Se gostamos de alguém, não dá para substituir esse alguém por outro e gostar exatamente igual. 
Entretanto, no ambiente de trabalho esse discurso não cola e só serve quando sua intenção é fazer com que a autoestima das pessoas melhore um pouquinho e elas sintam que são mais importantes do que realmente são.

sábado, 20 de outubro de 2012

Triste (e trágica) sina de um país sem heróis


Corre sob os olhos do país o julgamento do mensalão (aquele que o Lula diz que nunca existiu) e, como em um ringue de boxe, de um lado, estão os bandidos, José Dirceu, Marco Valério e seus comparsas, de outro lado, os ministros do supremo. E mesmo dentre eles ainda há os mocinhos e os bandidos. Se é que é possível falar nisso com fronteiras tão claras hoje em dia.
Mas, enfim, desenrola-se a versão judicial dos antigos telecatches, aquelas lutas em que os resultados eram mais ou menos previstos e os narradores definiam quem era o mocinho, aplaudido e amado e os bandidos, odiados e vaiados.
Surge nesse cenário a figura de Joaquim Barbosa, uma espécie de batman afrodescendente brasileiro como o grande herói da mídia (quem tem facebook sabe o que é isso). Um self-made-man, uma história de sucesso apesar de todas as adversidades enfrentadas. Um homem que será louvado per secula seculorum porque condenou uma quadrilha que lesou o país e propagou sua bandalheira aos olhos vistos na certeza de impunidade que viria em razão de seus membros serem amigos do presidente.
Mas, espera aí... Essa não é a função mínima e esperada de um ministro do supremo tribunal do país? Afinal esse é o cargo cargo máximo da Justiça ao qual faz jus por sua moral ilibada, competência notória e pelo qual recebe (e receberá até o final da vida) muito bem... Parece que, no Brasil, isso não é a regra, mas a exceção e por isso, deve ser louvado como suprema virtude um um homem, fazer o que era o mínimo esperado que se fizesse.
Essa é a triste e trágica sina de um país sem heróis, a de louvar o mínimo de alguém no exercício desejado, esperado de sua função. Essa é a triste sina de um país que adota a dignidade como artigo de luxo das cracolândias ao supremo...

sexta-feira, 6 de julho de 2012

O que faltou aos japoneses nos sobra, cara de pau


O governo japonês divulgou hoje um relatório final sobre os acidentes na usina de Fukushima e o que me impressionou foi a maneira como eles conduziram o processo. Enquanto averiguavam as causas (não para encontrar alguém para Cristo, como fazemos aqui) reconstruíam o país. Reerguiam cidades, estradas, logradouros em geral sem a tradicional roubalheira, burocracia e má fé característica de países como o nosso. Aqui, quando ocorre uma desgraça (como aconteceu em Petrópolis e Friburgo ano passado), os políticos esfregam as mãos e comemoram: - oba! É verba sem licitação para a gente "se arrumar"! E os comerciantes eufóricos sorriem de orelha a orelha: - oba! Vamos vender galões de água de 5 reais por 50.. oba.. Vamos ficar ricos...
Mas enfim....Os japoneses chegaram a conclusão que houve falha humana "cultural" no processo que envolveu as condutas durante o acidente. Concluíram que o Tsunami não pode ser responsabilizado (Como assim??? No Brasil, a seca e as chuvas são as únicas culpadas de tudo. Esses caras têm muito que aprender com o nosso povo...) e que o problema foi cultural mesmo, pois os japoneses são educados para não questionar as ordens de seus superiores, ainda que essa conduza ao desastre.
Enfim, eles teriam que aprender a questionar, ir de choque a uma questão cultural nipônica, a obediência.
Pois bem... Se o tsunami tivesse passado por aqui já teríamos resolvido o problema. O culpado era o Tsunami, as verbas já teriam todas sido desviadas e ajudariam na reeleição dos prefeitos e governadores para os próximos anos, seria aberta uma CPI que os deputados usariam para se promover como bastiões da ordem e moral, mas que não daria em nada e acharíamos um empresário para Cristo que seria demonizado pela imprensa e logo após esquecido. E, por fim, questionar é fácil para a gente. Ainda mais se envolve a ruptura com a inércia decorrente de nossa indolência natural, uma espécie de doença da alma comum por aqui. 
Afinal, para nossa desgraça, isso também é uma questão cultural.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Sobre números e fatos


Números são feitos para demonstrarem os fatos, mas não são os fatos. Além disso, são resultados da leituras que um ser humano faz dos fatos. Sendo assim, são demonstrações de fatos resultantes de uma leitura possível de alguém. Eu sei disso e os políticos também.
Você quer saber como vai a educação? Converse com professores. Tem curiosidade sobre a situação da saúde? Bata um papo com médicos e enfermeiros. Quer mesmo ver como vai a economia? Pergunte aos comerciantes sobre suas vendas, compras e contratações. Essas sim são termômetros legítimos da economia.
Os números interessam aos partidos e a quem fica escondido por trás de telas de computador ou folhas de jornais vendo o que querem que ele veja, ouvindo o desejado e falando o esperado.
Em um mundo de mídias, perdemos o hábito de sentir o universo que nos cerca e oferecemos essa tarefa a outros para que sintam o mundo por nós. Dessa forma, evitamos a fadiga mental.. Terceirizamos a sensibilidade em nome do tempo curto dos tempos modernos e, logo, terceirizaremos a consciência em nome das ideologias pré-montadas e pré-moldadas ao nosso gosto.
Acredito que é interessante vermos os números, mas nunca devemos esquecer que eles não são os fatos. Ainda mais quando divulgados por veículos oficiais... 
Professores, médicos, enfermeiros, comerciantes são os fatos. Conversar com eles é a melhor maneira de entender o que significam os índices, se são relatos ou engodos.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Esperteza demais atrapalha


Assisti à final do mundial de clubes com a sensação de que não daria para Santos mesmo diante do Barcelona. Como não torço nem para um nem para outro, dessa forma, não faria diferença o resultado do jogo para mim. No fundo, eu sabia que seria um jogo bom de se ver para quem gosta de futebol.
O jogo seguia dando o previsto “ferro no Santos” e um show de bola do Barcelona com Messi à frente da tropa e eu pensava como ainda somos prepotentes quando se fala em futebol por aqui. Os telejornais insistiam em mostrar o retrospecto brasileiro (como se isso influenciasse alguma coisa) e comparar o time do Santos como do São Paulo (1992) e o do Internacional (2006) que, particularmente, eu acho bem superiores ao time do Santos atual. Mas, enfim, mídia é mídia e fazem de tudo para ganhar o torcedor.
Mas o que me chamou mais a atenção foi um lance do jogo, o quarto gol do Barcelona. Messi recebeu a bola, viu-se de cara com o goleiro do Santos e suas pernas se aproximando famintas no lance e teve milésimos de segundos para pensar “toco por baixo e driblo” ou “Me jogo e saio rolando pelo chão da grande área esperando o pênalti”.. Sinceramente, acho que essa segunda possibilidade não lhe passou pela cabeça. Driblou bonito, pulou, mandou para dentro. 4 X 0... Jogo terminado.
Cansei de ver no campeonato brasileiro, jogadores apostando na “caidinha na área”, “roladinha no chão”, “sentadinha com os braços abertos”, “companheiros correndo cima do juiz”. E quando o juiz não caía no golpe, saía sacudindo a cabeça de forma resignada.

Eis o jeitinho brasileiro que, apesar de não dar certo há décadas, ainda vigora por aqui.

sábado, 25 de junho de 2011

O Brasileiro e o complexo de vira-lata.

Em 1958, vivíamos o que definia Nelson Rodrigues como complexo de vira-lata. Resultado, obviamente, de uma maçaroca de teorias escalafobéticas de que a mestiçagem ora nos fazia um povo de párias, ora um povo de heróis, enfim, antes de tudo, um forte, concluía Euclides da Cunha. A seleção foi para a Suécia com os jornais propagando o turismo canarinho. Talvez, à exceção de Nelson e Mário Rodrigues, seu irmão e grande jornalista esportivo, todos tinham como certa a nossa vergonha nessa Copa.
Entretanto, não foi assim, em meio dribles de Garrincha, Pelé, Zagallo e outros, voltamos com o título. O primeiro, aquele que não veio em 1950 no Maracanã. Recuperamos, ou melhor, começamos a construir uma autoestima como povo. 
Já ouvi gente dizendo que os países do norte forjaram seu caráter nas guerras e privações. Nós não teríamos como forjar esse caráter e essa identidade, afinal, de qual guerra podemos tirar grandes lições e privações? Bem, até agora, felizmente nenhuma. Fundamos nosso orgulho, então, em ser a nação que ganhou 5 Copas do Mundo, que mostrou sua superioridade entre quatro linhas de um gramado. Ou entre as quatro linhas de uma quadra de vôlei. 
Mas não. Cadê o sangue dos mártires? Cadê as privações do povo? Cadê? Não tem. No ápice de nosso orgulho nacionalista, temos a imagem de um homem de camisa amarela erguendo uma taça dourada enquanto outros comemoram ao seu redor. Um narrador histriônico grita: Brasil, Brasil, Brasil...
Não há imagens de soldados, nem de bandeiras ensaguentadas, nem de mães que choram os filhos perdidos na batalha... Por causa disso, inculcou-se que somos um povo vira-lata, sem fibra, sem brio.
Se esse é o custo da identidade, permita o destino que sejamos vira-latas, hoje e sempre... 190 milhões de felizes vira-latas.