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sábado, 20 de outubro de 2012

Triste (e trágica) sina de um país sem heróis


Corre sob os olhos do país o julgamento do mensalão (aquele que o Lula diz que nunca existiu) e, como em um ringue de boxe, de um lado, estão os bandidos, José Dirceu, Marco Valério e seus comparsas, de outro lado, os ministros do supremo. E mesmo dentre eles ainda há os mocinhos e os bandidos. Se é que é possível falar nisso com fronteiras tão claras hoje em dia.
Mas, enfim, desenrola-se a versão judicial dos antigos telecatches, aquelas lutas em que os resultados eram mais ou menos previstos e os narradores definiam quem era o mocinho, aplaudido e amado e os bandidos, odiados e vaiados.
Surge nesse cenário a figura de Joaquim Barbosa, uma espécie de batman afrodescendente brasileiro como o grande herói da mídia (quem tem facebook sabe o que é isso). Um self-made-man, uma história de sucesso apesar de todas as adversidades enfrentadas. Um homem que será louvado per secula seculorum porque condenou uma quadrilha que lesou o país e propagou sua bandalheira aos olhos vistos na certeza de impunidade que viria em razão de seus membros serem amigos do presidente.
Mas, espera aí... Essa não é a função mínima e esperada de um ministro do supremo tribunal do país? Afinal esse é o cargo cargo máximo da Justiça ao qual faz jus por sua moral ilibada, competência notória e pelo qual recebe (e receberá até o final da vida) muito bem... Parece que, no Brasil, isso não é a regra, mas a exceção e por isso, deve ser louvado como suprema virtude um um homem, fazer o que era o mínimo esperado que se fizesse.
Essa é a triste e trágica sina de um país sem heróis, a de louvar o mínimo de alguém no exercício desejado, esperado de sua função. Essa é a triste sina de um país que adota a dignidade como artigo de luxo das cracolândias ao supremo...

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Bem aventurados os lesados de alguma forma.... Amanhã tem novidade no saco.

Nem uma carta de cobrança indevida, nem um cheque devolvido injustamente, nem uma calçada que lhe rendesse um tombo, nem um produto com algo estranho em uma gôndola de supermercado, nem uma ferramenta esquecida dentro dele durante uma cirurgia, nem uma página de internet que o citasse sem autorização por escrito, nem ao menos uma ofensa verbal que lhe rendesse algum trocado em algum tribunal... nem isso. Nada... nada, nada... Já havia cogitado a possibilidade de chutar um hidrante, mas nem isso ele andava vendo ultimamente nas calçadas.

E, assim, seguia sua vida, levando consigo a fatídica sina dos que são obrigados a ganhar dinheiro com trabalho.

Ó vida!
[chegou o ônibus]