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quarta-feira, 13 de junho de 2018

Depois de 2013... Acabou ficando nos R$ 0,20

Está fazendo 5 anos dos protestos de 2013. Sim.. aquele que o pessoal foi para a rua dizendo que não era pelos R$ 0,20 de aumento da passagem de ônibus. 
O mais impressionante naquela mobilização foi o caráter apartidário dos protestos. Eram pessoas comuns gritando contra a corrupção, contra os desmandos dos políticos gestores e, principalmente, contra um governo de um partido de mais de uma década que agora agonizava a olhos vistos (e viria a morrer tempos depois). 
Era um grito de “para, vamos refazer que não deu certo”. 
A coisa ia bem e, mesmo quando os grupos políticos começaram a se infiltrar para pegar carona na força do movimento e tirar proveito da situação, as pessoas viam o evento como algo legítimo. 
Até quando surgiam grupos como os Black Blocks, uma prova da existência da máquina do tempo, pois se trata de uma galera que veio dos anos 60 para gritar contra o capitalismo e imperialismo, os EUA, as multinacionais e, depois, confraternizar no Burger King. 
Foi uma mobilização nunca antes vista na história do país, mas que deu com os burros n’água. Por quê? O cenário era todo democraticamente favorável. 
Já na época apontei o problema central das coisas: falta de foco. Gritava-se pela ética, pela justiça, pelo bem comum.... mas isso é muito vago e fez a manifestação parecer aquele cachorro que corre atrás do caminhão e, quando o veículo para, ele fica sem saber o que fazer. Pois o governo parou e disse: tá! E o que vocês querem? 
Segue a lista: Justiça social Paz na terra Mais amor por favor... 

... Então Obviamente, é um exagero o que coloquei, mas foi mais ou menos assim. Faltou foco. Assim fica tenso, assim fica difícil... Mais paciência por favor... 

E, no final das contas, ficou só pelos 0,20.

domingo, 7 de julho de 2013

O Gigante voltou a dormir...

Optei por ficar em silêncio durante o calor da manifestações uma vez que qualquer um que pensasse um pouco diferente do geral seria odiado e, em tempos possíveis, executado em praça pública. Mas agora que o #ogigantevoltoupracaminha é hora de pensar um pouco.
Não adianta explodir em ira nas ruas e na época das eleições eleger os mesmos caras de sempre. Resposta, em sistema democrático se dá nas urnas, não nas ruas. Sobre o vandalismos de alguns pouco eu nem falo nada, pois era uma minoria de imbecis que acredita que as coisas mudam na base da porrada. Não. Não mudam e ainda abrem precedente para que a violência seja usada por parte das forças públicas. Violência legitima violência. Mas, no fundo, é isso que se quer, pois o sonho de todo pseudo herói revolucionário é virar mártir. 
Eu sempre, me pergunto quantos daqueles milhares nas ruas não aceitariam um emprego público para ganhar e não ter que ir lá, quantos não ofereciam um trocado para um policial para aliviar uma penalidade por infração à lei, quantos não contariam um mentira para justificar sua falta grosseira no trabalho, quantos não ficariam com troco a mais, quantos não usariam o acostamento e faixa seletiva com pista particular, quantos não pagariam para ter uma vaga comprada em um concurso público para si ou para um filho, quantos não comprariam um gabarito para uma vaga em uma faculdade disputada, quantos não furariam uma fila alegando pressa, quantos não beberiam, pegariam o carro e se negariam a fazer o teste do bafômetro alegando seu direito constitucional de não gerar provas contra si mesmo, quantos não acham normal o filho colar na escola, afinal, quem não cola não sai da escola, não é mesmo?… E vai por aí.
É isso. Um país não se muda com multidões barulhentas. Os políticos empreendem meia dúzia de alterações no calor das coisas, ganham tempo com a burocracia dos processos e com o tempo, tudo remota a normalidade de sempre. 
Um país se muda com comportamentos que se adotam para a vida cotidiana. E o ódio aos políticos me surpreende, pois se lá estão é porque são o reflexo das pessoas pessoas que os elegem (muitos ali no meio da multidão revoltada). O ódio, nesse caso, era para ser contra si mesmo. Sugiro até um autoflagelação no recanto do lar... quem sabe? Chicotes, camas de pregos.. sei lá.
Agora que o gigante voltou para caminha é hora de entender que esse gigante não existe e nunca vai existir. O que de fato existe é uma mudança grande que deve ser emprendida no pequeno universo de cada um. Qualquer outra coisa fora disso, é firula e oba-oba para estrangeiro ver e a mídia ganhar dinheiro com reportagens.