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segunda-feira, 4 de junho de 2018

Lógica do mecanismo

Assisti recentemente à série O mecanismo da NETFLIX. Sei que uma parcela dos colegas que assistiram ficaram profundamente ofendidos porque entenderam que a crítica era a um partido ou a uma pessoa.  Entretanto, o cerne da questão foi apresentado quando o personagem de Selton Mello, o policial Marco Ruffo,  se vê diante de uma funcionário da companhia de água que tinha um esquema de propina para consertar um vazamento com celeridade em frente a sua casa. Naquele momento, ele entende que o problema não são as pessoas, mas o mecanismo que existe desde que o Brasil existe como país. O mecanismo do oportunismo desonesto. 
O fato de alguns personagens poderem ser relacionados a figuras "sacras" da política nacional recente e, de alguma forma, representarem uma crítica à uma ideologia política que hoje se tornou uma fé cega cultuada por uma seita de fanáticos impediu os colegas de enxergar essa reflexão do José Padilha sobre a essência da nossa corrupção.
Um episódio na recente greve dos caminhoneiros e na escassez de combustível me levou a pensar sobre esse mecanismo. O governo abaixou o preço do diesel em 0,46 centavos, mas alguns postos ainda não reduziram o preço na bomba porque alegam que ainda estão com estoque pelos quais pagaram o preço sem essa redução. Ok. Entendo e acho justo... Alegam que precisam deixar o estoque com preço antigo acabar para aplicar os novos preços sem prejuízo. Muito justo.
Entretanto, fica a pergunta: quando o preço do combustível sobe, eles primeiro esperam acabar o estoque que compraram com preço mais barato para depois colocar o preço novo ou eles cobram pelo estoque que pagaram menos o valor já majorado? Sim. Essa pergunta é retórica.
Enfim... li uma verdade assustadora no Facebook...

O Brasil é um monte de gente tentando se dar bem sozinha e se fudendo juntas.

E toca o barco... :-(


sábado, 5 de julho de 2008

Guia do depressivo moderno

Aí veio o caso Isabella: um casal entra em um apartamento e minutos depois uma menina é jogada pela janela. Não foi ele, não foi ela, não foi ninguém... na verdade, foi uma terceira pessoa. Bom, até onde sei, a primeira pessoa, EU, a segunda pessoa, TU e a terceira pessoa... ahá.. ELE (ou ela). O advogado se prepara para dizer que a mulher sofria de depressão.
Pouco depois, em São José dos Campos, São Paulo, um pai tenta jogar um filho pela janela, mas não obtêm o êxito de seus depressivos inspiradores. Não foi dessa vez... O advogado já se apressou em relatar a depressão do seu cliente.
No Paraná, uma mulher jogou um bebê de seis meses pela janela, dessa vez, bingo... conseguiu. Os policiais a detiveram e ficaram surpresos porque ela não manifestava o menor arrependimento. Resoluta, afirmou que queria se livrar do bebê... E que tomava fortes remédios de depressão. Antecipou ao advogado que iria dizer que ela sofria de fortes crises de depressão.
No Japão, um homem deprimido saiu pela rua esfaqueando todo mundo que encontrava. Quando foi preso alegou que só fez isso porque estava profundamente deprimido.
Outro dia, na sala de espera de um médico, vi um garotinho com cara de bem informado pela TV que me olhava meio cabreiro, de rabo de olho... olhava para mim e para a janela da sala de espera do prédio de forma apreensiva...

Ei...!” Apressei-me. “Eu não sou depressivo não.”

Senti que o garotinho respirou aliviado. Sutilmente, mas o fez.
É... como as coisas mudam. Sou do tempo em que os deprimidos se jogavam pela janela, hoje, eles jogam os outros... Do tempo em que o deprimido se suicidava, hoje, "suicida" o outro. Sei não, mas por via das dúvidas, se vejo um sujeito deprimido e uma janela por perto, já fico esperto.
...
Bons tempos aqueles... bons tempos.

Em tempo
O depressivo moderno acorda cedo, na maior depressão, vê que a vida não faz mais sentido e decide cortar os pulsos.... os do vizinho, é claro.
E ele é besta?