domingo, 10 de agosto de 2014

Eu não odeio segundas-feiras...


O Garfield odeia segunda-feira, eu não. Aliás, acho que todo mundo odeia segunda-feira.
Vítima de injustiças sociais e culturais, a segunda-feira é considerada o primeiro dos dias.... e o pior deles. Espera aí.. primeiro é domingo, mas só porque você fica à toa vendo Faustão, você considera que a grande vilã da semana é a segunda. Isso acontece porque você  esquece que segunda tem trabalho, mas não tem Faustão e isso já era o suficiente para louvarmos este dia da semana.
Na segunda, começamos um regime e ficamos mais magros, começamos a economizar dinheiro e ficamos mais ricos (ou menos endividados), começamos uma promessa e ficamos mais mentirosos, seremos outra pessoa (igualzinha a essa que você vê, mas bem melhor)... Voltaremos para a academia. Claro. Você já viu alguém tomar uma decisão importante em sua vida numa quinta-feira? Quinta-feira é o dia mais sem graça da semana.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Filosofia popular pela metade... Daí...

Alguns autores de linguística dizem que não existe o texto incoerente, nós é que não conseguimos ancorar a compreensão no plano em que o enunciado se origina.
Sei não...
Não que eu discorde totalmente, mas acho que tem gente que abusa desse argumento, às vezes, sem ao menos saber que ele existe.
Conheci uma senhora que adorava ilustrar os seus discursos com um dito popular que, vez por outra, não dizia nada com coisa nenhuma. Certa vez, contando-lhe o caso de um rapaz que estava namorando uma moça que era encrenca pura ela disse: é isso aí, o bom filho a casa torna. Outra vez, uma pessoa próxima lhe narrou um caso de um homem que traiu a mulher, morreu na casa da amante e foi a mulher que teve que buscar o seu corpo. E ela concluiu: Em casa de ferreiro, o espeto é de pau.

sábado, 2 de agosto de 2014

Em tempos de guerra e eleição, a primeira vítima é sempre a verdade.

Ô coisa difícil (para a maioria das pessoas) é pensar. Ainda mais em tempos de eleição... 
No geral, há 3 coisas que motivam fortemente o ser humano em aderir um uma campanha de um partido/candidato X ou Y: 1. Interesse pessoal. Você é um profissional que trabalha com o partido ou o candidato, obtém proveitos pessoais em conseqüência disso e é natural que defenda seus interesses; 2. Ingenuidade. Você acredita que fulano vai mudar alguma coisa, que tem boas intenções que quer um mundo melhor além dos vídeos de campanha em que ele mostra jovens balançando bandeiras nas ruas e sorrindo. 3. Parasitismo. Esse caso não trabalha com o candidato e nem quer isso. Ele vive às custas do poder político há décadas não necessariamente com emprego mas com situações de intermediário em processos bem lucrativos para ele. Precisa do político para manter e expandir o seu parasitismo.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Que história de outra face é essa?

Uma das coisas lidas de forma mais errada no Cristianismo como filosofia é a história de dar a outra face. Muitos interpretaram isso como uma atitude mansa e conformista de se, ao baterem em você, ofereça o outro lado para bater. 
Vamos lá, primeiro isso é uma metáfora. Alôôô... Metáfora - figura de linguagem que estabelece uma comparação não expressa literalmente. No caso, não se está falando nem de cara, nem de tapa, mas de ação é reação. Reação diversa de ação.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

A vida é uma novela

Só assisto a novelas às quarta-feiras e percebi que a Globo segue uma lógica básica desde sempre. Agora, ainda insere de uns anos para cá mais um horário de novela do fim de noite que serve para atrasar mais ainda o Jornal da Globo e colocar o programa do Jô de madrugada. Considerando que o Jornal da Globo mostra as mesmas coisas dos outros jornais e que o Jô é chatinho pra cacete. Acho que é uma maneira de nos poupar dessa programação raspa-do-tacho. Mas veja só...

De tarde
Novela velha que passou há um cacetão de tempo e vai ser assistida por gente que, com certeza, não tem nada para fazer. Aí eu penso: olha, o fulano, novinho nessa época. Pensamento bem óbvio esse.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Bem no meio do seu...

Outro dia, eu passava pela porta dos Correios de minha cidade e ouvi duas senhoras de uma certa idade (mais de 65, elas tinham com certeza) conversarem. Eu ia subindo a ladeira logo atrás delas enquanto a mais exaltada contava uma história que não entendi direito, mas ouvia aos pedaços. Só peguei a parte em que ela dizia: - Aí, eu disse a ela, quer bem, não quer vai tomar bem no meio do seu c*!
Fiquei com aquilo na cabeça. Quem despertava tamanha ira naquela senhora que deveria ir tomar bem no meio do seu c*.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Tudo aquilo de que eu não preciso pra ser feliz

Uma das coisas de que mais gosto quando passeio em um shopping é ver a quantidade de coisas de que eu não preciso para ser feliz. Passo pelas lojas e contemplo um monte de coisas que eu poderia comprar, mas que não me despertam o menor interesse. Imagino como dever ser ruim querer aquilo tudo e não poder, mas pensem como é libertador poder e não querer.
Vejo camisas sociais que eu consigo comprar por 80 sendo vendidas por 350. Pessoas comprando uma camisa polo que valeria uns 50 reais por 250 só porque tem uma etiqueta que fará com que os outros pensem que elas têm um dinheiro que não têm.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Brasileiro: o mais feio dos patinhos

Que o brasileiro tem complexo de patinho feio, isso nós já sabemos. Quando viaja para o exterior volta com a arma carregada falando mal de tudo que se encontra do aeroporto para fora. Tudo no exterior, das pessoas às coisas, tudo é perfeito. Quando moram lá durante alguns anos relativizam as coisas e veem que há coisas e pessoas boas e ruins em todos os lugares, mas enquanto é turista, tudo é lindo e perfeito.
Quando houve a vaia ao hino do Chile em Belo Horizonte, uma multidão de seres ilibados e tocados pela perfeição divina, encarnação tupiniquim dos anjos que cercam o Pai, se apressaram a pedir perdão aos chilenos, quase de joelhos demonstrando sua superioridade a todos os bárbaros que nessa terra compartilham o mesmo título de brasileiro.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

E aí? Está lembrado de mim?

Não tem nada mais desconcertante do que alguém o abordar na rua do nada e perguntar: E aí, fulano? Quanto tempo? Se bem que tem coisa pior sim... é ele perguntar: E aí, está lembrado de mim?
Em alguns minutos nos sentimos o maior pulha do universo. Um canalha, um ingrato desmemoriado que não se lembra do nome de uma pessoa que efusivamente saiu de onde estava, caminhou até nós e com um sorriso nos lábios no saudou. É.. nos saudou, mas perguntou a única coisa que não poderia ter perguntado. 
Não se pergunta isso aqui a ninguém. 
Seguimos, então, naquele joguinho falso de ficar ali no papo meio vazio tentando buscar referências, sugestões.