sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Período de férias... cuidado!

Calor, sol, praia, dias de luz, festa do sol e o barquinho a deslizar...
É fim de ano, hora de preparar-se para o período de férias e as viagens. Mas sempre há armadilhas que pegam os incautos e até mesmo os cautelosos. O problema é que temos memória ruim e todo ano nos esquecemos das armadilhas lingüísticas que as férias nos reservam.

Vamos refrescar a memória!


Onde se lê
Pousada aconchegante, a 15 minutos do centro.

Entenda
Pousada pequena e desconfortável, a 15 minutos do centro de carro, isso se você for em linha reta a 100 Km por hora.

Onde se lê
Restaurante self-service familiar, preço único, sirva-se à vontade.

Entenda
Bandejas com pouca variedade, comida revirada logo às 11 da manhã, muvucado de gente, filas grandes e com um ventilador que vai fazer sua notinha voar para baixo das outras mesas.

Onde se lê
Conheça as praias paradisíacas

Entenda
Praia distante, sem lugar seguro para estacionar, com um único comércio que vende caro pra caramba. Corre o risco de você ter que comprar uma latinha de guaraná por mais de 4 reais e ainda agradecer ao vendedor, pois só tem ele ali.

Onde se lê
Feira de artesanato local

Entenda
Um monte de barraquinhas com gente te oferecendo de tudo (de coisas de palha a DVD pirata). Preço assustador, mas que você compra para encher a casa das infames canoinhas com os dizeres “lembranças de algum lugar" ou a pior de todas "estive em X e lembrei de você"

Onde se lê
Show de Danças típicas

Entenda
Gente com roupas estranhas, fazendo gestos estranhos, cantando coisas estranhas e fazendo uma coisa bem comum ao final: pedindo dinheiro.

Onde se lê
Praia bem movimentada

Entenda
Praia cheia, cheia não, lotada... lotada não.. muito lotada.

Cuidado com as armadilhas. Fique atento porque, por trás das palavras, há sempre uma intenção. E, muitas vezes, não é das melhores.



Trem fretado por amigos que alugaram uma casa na praia. Uma economia perigosa, 15 dias divididos para todos custaram 2,50 para cada um.

Atente para o fato: um banheiro, ao término de 12 horas, usado por vinte pessoas... sim.. seja sincero. É possível haver vida que respire em Marte...? E nesse banheiro?

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

As coisas e os sentidos das coisas

Um dia, eu estava assistindo a uma entrevista na TV e o cara falava sobre o significado de alguns nomes próprios. Lembrei dos filmes de caubóis em que o índio se chamava, Chewabo, e os seus pares sempre explicavam que aquele nome significava “guerreiro bravo e selvagem que luta sem armas na lua cheia e/ou minguante com honra e perseverança por uma causa nobre dos seus irmãos que morreram em outras batalhas”. E eu ficava pensando:
- Caramba, que poder de síntese.. !!
Tudo isso numa palavra só.
Acho que foi por conta desse poder de síntese que algumas tribos entraram em extinção.
Explico...
Chegou-se a um ponto tal que, para o líder da tribo dar uma bronca, ele só olhava e falava: Ó...! e todos já entendiam seu sermão sobre a virtude, a honra, a sensatez e a presença de um deus imenso e bondoso que cuidava de todos. Num estágio evolutivo posterior, era só uma levantada de sobrancelha e os demais se prostravam de joelhos.

Era um silêncio ensurdecedor.
Com o passar do tempo, sem ter muito o que falar, ou quando se tinha resumia-se a tão pouco que todos morreram.. de tédio.
Mas, tudo isso é para falar que, nessa busca por explicar os nomes, surgem coisas absurdas e que me fizeram perder um pouco do gosto por etimologia (estudo da origem das palavras) muito cedo. Vez por outra aparece um jornalista explicando que uma palavra se origina em uma outra expressão ou apresentando uma história mirabolante de um vocábulo. No fundo, é um chute atrás do outro, mas que, às vezes, é uma historinha tão bem bolada que a gente sai repetindo por aí com ares de verdade universal.
Bom, salvo raríssimas exceções, esquivo-me com freqüência de etimologias e assumo que uma palavra significa o que ela quer dizer ali, no contexto. Já gostei de contar casos como o de morcego , que vem do latim mus (rato) e cecus (cego) porque os antigos romanos acreditavam que morcegos eram ratos que envelheceram e criaram asas . Mas, sabe de uma coisa? Enjoei.
Continuo gostando das historinhas, mas para mim, hoje, morcego é um mamífero que se parece com o rato e que voa. (ponto final)


P.S.: A coisa mais absurda que já ouvi foi que a expressão popular "cuspido e escarrado", usada para se referir à semelhança entre pessoas, vinha do termo “esculpido em carrara”. E aí eu pergunto: desde quando quando alguém que é igual ao outro parece com uma estátua de mármore carrara do outro? A idéia original é esculpido (semelhante fisicamente) e encarnado (semelhante no jeito de ser, na alma).. Por favor, sem cuspir ou escarrar em ninguém...

Aí... de lá para cá, perdi o gosto pela coisa.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

A arte de comentar V – Vá e acrescente algo...

Ai, não sei nada sobre esse assunto. Desculpe. Visite o meu blog. (Então comentou essa besteira por quê, meu querido? Visite o quê..?)

Esse é o comentário mais tolo (depois de “kkk, legal seu blogue”) que alguém pode fazer. Pensa bem, se não sabe nada, se admite ser "burrinho" (já vi isso escrito, acredita? No meu blogue.... o cara escreveu: Foi mal, sou burrinho. Não sei nada disso. Visite meu blogue.), comentou isso para quê? Se pulasse o comentário na comunidade e deixasse para outro não seria mais honesto?


Aí vem o clássico, “visite meu blog” e dá vontade de falar:

- Você está falando sério?

Uma informação, um outro ponto de vista, um elogio, uma crítica, uma ratificação ou mesma uma retificação, tudo é válido. O comentário é a oportunidade que você tem de dizer ao autor: “olha, estive aqui, li seu texto e acho....X”. Um bom comentário dispensa o infame “visite meu blog”. Com esta postura, o blogueiro ganha mais do que visitas, ganha leitores, respeito e credibilidade.
E isso é tudo.


Leia também
A arte do comentário I: As comunidades e seu funcionamento básico
A arte de comentar II – Só comenta bem quem lê bem.
A arte de comentar III – Seja coerente...
A arte de comentar IV – Coesão no que se escreve não é luxo...


Esclarecimento (mais uma vez):
O objetivo dessas postagens é esclarecer, ajudar e oferecer algumas dicas de como fazer um comentário pertinente, inteligente e que valorize o trabalho de quem postou o texto comentado. Entretanto, somos todos livres para ir até aonde queremos (e não fazê-lo) ou mesmo até aonde a natureza nos limita. É bom que fique claro que sou totalmente contra todo e qualquer tipo de censura. E por fim, acredito que ninguém é obrigado a nada por aqui e a liberdade de pensar é tão ferrenhamente defendida quanto a de não o fazer.


sábado, 27 de dezembro de 2008

Ao chato com carinho...

Há pessoas que acham polêmica em tudo e, o mais incrível dessas polêmicas é que elas se encontram em uma má (ou péssima) interpretação de texto (falado ou escrito) ou mesmo em um recorte inadequado de um determinado trecho do texto que, na maioria das vezes, é produto da necessidade compulsiva de se parecer mais politizado e inteligente do que realmente se é.

Tive um colega na adolescência que, sempre que queria parecer mais esperto do que era (e ele até era esperto), inseria na discussão um "mas o que você quer dizer com X". Na verdade, fui saber mais tarde (quando fiz análise do discurso) que essas intervenções, em excesso, dentro de uma conversa, são acessos de fuga e desvio de temática através da exaustão do autor/enunciador. O meu colega usava isso na intuição, mas usava.

Outra coisa é o filósofo em compotas. Ele lê e se posiciona, normalmente, como um eterno revolucionário com referências bibliográficas que lhe dão um ar de "quando você chegar ao meu nível de esclarecimento, teremos um mundo melhor". Na verdade, ele pouco produz de raciocínio próprio e muito reproduz do alheio. Suas intervenções são tão fora de contexto quanto sua camisa vermelha do Che e a célebre frase "Hay que endurecer..." vendida em uma loja de grife em um shopping. Normalmente, este tipo de colega usa frases como "Você que é inteligente vai concordar comigo..." Isso quer dizer que se eu não admitir seu ponto de vista como perfeito e verdadeiro, serei uma besta? Com certeza...
Na maioria das vezes, prefira ser uma besta.

Há também o eterno procurador. Procura polêmica onde sequer há algo e chama para si o direito de liberdade de expressão. Concordo com esse direito. Entretanto, nove em cada dez das suas polêmicas são produtos de conflitos e melindres pessoais e ele é capaz de descer a ripa em um texto sobre chapeuzinho vermelho por causa de suas referências fálicas (o cabo do machado do lenhador) do poder das classes dominantes e ver naquilo tudo uma ode a antropofagia cultura. Dotado de vasto vocabulário e pouco raciocínio, vê na polêmica a oportunidade de construir uma autoimagem para criar credibilidade, mesmo que essa imagem só convença a si mesmo. Odeia a Globo por que ela manipula a informação, mas se esquece que não há imparcialidade no "manusear da informação" e se parasse para pensar, não adotaria esse discurso, pois também está manipulando a informação.

E há o sou do contra sim e daí? Discordam de tudo e acham que a discordância é o seu crachá de intelectual. Ressuscitam polêmicas que já viraram cinzas e quanto maior o nível de seu interlocutor, mas esforço têm em construir uma máscara daquilo que nunca foram.

Diante das situações criadas, a coisa mais educada é o silêncio, um sorriso, um muito obrigado e a salutar distância porque esses colegas são, no fundo, profundamente chatos e isso dá uma canseira na gente.

Feliz 2009.


Em tempo: Eu achei a gravura desta postagem em um blogue chamado "frasesilustradas.blogueisso.com", um show de criatividade em gravuras baseadas em frases clássicas. Gostei muito.


sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

A arte de comentar IV – Coesão no que se escreve não é luxo...

Legal. Visite meu blog.
(O que é legal? O texto, o blogue, a maneira como foi exposto? Depois desse comentário, me dá uma boa razão para visitá-lo)

Bom...
Parágrafo não é luxo, é necessidade e dentro dele há umas coisinhas chamadas mecanismos de coesão. Há pronomes, palavras de sentidos próximos para evitar repetição, conjunções, preposições, enfim, elementos que retomem aquilo a que você se refere no texto ou fora dele. Sabe? Aquelas coisas chatas que o professor de português andou falando na aula. Pois é... aquilo, por incrível que pareça, é útil para caramba. Sugestão de ouro: releia o que você escreveu e veja se as partes do seu texto estão conectadas entre si e com o que foi dito.

kkk. Gostei. Criativo. Bom texto. Visite o meu.

Três frases conectadas pela boa vontade do leitor e que, no geral, não se referem especificamente a nada tratado no blogue, seja lá o que for o assunto. Esse é o tipo de comentário que , dada sua pouca especificidade, serve para qualquer coisa, menos expressar uma idéia com relação a um texto lido.

É claro que isso caracteriza, na imensa maioria das vezes, que o coleguinha não leu uma linha sequer (ou leu e não entendeu) e está desesperado para que o seu pontinho no DiHITT seja registrado ou que seu nome vá para a lista do COMENTE ACIMA... na comunidade. O Michell Niero, fez um comentário sobre isso na postagem anterior dessa série (A arte de comentar III) que se emoldurar vira obra de arte no Louvre ou no Hermitage. Ge-ni-al... se der tempo, dêem uma olhada.

Com trocadilho... sem comentários.

Leia também
A arte do comentário I: As comunidades e seu funcionamento básico
A arte de comentar II – Só comenta bem quem lê bem.
A arte de comentar III – Seja coerente...


Esclarecimento (mais uma vez):
O objetivo dessas postagens é esclarecer, ajudar e oferecer algumas dicas de como fazer um comentário pertinente, inteligente e que valorize o trabalho de quem postou o texto comentado. Entretanto, somos todos livres para ir até aonde queremos (e não fazê-lo) ou mesmo até aonde a natureza nos limita. É bom que fique claro que sou totalmente contra todo e qualquer tipo de censura. E por fim, acredito que ninguém é obrigado a nada por aqui e a liberdade de pensar é tão ferrenhamente defendida quanto a de não o fazer.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Educação e realidades

Nós nos propomos a fazer uma educação humanística de ensino médio e formamos marcadores de cruzinhas. Não discordo de que haja matérias como sociologia, filosofia ou mesmo a proposta de psicologia para alunos de ensino médio, mas fico me perguntando se devemos entender que a educação oferecida ao caboclo da Amazônia em uma escola de noturno deva ser a mesma de um aluno de classe média da Barra da Tijuca. Cada realidade pede suas necessidades.

Minha visão aponta para uma educação utilitária/otimizada. Senso crítico e formação geral são coisas que devem ser adquiridas depois que o indivíduo tiver a oportunidade de garantir o seu sustento com o próprio trabalho e assim garantir sua dignidade como cidadão dentro de uma cadeia produtiva. Aí sim, teremos uma busca mais legítima do que a artificialidade de algumas aulas nas escolas, que, na palavra de muitos alunos, nada mais é do que uma enrolação sem fim.

Penso uma escola que prepare o aluno para uma atuação profissional e produtiva na sociedade. Não é viável economicamente manter um profissional estudando 3 anos, com uma formação extremamente genérica, para que ele vá pensando no que vai fazer quando terminar a sua formação em marcador de cruzinhas. Ótimo. Para quê? A que custo?

Talvez devêssemos adotar o modelo francês ou como era, no Brasil, há uns 30 ou 40 anos atrás. Quem sabe um Ensino Médio dividido em HUMANAS, BIOMÉDICAS e EXATAS e com um grau de encaminhamento profissional em um quarto ano. Não sei. Talvez fosse por aí. A verdade é que no formato que temos, estamos perdendo tempo e dinheiro: nosso, contribuinte e professor, e dos alunos.

Muitos alegarão que aos 15 anos é muito cedo para se decidir por uma área de interesse, mas aos 16 já se é maduro o suficiente para decidir quem deve ser o presidente do país. Então que decida por sua área aos 16. Corremos o risco de criar uma geração que, sentada na sala jogando video game, ainda está decidindo o que vai ser... aos 30 anos.
Mas será que o menino está maduro o suficiente... será que não podemos esperar mais um pouquinho?

Não no sofá lá de casa, véi, não lá...


Em tempo:
Antes que eu me esqueça.... Feliz Natal!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

A arte de comentar III – Seja coerente...

Bom, concordo com você, mas acho que o que você falou não tem nada a ve,r essas paradas tipo assim, sei lá.. Visite o meu blog.
(Visitar seu “blog”??? Você surtou?)

Bom, você escolheu um aspecto do texto e acredita que pode acrescer algo, apresentar um ponto de vista ou fazer um elogio. Atenha-se a sua idéia central (elogio, crítica, exemplificação). Muitos comentários são escritos de forma que não sabemos se a pessoa era a favor, contra, se quer inserir algo, exemplificar... enfim, sei lá.
Reler o que se escreve depois de pronto é uma dica de ouro. Erros de digitação são normais e perdoáveis, mas não conseguir passar uma idéia, aí não... Isso é sério. Percebam sempre que expressões como “sei lá”, “nada a ver”, “mil coisas” não querem dizer absolutamente nada.
Aquela idéia de “eu me expresso do jeito que eu quero” é uma postura compreensível em alguém imaturo, pois ainda não tomou cacetada o suficiente para aprender que não dobramos a vida na porrada, ela é que nos dobra de tanto bater. Mas para isso não há palavra que explique, só tempo mostra.


Leia também
A arte do comentário I: As comunidades e seu funcionamento básico
A arte de comentar II – Só comenta bem quem lê bem.



Esclarecimento:
O objetivo dessas postagens é esclarecer, ajudar e oferecer algumas dicas de como fazer um comentário pertinente, inteligente e que valorize o trabalho de quem postou o texto comentado. Entretanto, somos todos livres para ir até aonde queremos (e não fazê-lo) ou mesmo até aonde a natureza nos limita. É bom que fique claro que sou totalmente contra todo e qualquer tipo de censura. E por fim, acredito que ninguém é obrigado a nada por aqui e a liberdade de pensar é tão ferrenhamente defendida quanto a de não o fazer.

sábado, 20 de dezembro de 2008

O que faz uma aula ser uma "boa aula"

Uma das perguntas que nos fazemos é porque algumas aulas nos marcam tanto e outras simplesmente caem no famoso: “aquele troço chato que eu não entendi até hoje”. Pois é... Se te disserem que aprender será sempre suave e doce, estão mentindo. Alguns conteúdos são ásperos e amargos, mas precisam ser assimilados. Não tem jeito.
Para facilitar a digestão, algumas dicas deveriam ser repetidas em tom de mantra por todos os professores.
Seja sempre claro, sequencial, relevante... claro, seqüencial, relevante... claro, seqüencial, relevante...
Até sabemos que falar difícil faz o maior sucesso e faz com que alguns professores levem pela vida o rótulo de gênio, pois nunca se entendeu uma vírgula do que ele falava e sob a névoa da “genialidade” vinha sempre a célebre frase: ele é muito bom, mas não sabe passar. Ótimo, um mundo de profissões o espera, mas magistério não, por favor. É como um médico que sabe tudo de câncer, mas não sabe curar. Caiu na mão dele, morreu. Você toparia?
No que toca a sequencialidade, é importante que quem está lá na frente (a princípio e espera-se que sim) saiba mais do que quem está sentado nas carteiras. Para o professor aquele assunto é um mar em que ele navega para o lado que quer e nunca se perde, mas para o aluno não. Ele precisa de um roteiro: de onde eu saio, como caminho, por onde vou, aonde chego. Falar aleatoriamente ao estilo socrático na sala como se fosse uma ágora é perda de tempo. O aluno precisa que um conhecimento funcione de forma progressiva e seqüencial. Depois, tudo bem, pode viajar, mas agora não.
E, por fim, a relevância. Quando dominamos um assunto queremos falar de tudo sobre aquilo, mas quem está do outro lado está preparado para ouvir tudo que queremos falar sobre aquilo? Antes de entrar na sala se pergunte: o que eu quero que o meu aluno saiba e por quê? Seja realista e saiba que 60% do conteúdo que você passar irá se perder em 72 horas na cabeça dos alunos. Seja altamente relevante...
Isso é só o começo da conversa... mas para começar já está bem bom.
Há um outro mantra: bem humorado, exemplifique, seja leve... mas isso é para outro papo.
Por enquanto...
Repitam comigo: claro, sequencial, relevante... claro, sequencial, relevante...
Costuma funcionar...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

A arte de comentar II – Só comenta bem quem lê bem.

Acho que a natureza é nosso maior bem e precisamos preservá-la. A floresta amazônica por exemplo. Valeu. Visite meu blogue.

(o texto falava sobre a “natureza” agressiva do ser humano. O cara não leu, viu a palavra natureza na primeira linha e falou sobre a floresta.... huuum. Que gênio!)


Primeiro de tudo. Leia o texto. Isso é básico.
Tem colega de blogue que, quando encara uma postagem sem vídeos do youtube, sem piadinhas coladas de outros sites, e com um texto com mais de 15 linhas, lê as três primeiras linhas, as duas últimas e emite uma opinião completamente sem pé nem cabeça.
Para quem postou não fica mal, fica mal para quem escreveu a besteirada sobre algo que nem sequer leu. O saco de Filó é conhecido por ter comentaristas de grande qualidade de texto e opinião e que inserem comentários tão bons quanto os próprios textos postados. Já houve casos de comentários virarem objetos de comentários dentro da postagem, como se fosse outro tema da postagem na área de comentários.

O texto é grande, você não gosta de ler, pule. Deixe a vez para outro. O texto é de poesia e você não gosta, pule. Seja gentil. Essa é uma idéia básica da lei do retorno. Entretanto, se você vai ler, comece da primeira linha, acompanhe a idéia de quem escreveu (se estiver uma porcaria, interrompa e ceda sua vez). Leia, então, atentamente, até o final.
Ao término, pergunte-se: Eu entendi? Eu gostei? Vale a pena comentar? Se a resposta for sim. Mãos à obra. Identifique no texto um ponto da idéia que você pretende acrescer algo, ponderar, ou simplesmente elogiar. Comente então...

Se não der conta, seja gentil, pule, passe sua vez.


Leia também
A arte do comentário I: As comunidades e seu funcionamento básico