segunda-feira, 1 de agosto de 2016

O médico e a atitude estúpida

Penso que pessoas com dificuldade em interpretação de texto não deveriam ler as linhas a seguir... Não se trata de uma defesa nem do médico nem do José Dirceu...

O que eu acho mais curioso nas redes sociais é o constante desejo de vingança disfarçado de reparação moral (sic). Primeiro, lembro o caso do ex-ministro José Dirceu. O cara tem uma história política e, no final da carreira, quando tudo ia bem, ele deu mole e vazou uma série de sujeiras dele...  Nada estranho ao mundo político, foram coisas como compra de votos e desvio de dinheiro público e outras do gênero. Enfim, ele foi condenado 23 anos (sem contar o tempo de condenação pelo mensalão - mais 10 anos). O cara tem 70 anos, isso significa que ele ficaria preso até 93 anos pelo menos... Eu vi pessoas esbravejando na internet que tinha que mofar na cadeia e morrer lá etc... Considerando que ele deve ter mais uns 10 anos de vida saudável pela frente... é provável que ele fique mais tempo preso do que o tempo que tem de vida. (Aviso de ironia. Sei que não é factual essa afirmativa).

sexta-feira, 29 de julho de 2016

A moça e as vaias - um mundo cada vez mais babaca

Quando digo que chafurdamos em um mar de intolerância (e hipocrisia) nos dias atuais não é exagero. Conheço gente que diz que quem concorda com ele é sensato e consciente, agora, quem discorda é um fascista nojento repulsivo infame que não merece nem ser ouvido. É uma espécie de sub-cidadão de quem se deveria ser destituído qualquer direito a voz. Falei sobre isso no texto anterior (A celebridade e a intolerância). 
Dessa vez, o que me chamou atenção foi o caso da YouTuber/facebooker e atriz Marcela Tavares. Para quem não conhece, ela é atriz, simpática, bonitinha, baixinha, engraçada e tem um jeito histriônico de falar no seu canal...Ela fala gritando e fazendo um escândalo que, para mim, que já virei a casa dos 40, é muito estranho(mas eu assino canal dela...kkk). Mas convenhamos, ela é, boa parte das vezes, bem cômica e tem um público que compra o seu gênero 100%.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

A "celebridade" e a intolerância

"Ergo hypocisis sempre est peccatum mortale."
São Tomas de Aquino

Tempos atrás, houve um assunto nas redes sociais que causou grande “comoção” (Se bem que rede social é reduto de todo tipo de comoção ocasional: as pessoas ficam comovidas, engajadas, postam hashtags, mas em menos de duas semanas retomam sua indiferença e alienação) e não deveria ser levada em conta como referência para nada.
Mas o fato é que o ator Alexandre Frota foi recebido pelo ministro da educação (dia 25 de maio) para apresentar um projeto de escola sem partido.

domingo, 3 de julho de 2016

Consulte seu médico... vai que...

Quem pensa que viver é SER engana-se redondamente. Viver é ESTAR e estar por pouco tempo. Isso é independente de se ter uma visão materialista ou espiritualista. Esta acredita que a vida se prolonga além do corpo, aquela pensa que tudo se acaba com a morte do corpo físico. Entretanto, a vida durante seu período é inexoravelmente ESTAR.
Dito isso, penso que o maior bem que maturidade nos dá é a capacidade de enxergar essa condição. Às vezes, fico vendo pessoas mais novas cultivarem ideologias que alimentam o ódio, a discórdia, a rejeição a quem pensa diferente, o conflito, a doutrinação para formar um legião de propagadores da doutrinas X ou Y. E todo aquele que propõe parar para pensar é visto como uma ameaça ao sonho revolucionário. Vivemos em tempos em que um discurso deve ser assumido como única verdade que liberta. O livre pensar é uma ameaça à ordem.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Meu adorável pleonasmo

(Escrevi este texto tempos atrás e vale a pena ser relido)

As pessoas se horrorizam com expressões como subir para cima, descer para baixo, entrar para dentro e vai por aí. Eu, sinceramente, não me assusto mais com nada. Nada do que é língua, me é estranho, parodio o filósofo.

Outro dia vi um homem furioso que gritava:
- Sai para fora.
Enquanto o outro, escondido dentro de um bar, a última coisa que pensava era no pleonasmo empregado. Ele gostaria até mesmo de ser paradoxal e sai para dentro.

Entretanto, o que ninguém vê é o nosso pleonasmo de cada dia. Aquele que entra e sai de nossas frases sem que a gente se dê conta e dão até uma sensação de que está tudo bem. Vocês já viram estudos sobre o meio ambiente, preservar o meio ambiente, cuidar do meio ambiente... Peraí. E existe algum ambiente que não é meio? Ou um meio que não é ambiente?

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Chinese food... aperte o cintos os cachorros sumiram.

Aprendemos desde pequeno que a gastronomia mais exótica do mundo é a chinesa. Lá, come-se de tudo, cachorro, rato, escorpião, cobras e aranhas (por favor, sem trocadilho)... E se você ficar de mimimi, eles comem você. O fato é que se o sujeito ficar cheio de frescura num país com um bilhão e meio de pessoas no dia seguinte ele entra no menu.
Aí, vez por outra, vem um pesquisador mostrar que a concentração de proteínas em uma lesma crua é superior a de um bife de picanha. Eu tenho curiosidade de saber se alguém leva isso a sério e substitui a picanha na pedra por uma lesma no mármore. Geladinha e crua... Argh!
Os nossos atletas estão tiveram que superar suas restrições alimentares e readaptar-se ao cardápio oriental durante a Olimpíada por lá em 2008. Olimpíada na China é algo mais ou menos como aquele programa que a Globo passava “NO LIMITE”. O cara corre, nada, se esforça e ainda tem que passar pela prova da comida. Só falta o Zeca Camargo fazendo as honras da casa.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Bem aventurados, bêbados e demais passageiros

Parou o ônibus, lotado e só com uns 2 lugares de bobeira.
Você não acha que aquela morena linda que acabou de entrar no ônibus vai sentar do seu lado não, né? Pois é não vai mesmo. Não sentou.
Andou. Parou o ônibus de novo.
Entrou um bebum e uma dona gordinha cheia de bolsa de mercado. Agora sim pode escolher, o seu colega de viagem acabou de chegar. O bêbado não, o bêbado não... você pede com fervor e em silêncio.
Escolhido.
Você foi sorteado com a dona gordinha cheia de pacotes.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Contos eróticos, duendes e outras lorotas...


Ainda tem gente que acredita naquelas historinhas de um cara cujo carro quebrou subitamente numa região afastada. Então, o sujeito foi procurar ajuda numa casa encontrou duas loiras lindas e ninfomaníacas de seios fartos, usando roupas ínfimas que o convidaram para entrar. Daí ,você sabe o que rola: sexo selvagem entre os três até o dia amanhecer.
Acho que as pessoas que relatam suas experiências eróticas para sessões de contos em revistas ou na internet carregam nas tintas demais. Se fizessem por menos, dava para levar mais a sério.
Vai, me dá uma razão para duas loiras lindas ninfomaníacas com roupas ínfimas me receberem à porta, me convidarem para entrar e subitamente me beijarem e transarem loucamente até o dia amanhecer. Atenção! Elas nunca viram o cara e nunca mais o verão novamente. Tudo isso do nada.. mera simpatia.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Gênios por 3 segundos... Cadê minha platéia?

Às vezes, bate um orgulho de umas coisas tão bestas... A gente está procurando um objeto perdido há anos, aí pensamos: ah.. Está no armário da área de serviço.. Caminhamos triunfante e, ao mesmo tempo, vacilante na certeza inicial. Chegamos lá e o previsível acontece: Não está.

Mas e quando está...? Ah, sentimo-nos um primor de organização e equilíbrio. Dá uma vontade de sair gritando: viu, e depois dizem que eu deixo minhas coisa largadas, uma zona... Ah.. triunfo!

E quando, de forma displicente e sozinhos (isso sempre acontece quando estamos sozinhos) jogamos uma bolinha de papel no cesto há uns 5 metros e a bolinha caprichosamente quica na beirada como se equilibrasse por um segundo e depois tomba suavemente cesto adentro..

Ah.. caraca! Todo mundo pensa: se eu quisesse fazer não fazia... E ninguém aqui para ver isso. Será que a câmera de segurança do escritório pegou? A vida é assim. Passamos décadas nos sentindo mais um na multidão e, no dia em que somos tocados por uma genialidade casual e fugaz, estamos numa arena existencial sem platéia.Por outro lado, quando falamos uma besteira, quando espirramos e molhamos tudo por perto, quando nossa calça se rasga numa abaixada, quando escorregamos e pagamos um micão, tenha certeza, sempre o cerca uma multidão para aqual, se você cobrasse ingresso, dispensaria o seu emprego.

E eu me pergunto:

Onde estão estes infames nos nossos momentos de genialidade casual?