Tenho perdido cabelo há um bom tempo. Embora tenha feito de tudo, eles vão me abandonando apesar dos meus apelos. Acho que é coisa pessoal, a questão não é mais genética, é problema de relacionamento mesmo. Hoje, sou um portador de necessidade especial considerando que cabelos no alto da cabeça já se tornaram algo especial para mim e que sua necessidade é visível. As entradas de cabelo se acentuam de tal forma que já suspeito que sejam entradas para outra dimensão. No espelho, parecem tão grandes que suspeito que ao enfiar o dedo nelas, talvez toquem em Nárnia, não sei. Melhor não arriscar.
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
E aí, quando você pensa que está pensando....
É muita ingenuidade do homem comum imaginar que a luta do político é por dinheiro, dinheiro e mais dinheiro. Aí é que está. A luta pelo dinheiro é um delírio mesquinho da classe média. O que está em jogo nas esferas onde já se tem o dinheiro é algo muito maior. Trata-se do poder e da perpetuação do mesmo. George Orwell dizia que ninguém toma o poder com intenção de abandoná-lo, provavelmente disse isso, sem as devidas citações, baseando-se no que fala Maquiavel ao dizer que o objetivo do príncipe é permanecer no poder.. Até quando? Não sei, mas nada menos do que o sempre.
segunda-feira, 2 de novembro de 2015
Sobre a oportunidade de ser vítima
Existe uma diferença entre ser vítima e fazer-se de vítima. O primeiro caso decorre de ser atingido por algo alheio a nossa vontade e estar passível a danos decorrentes disso, o segundo trata de obter situação proveitosa da condição de paciente escondendo a inércia que caracteriza o ser humano no geral. Enfim, não queria ter sido vítima. Claro! Ninguém o quer, mas se gera dividendos aproveitemos o momento.
Toda vítima carece de nosso apoio no momento em que sofre os efeitos do que lhe ocorreu. Esse suporte dura o tempo da recuperação para que se retome o caminho. O tempo deve ser sempre o estritamente necessário para não permitir que do fato se brote o vício. Aquele que se faz de vítima nada mais merece do que o desprezo que se dá aos oportunistas que veem a sua grande virtude no fato de ser atingido por um infortúnio e não poder "fazer nada" (sic). O eterno conforto de atribuir a tudo e todos a responsabilidade de seus azares. Eles se tornam, assim, atores co-adjuvantes de sua própria história. Sempre terceiras pessoas em um discurso que deveria ser em primeira.
terça-feira, 20 de outubro de 2015
AUTORIDADE MORAL... O que é isso?
Outro dia, um aluno me perguntou o que era exatamente autoridade moral. Na pressa, respondi que se tratava de uma pessoa que tinha competência e conduta moral para liderar. Na verdade, é algo bem mais do que isso, pois pede que a gente entenda que a autoridade moral é algo que se conquista quando seus atos são plenamente "afinados" com suas palavras.
Muitas vezes, os atos são tão plenos que nem há necessidade das palavras. Por outro lado, a presença das palavras sem a existência dos atos que as suportem caracterizam a hipocrisia. Esta basicamente, constitui de uma necessidade de parecer ao seu meio algo que os seus atos não demonstram, que são.
sábado, 17 de outubro de 2015
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
Confissões de um velho professor
Queridos alunos,
demorei uns 22 anos para escrever essa mensagem, mas seguem nas linhas abaixo as confissões de um professor, atualmente, com mais tempo de profissão do que muitos de vocês têm de vida.
Pois é, contra tudo e todos os fatos possíveis, na no final da década de 80, resolvi me tornar professor há mais de duas décadas. …, sim. … vocação mesmo. uma vez me perguntaram o que eu seria se não fosse professor, não consigo responder nada além do óbvio: eu seria frustrado.
Gosto de estar com vocês desde o primeiro dia em que entrei numa sala de aula. A primeira sensação que tive foi de "uau! Isso é bom demais".. E ainda me pagam para isso. Eis me aqui até hoje com a mesma sensação.
sábado, 10 de outubro de 2015
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
Onde perdemos a ternura no caminho
Em algum ponto da nossa existência perdemos a dimensão do zelo com o outro em nome de ideologias que com o vento vem e na mesma brisa se vão. Lembro-me de algumas mulheres que conheci em minha vida que repetiam com orgulho que estava para nascer o homem que as faria ir para cozinha, nem para buscar água, concluíam.
Eu entendo que há toda uma carga histórica da cozinha como ambiente de opressão da condição feminina, mas nos esquecemos de que por trás do ato de cozinhar para o outro, está o ato de cuidar. Acho que negar esse gesto como manifestação de carinho é um grande equívoco. De uma mulher, recebemos o primeiro alimento que se confunde com carinho e proteção, o seio. O alimento é a maneira mais ancestral de dizer ao outro que amamos, que nutrimos, que cuidamos.
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
Tias Velhas, uma espécie em extinção
Tias velhas são uma instituição nacional. Desde minha mais tenra infância, eu me lembro delas nos aniversários de família em frente à TV (sim, "delas, pois elas andam em bandos, são seres gregários por natureza) e fazendo xiiiiiii para as crianças que faziam alvoroço em correrias que atrapalhavam escutar a novela.
Sempre me inquietou saber onde elas se escondiam nos dias em que não havia festas de aniversário. Talvez uma espécie de armário gigante onde ficavam em estado de hibernação e só saiam de lá para as festas em que se atualizavam das fofocas mais novas (quem casou, quem separou, quem tem o filho bem sucedido, quem tem o filho problemático, quem conseguiu bom emprego etc)
Sempre me inquietou saber onde elas se escondiam nos dias em que não havia festas de aniversário. Talvez uma espécie de armário gigante onde ficavam em estado de hibernação e só saiam de lá para as festas em que se atualizavam das fofocas mais novas (quem casou, quem separou, quem tem o filho bem sucedido, quem tem o filho problemático, quem conseguiu bom emprego etc)
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