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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Mandem-me lembranças do futuro

Ano quem vem fará 23 anos que me formei no curso de Letras. Não digo que faz 23 anos que escolhi ser professor, já que desde a adolescência, nos meus tempos de Grupo Escoteiro, já me identificava com o ofício. E aqueles que me conhecem mais de perto sabem esse ofício já foi escolhido há muito mais tempo do que essa vida pode comportar. Sinto-me confortável nessas minhas escolhas em seus ônus e bônus, estes maiores do que aqueles.
Fiz grandes amigos-ex-alunos que um dia foram alunos-amigos. E, nessas idas e vindas, sempre procurei lhes dar mais  do que as lições gramaticais. Foram construídos grandes laços afetivos assim. Alguns me perguntavam se eu queria ganhar um presente de gratidão ao final dos cursos e eu nunca soube o que gostaria de ganhar de verdade. Mas outro dia, um aluno me fez essa pergunta de novo e agora, quase ¼ de século depois, sinto-me à vontade de pedir.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Confissões de um velho professor

Queridos alunos, 

demorei uns 22 anos para escrever essa mensagem, mas seguem nas linhas abaixo as confissões de um professor, atualmente, com mais tempo de profissão do que muitos de vocês têm de vida.
Pois é, contra tudo e todos os fatos possíveis, na no final da década de 80, resolvi me tornar professor há mais de duas décadas. …, sim. … vocação mesmo. uma vez me perguntaram o que eu seria se não fosse professor, não consigo responder nada além do óbvio: eu seria frustrado.
Gosto de estar com vocês desde o primeiro dia em que entrei numa sala de aula. A primeira sensação que tive foi de "uau! Isso é bom demais".. E ainda me pagam para isso. Eis me aqui até hoje com a mesma sensação.