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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Tias Velhas, uma espécie em extinção

Tias velhas são uma instituição nacional. Desde minha mais tenra infância, eu me lembro delas nos aniversários de família em frente à TV (sim, "delas, pois elas andam em bandos, são seres gregários por natureza) e fazendo xiiiiiii para as crianças que faziam alvoroço em correrias que atrapalhavam escutar a novela.
Sempre me inquietou saber onde elas se escondiam nos dias em que não havia festas de aniversário. Talvez uma espécie de armário gigante onde ficavam em estado de hibernação e só saiam de lá para as festas em que se atualizavam das fofocas mais novas (quem casou, quem separou, quem tem o filho bem sucedido, quem tem o filho problemático, quem conseguiu bom emprego etc)

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Valei-me, meu São Cristóvão! Quem deu a carteira a essa criatura?


Hoje é dia de São Cristóvão, padroeiro dos motoristas. Muita gente não sabe, mas eu tenho como hobby a hagiologia, estudo da história da vida de homens santos de acordo com a tradição católica. O que isso tem a ver? Ah sim.. Tem a ver que São Cristóvão tem uma história linguística interessante.  
Assim como muitos santos, talvez ele não tenha existido de fato, mas ficaram como bons exemplos de comportamento cristão em seu personagem pelas lendas que atravessaram o tempo. E talvez, se tenha existido mesmo, não tenha se chamado Cristóvão. 
Cristóvão tem origem no grego em Άγιος Χριστόφορος (alguém consegue ler isso?), e, posteriormente, possui seu correspondente em latim Christophorus, que, numa análise etimológica significa “aquele que leva (faros) Cristo (Christo) em seu coração”. Uma referência óbvia a seu comportamento cristão. Mais tarde, o santo passa a ser representado com o menino Jesus no ombro (assim como muitas imagens trazem-no junto a si para simbolizar o fato de levar Cristo consigo.. Lembra de Santo Antônio?). Da metáfora  de “levar Cristo no coração” para carregar Cristo de um lado para outro surgiu a sua referência de como aquele que conduz alguém fisicamente. Logo, padroeiro dos motoristas. Enfim, é isso. 
No sincretismo religioso das culturas afro, o santo corresponde a Xangô, que até onde sei não tem muita a ver com motoristas ou coisa parecida. Até por que diriam que representar o orixá associado a um motorista de ônibus por exemplo, seria preconceito, discriminação... Uma besteira dos tempo modernos.
Em tempo de engarrafamentos, brigas de trânsito e tanto estresse, precisamos mais de proteção do que nunca. E como dizia a vovó, se canja de galinha e reza nunca fez mal a ninguém, abençoai-nos, São Cristóvão.

sábado, 14 de maio de 2011

Ter nome estranho é estranho

Se ter nome estranho, não deixa de ser estranho ter nome normal escrito de forma estranha. Explico. Na minha profissão, lido com listas de nomes  diferentes a cada semestre. Vejo nomes os mais esdrúxulos possíveis e fico pensando como deve ser passar a vida inteira ouvindo as pessoas dizerem “hã?” depois de ouvirem seus nomes.  Além de ter que ouvir as comparações mais bizarras possíveis do seu nome com alguma coisa.
- Como você se chama? 
- Danone. 
- hã? Igual ao iogurte?

- Qual é o seu nome?
- Exaustor.
- Hã? Exaustor igual ao da cozinha.
- Não. Aquilo é exaustor. Eu sou egzáustor.
- hã.

Aí você pensa: deve ter sido gravidez indesejada. Ninguém coloca um nome desse por inspiração em um filho. Mas de lista de nomes esquisitos o mundo está cheio. O que me chama a atenção atualmente são os nomes básicos que as pessoas complicam só para parecer esquisito. Acho que isso vem de uma necessidade absurda de ser diferente. O que também cria um constrangimento para o cara passar a vida toda explicando como que se escreve o nome dele.
- Como é o seu nome?
- Ana. Mas, por favor, com dois N e H no fim.

- Como você se chama?
- Claudio com K, dois L e Y.

Caramba!!!
Meus dois filhos se chamam Daniel e Bruno. Pensei em nomes bem simples para não gerar quase possibilidade nenhuma de estragar o nome dos meninos e forçá-los a passarem a vida toda tendo que explicar como se escrevem seus nomes.
Cuidado apropriado já que a mãe chama Camilla com dois L.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Fuçar no nariz e outras esquisitices: tudo normal

Lembro que, na época da Copa de 2010, causou um grande furor a imagem de um técnico (acho que da Alemanha) tirando meleca do nariz. Foi um frisson terrível, “Olha, ele tirou meleca!”, “Nossa, ele tem meleca no nariz”, “celebridades têm meleca...” Aí, um dia, eu questionei dizendo que todo mundo tem meleca, todo mundo tira meleca... Logo, fui rebatido com um “Nossa, mas na frente de todo mundo? Que nojeira!” 
Bom, deixa eu entender. Quer dizer que meleca na frente dos outros é nojeira. Fechou a porta do banheiro, tirou meleca não é mais nojeira? Dizem que o cara comeu depois.. isso é também outra questão. Sei lá...
Outra coisa foi a questão Sandy no Carnaval. Houve uma indignação coletiva de vê-la como garota propaganda da cerveja Devassa. Tudo bem, eu preferia a Paris Hilton até pelo seu currículo com direito a vídeo na web e tudo mais. Entretanto, gente, a ideia é “todo mundo tem um lado Devassa”. Vai que até gente como a Sandy tem. Achei legal. Criaram em torno da Sandy uma aura de pureza.. sei lá. Vai que ela é normal como todo mundo e além de fazer cocô, xixi, arrotar e soltar pum, ela tem um lado devassa e curte menage a trois, sexo grupal, exibicionismo, lesbianismo, ver vídeo pornográfico hard core... sei lá.. Vai saber.
Afinal, todo mundo tem um lado devasso mesmo que, por mais que se esconda, acaba surgindo sorrateiramente, ainda que seja depois que se fecha a porta do banheiro.