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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Um blefe por uma bela história


Toda vez que lhe perguntavam seu nome ele respondia: - Shihum. As sobrancelhas das pessoas se franziam. Ele, então, explicava que Shihum fora um guerreiro chinês da dinastia Ming que durante as lutas de libertação de seu povoado no ano de 1624, deparou-se com um dilema que o colocava entre lutar pela liberdade ou buscar abrigo para os seus filhos nas montanhas. O guerreiro fez um belo discurso enfatizando que a uma vida sem liberdade e fugindo preferia a morte. Depois disso, lançou-se de peito aberto contra os inimigos e como protegido pelos deuses derrubou uma tropa de mais de 100 guerreiros. Obviamente, isso é uma lenda, mas seu nome ainda é cantado em versos épicos da cultura popular da Manchúria como um símbolo da coragem e da liberdade. 
Tanto é assim que o governo comunista baniu de seu calendário as festas dedicadas a lenda de Shihum para que o povo não passasse a cultuá-lo como um ícone libertário e coisa e tal. Coincidentemente, concluía, Shihum significa em chinês arcaico, coração livre ou , em um sentido mais metafórico, aquele que liberta corações almas.
Todos ficavam bestificados com a bela história e lamentavam não terem algo a contar sobre seus nomes que fosse tão bonito e marcante. Algumas vezes, havia até algumas lágrimas diante da narrativa de Shihum, o libertador de corações.
Quando chegava em casa, dona Shirley e seu pai Humberto sempre o ensinavam que mentir era coisa muito feia e inventar histórias era um hábito repreensível. Mas, afinal, que graça teria se ele contasse que seu nome era um pedaço do nome da mãe e outro do pai? E quando alguém conhecia seus pais e associava uma coisa a outra, ele, com ar de enfado e superioridade, simplesmente, comentava: - coincidência, mera coincidência.
Afinal, uma bela história é uma bela história, não é?  

sábado, 14 de maio de 2011

Ter nome estranho é estranho

Se ter nome estranho, não deixa de ser estranho ter nome normal escrito de forma estranha. Explico. Na minha profissão, lido com listas de nomes  diferentes a cada semestre. Vejo nomes os mais esdrúxulos possíveis e fico pensando como deve ser passar a vida inteira ouvindo as pessoas dizerem “hã?” depois de ouvirem seus nomes.  Além de ter que ouvir as comparações mais bizarras possíveis do seu nome com alguma coisa.
- Como você se chama? 
- Danone. 
- hã? Igual ao iogurte?

- Qual é o seu nome?
- Exaustor.
- Hã? Exaustor igual ao da cozinha.
- Não. Aquilo é exaustor. Eu sou egzáustor.
- hã.

Aí você pensa: deve ter sido gravidez indesejada. Ninguém coloca um nome desse por inspiração em um filho. Mas de lista de nomes esquisitos o mundo está cheio. O que me chama a atenção atualmente são os nomes básicos que as pessoas complicam só para parecer esquisito. Acho que isso vem de uma necessidade absurda de ser diferente. O que também cria um constrangimento para o cara passar a vida toda explicando como que se escreve o nome dele.
- Como é o seu nome?
- Ana. Mas, por favor, com dois N e H no fim.

- Como você se chama?
- Claudio com K, dois L e Y.

Caramba!!!
Meus dois filhos se chamam Daniel e Bruno. Pensei em nomes bem simples para não gerar quase possibilidade nenhuma de estragar o nome dos meninos e forçá-los a passarem a vida toda tendo que explicar como se escrevem seus nomes.
Cuidado apropriado já que a mãe chama Camilla com dois L.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Grife com nome de doença dá marketing

Toda vez que eu vejo a propaganda de uma grife chamada Disritmia, eu fico pensando: caramba! Não se trata de uma doença isso? Na verdade, sim, Disritmia é um distúrbio de ritmo cerebral ou cardíaco, por exemplo. Nessa história, eu fico pensando: Já pensou se essa moda pega? É. Colocar nome de doenças/distúrbios em grifes da moda. Teríamos situações inusitadas como duas garotas conversando assim:

- Você viu aquela calça da Epilepsia?
- Aí, amiga, eu vi. Fiquei babando.
- Nossa, quando eu vi no shopping, eu tive um ataque.
- E as blusinha da Esquizofrenia?
- Nossa, achei uma loucura.
- E a sandália da Afasia?
- ... [sem palavras]
- Mas ir ao shopping sem grana é fogo, né?!
- ?
- Só tive grana para comprar uma calça da Diarréia
- Aí, que merda!

***

Enquanto isso, no SP Fashion week, os estilistas desfilam as tendências que iremos usar amanhã...
...nos hospícios e centros de apoio psiquiátrico

sábado, 20 de março de 2010

Nomes esquisitos e outras esquisitices

A filha da Baby Consuelo, atual Baby do Brasil e futura Baby X em razão de algum fator numerólogico e seu marido tinham mania de colocar nomes estranhos em seus filhos, coisa como Riroca, Zabelê, Nana Shara... Riroca futuramente veio a trocar de nome para um mais simples e menos comprometedor, Sarah Sheeva (sic).. Porém, não menos esquisito. Não entendo a motivação de buscar nomes tão estranhos para os filhos assim como não entendo porque tanta gente coloca nome de famosos internacionais neles. E o pior, com a grafia do português. O que já apareceu de Vandame da Silva, Chuquinóris de Jesus Oliveira, Maike Tason Benedito da Cruz, Greiciquele da Conceição Souza, Maraia Queri da Aparecida... Diário de classe de escola pública em periferia é uma verdadeira seara dessas coisas esquisitas. E o professor vive aquele eterno dilema na hora da chamada:

- Arnoldi Suánequegue..(??)
- Não professor. é xuasnégue... igual ao "exterminador de futuro" (sic).

A única motivação que eu vejo é uma associação tosca, mas que rende uma boa piada.

- Qual o nome da sua filha?
- Riroca.
- Hã...
- E os dois meninos?
- Ah.. o pequenino é o Riru e o maiorzinho é o Raralho...

Que fixação fálica! Freud explica.