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sábado, 9 de junho de 2012

Liga dos anti-nada (eu sei que não se usa hífen aqui)


Vejo, nos últimos tempos, uma proliferação dos anti-qualquer-coisa: anti-flamenguistas, anti-vascaínos, anti-botafiguenses, anti-governo, anti-oposição, anti-ruralistas, anti-ambientalistas.. Enfim, no fundo, um monte de antipáticos com seus pensamentos antiquados. 
Ser anti-qualquer-coisa, ainda mais sendo anti-time de futebol é uma das coisas mais idiotas que uma pessoa pode encontrar para receber como rótulo. E olha que tem gente aos montes que cola imagem no facebook com seus gritos de ódio a isso, ódio àquilo etc. Só uma cabeça muito vazia e um intelecto muito limitado é capaz de se ocupar de fazer banner para chamar torcedor do fluminense de viado, flamenguista de negro, favelado e ladrão ou botafiguense de pobre, chorão e, esporadicamente, favelado.
É um agrupamento de preconceitos tão escrotos orquestrados por gente que soma à falta de o que fazer uma ausência total de reflexão e mesmo leitura de mundo. Pois é.. "os antis" são assim: cabeças vazias, mas  intestinos lotados que pensam por eles.
Entretanto, no embalo do modismo, deixei as críticas e minha implicância de lado e resolvi criar a liga dos anti-nada. Sou anti-nada, nada me incomoda, ou melhor, não sinto necessidade de externar nenhuma das minhas frustrações sobre ninguém que, com certeza, são do tamanho da minha capacidade de lidar com elas. 
Não sou "anti" nem aos imbecis que são anti-qualquer coisa, pois entendo que a ignorância de não se ter consciência do que se é torna-se uma bênção que a vida deu a algumas pessoas para amenizar a dor de ser o que se é.
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Ah sim... Só para constar. Fiz um uso bem particular do hífen (a ideia é enfatizar o prefixo) no texto por razões estilísticas, mas saiba que:


Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h (anti-horário), se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra (anti-inflacionário) ou se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra começar por "r "ou "s", nesse caso, dobram-se essas letras (antissocial).

sábado, 17 de setembro de 2011

Adelina fatalista e a socialização da desgraça

Adelina não poderia se definida como uma pessoa invejosa. Não. Não se tratava disso. Nem tão pouco seria bem classificada como uma pessoa egocêntrica. Muito pelo contrário. Entretanto, corroia-lhe o sentimento de socializar suas desgraças e pequenos infortúnios. Se uma forte dor de garganta lhe atingia, aceitava com resignação, mas a incomodava que aquele mal só estivesse atingindo a ela. E os outros?
Se ficava no trabalho até tarde, aceitava com paciência, mas retorcia-se de ódio quando via as pessoas saindo do prédios ao final do expediente. Enfim, era uma pessoa dada a socialização do infortúnio. Aceitava se lascar, contanto que todos se lascassem junto com ela. Entendia a desgraça como algo que poderia tocar a todos, inclusive a ela. Mas por que só ela? Aceitaria perder alguns dentes, contanto que o mundo fosse feito de banguelas.
Era a socialização da fatalidade. Disso, Adelina não abria mão. 
Num dia de chuva, esperava o ônibus para voltar para casa. Um carro descontrolado subiu a calçada e diante da inevitável iminência do atropelamento, olhou para os lados tentando ver se havia alguém que poderia puxar para ser atropelado com ela. Não havia ninguém e aqueles segundos gastos com isso deixaram-na na impossibilidade de tentar se safar.
O impacto foi fatal.
Sob sua lápide, um epitáfio que somente poucos souberam o real significado: Por que só eu?

sábado, 14 de maio de 2011

Ter nome estranho é estranho

Se ter nome estranho, não deixa de ser estranho ter nome normal escrito de forma estranha. Explico. Na minha profissão, lido com listas de nomes  diferentes a cada semestre. Vejo nomes os mais esdrúxulos possíveis e fico pensando como deve ser passar a vida inteira ouvindo as pessoas dizerem “hã?” depois de ouvirem seus nomes.  Além de ter que ouvir as comparações mais bizarras possíveis do seu nome com alguma coisa.
- Como você se chama? 
- Danone. 
- hã? Igual ao iogurte?

- Qual é o seu nome?
- Exaustor.
- Hã? Exaustor igual ao da cozinha.
- Não. Aquilo é exaustor. Eu sou egzáustor.
- hã.

Aí você pensa: deve ter sido gravidez indesejada. Ninguém coloca um nome desse por inspiração em um filho. Mas de lista de nomes esquisitos o mundo está cheio. O que me chama a atenção atualmente são os nomes básicos que as pessoas complicam só para parecer esquisito. Acho que isso vem de uma necessidade absurda de ser diferente. O que também cria um constrangimento para o cara passar a vida toda explicando como que se escreve o nome dele.
- Como é o seu nome?
- Ana. Mas, por favor, com dois N e H no fim.

- Como você se chama?
- Claudio com K, dois L e Y.

Caramba!!!
Meus dois filhos se chamam Daniel e Bruno. Pensei em nomes bem simples para não gerar quase possibilidade nenhuma de estragar o nome dos meninos e forçá-los a passarem a vida toda tendo que explicar como se escrevem seus nomes.
Cuidado apropriado já que a mãe chama Camilla com dois L.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

BBB é a melancia pós-moderna da mídia. Entenda o porquê.

Não sei porque as pessoas se impressionam com as mesmas coisas todo ano no BBB. A presença de um afrodescente com jeito de modelo que vai sair logo nos paredões iniciais é certo. Entrou na cota, sai cedo mesmo. Ou alguém acredita naquelas votações do BBB, ou acha que as edições de vídeo não são feitas para isso. Há sempre um homossexual assumido e um que vai assumir durante o programa para dar audiência. Ele dirá de forma sutil que não se situa bem e que já sentiu interesse por rapazes. Receberá apoio do gay assumido e simpatia do público com seu drama pessoal.
Agora, está rolando na internet um vídeo pornô da tal de Maria (Meg) e um vídeo de webcam do transexual operado Ariadna. Não vou botar o link aqui porque acho uma baita baixaria escrota... o Vídeo pornô? Não. O BBB. O vídeo pornô é bem básico, já vi coisa bem mais legais. Aliás, odeio vídeo de webcam.. fica aquele visual de quadro a quadro e só um doente consegue se excitar com aquilo.
E o mais impressionante é que todo mundo fica com cara de "AHHHH..." quando aparece isso de um BBB. Gente, acorda! O pessoal que está lá, só por admitir a exposição de sua vida daquela forma, já demonstrou que faz qualquer coisa para aparecer. Dá declarações bombásticas (sic), faz twitcam pornô, tira fotos eróticas para sites baratos, declara coisas absurdas, dá entrevista sobre preferências sexuais.. isso dá mídia e, em face da ausência total de talentos deles, é o que lhes garante os 15 minutos de fama e o ostracismo eterno (salvo raras exceções, claro)
O BBB é a melancia pós-moderna em rede nacional.. sempre tem um idiota pronto para a colocar no pescoço.