segunda-feira, 28 de julho de 2014

Que história de outra face é essa?

Uma das coisas lidas de forma mais errada no Cristianismo como filosofia é a história de dar a outra face. Muitos interpretaram isso como uma atitude mansa e conformista de se, ao baterem em você, ofereça o outro lado para bater. 
Vamos lá, primeiro isso é uma metáfora. Alôôô... Metáfora - figura de linguagem que estabelece uma comparação não expressa literalmente. No caso, não se está falando nem de cara, nem de tapa, mas de ação é reação. Reação diversa de ação.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

A vida é uma novela

Só assisto a novelas às quarta-feiras e percebi que a Globo segue uma lógica básica desde sempre. Agora, ainda insere de uns anos para cá mais um horário de novela do fim de noite que serve para atrasar mais ainda o Jornal da Globo e colocar o programa do Jô de madrugada. Considerando que o Jornal da Globo mostra as mesmas coisas dos outros jornais e que o Jô é chatinho pra cacete. Acho que é uma maneira de nos poupar dessa programação raspa-do-tacho. Mas veja só...

De tarde
Novela velha que passou há um cacetão de tempo e vai ser assistida por gente que, com certeza, não tem nada para fazer. Aí eu penso: olha, o fulano, novinho nessa época. Pensamento bem óbvio esse.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Bem no meio do seu...

Outro dia, eu passava pela porta dos Correios de minha cidade e ouvi duas senhoras de uma certa idade (mais de 65, elas tinham com certeza) conversarem. Eu ia subindo a ladeira logo atrás delas enquanto a mais exaltada contava uma história que não entendi direito, mas ouvia aos pedaços. Só peguei a parte em que ela dizia: - Aí, eu disse a ela, quer bem, não quer vai tomar bem no meio do seu c*!
Fiquei com aquilo na cabeça. Quem despertava tamanha ira naquela senhora que deveria ir tomar bem no meio do seu c*.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Tudo aquilo de que eu não preciso pra ser feliz

Uma das coisas de que mais gosto quando passeio em um shopping é ver a quantidade de coisas de que eu não preciso para ser feliz. Passo pelas lojas e contemplo um monte de coisas que eu poderia comprar, mas que não me despertam o menor interesse. Imagino como dever ser ruim querer aquilo tudo e não poder, mas pensem como é libertador poder e não querer.
Vejo camisas sociais que eu consigo comprar por 80 sendo vendidas por 350. Pessoas comprando uma camisa polo que valeria uns 50 reais por 250 só porque tem uma etiqueta que fará com que os outros pensem que elas têm um dinheiro que não têm.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Brasileiro: o mais feio dos patinhos

Que o brasileiro tem complexo de patinho feio, isso nós já sabemos. Quando viaja para o exterior volta com a arma carregada falando mal de tudo que se encontra do aeroporto para fora. Tudo no exterior, das pessoas às coisas, tudo é perfeito. Quando moram lá durante alguns anos relativizam as coisas e veem que há coisas e pessoas boas e ruins em todos os lugares, mas enquanto é turista, tudo é lindo e perfeito.
Quando houve a vaia ao hino do Chile em Belo Horizonte, uma multidão de seres ilibados e tocados pela perfeição divina, encarnação tupiniquim dos anjos que cercam o Pai, se apressaram a pedir perdão aos chilenos, quase de joelhos demonstrando sua superioridade a todos os bárbaros que nessa terra compartilham o mesmo título de brasileiro.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

E aí? Está lembrado de mim?

Não tem nada mais desconcertante do que alguém o abordar na rua do nada e perguntar: E aí, fulano? Quanto tempo? Se bem que tem coisa pior sim... é ele perguntar: E aí, está lembrado de mim?
Em alguns minutos nos sentimos o maior pulha do universo. Um canalha, um ingrato desmemoriado que não se lembra do nome de uma pessoa que efusivamente saiu de onde estava, caminhou até nós e com um sorriso nos lábios no saudou. É.. nos saudou, mas perguntou a única coisa que não poderia ter perguntado. 
Não se pergunta isso aqui a ninguém. 
Seguimos, então, naquele joguinho falso de ficar ali no papo meio vazio tentando buscar referências, sugestões.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Você tem razão...

Na semana passada eu fiz 43 anos, há 43 invernos que estou por aqui, afinal, nasci no primeiro dia dessa estação. Nessa idade, pelo menos para mim, as coisas são muito mais claras do que aos 23. O tempo que eu vivi, provavelmente é maior do eu vou viver. Não tenho mais tempo para desperdiçar. O relógio corre contra mim e, por isso, tornei-me extremamente seletivo. Meus minutos seguem em uma contagem regressiva que não me dá mais tempo em me empenhar na comprovação de que sou mais inteligente, mais culto, mais esperto (até porque é bem provável que não seja mesmo fazendo isso).

segunda-feira, 16 de junho de 2014

O xixi e a missão de cada homem

Certa vez, li em uma revista americana que uma empresa de produtos sanitários colocou uma imagem de uma mosquinha em alto relevo em um daqueles tapetinhos que ficam dentro do mictório. O motivo disso foi o argumento de que os homens focariam o xixi sobre a mosquinha e não fariam fora do local certo para isso.
É não é que deu certo. Eles agiram com extrema psicologia e conhecimento da mente do macho da espécie humana.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Brasil: o país da autossabotagem


Pode parecer estranho, mas uma coisa com a qual custou-me a adaptação no Brasil é a autossabotagem. Para entender melhor isso é de grande valia assistir a um filme chamado “Uma primavera para Hitler” (the Producers, em inglês), 1968,  de Mel Brooks. O filme é muito divertido e conta a história de uma peça de teatro que é feita para dar errado (um golpe, claro), mas, catastroficamente, dá certo. É o fracasso que daria lucro... tese estranha?