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quinta-feira, 26 de junho de 2014

Você tem razão...

Na semana passada eu fiz 43 anos, há 43 invernos que estou por aqui, afinal, nasci no primeiro dia dessa estação. Nessa idade, pelo menos para mim, as coisas são muito mais claras do que aos 23. O tempo que eu vivi, provavelmente é maior do eu vou viver. Não tenho mais tempo para desperdiçar. O relógio corre contra mim e, por isso, tornei-me extremamente seletivo. Meus minutos seguem em uma contagem regressiva que não me dá mais tempo em me empenhar na comprovação de que sou mais inteligente, mais culto, mais esperto (até porque é bem provável que não seja mesmo fazendo isso).

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Poucas coisas realmente importam

O problema é que percebemos isso tarde demais para não nos importarmos com o que não merece nosso desgaste. Outro dia, eu coçava a barriga do meu filho caçula (6 meses) com a barba e o fazia dar gargalhadas. Ele se revirava cada vez que eu fazia barulho com a boca e coçava sua barriga com a barba.
Veio-me este pensamento de súbito. Quando nascemos o que nos é importante é tão básico, tão restrito. Crescemos e desenvolvemos sentimentos de posse, de revanche, de onipotência e perdemos a dimensão de como as coisas que importam são tão poucas, tão próximas.
O que vi nessa vida de pessoas que vendem sua alma por coisas, que cultivam inimizades por orgulho, que compram brigas, batem no peito e dizem que dão uma boiada para não sair da briga como se aquilo fosse algo que valesse a pena, como se aquilo fosse uma virtude a ser cultivada. E desde quando estupidez é virtude? Gente que esquece que não somos um cargo, estamos num cargo e a noite em que estamos pode ser sempre a véspera da que saímos. Pessoas assumem crenças religiosas e políticas e por elas são capazes de brigar, discutir, até matar. Evocam para si a missão de mudar o mundo convencendo as pessoas de que elas estão certas, plenamente certas. Esquecendo o quão desimportante é estar certo em 99,9% das vezes.
Tudo isso por que um dia perdemos a noção de que o que importa, de verdade, é muito pouco.