sábado, 13 de setembro de 2008

Conversa de vendedor... ficou lindo em você.

Aprende uma coisa de vez... vendedor vem de vender, logo, ele precisa vender senão, não é vendedor. Ótimo... vamos aos fatos.

Ficou lindo em você!

Entra a moça de 1,55, 84 Kg, busto amplo, quadril - circunferência considerável em um provador de loja. Carrega na mão uma calça lag (aquelas que parecem capas de salsichas), Leva também uma blusinha que deixa o umbiguinho de fora... minutos de suspense... Saí a cliente tal qual uma colchonete amarrada em caçamba de Kombi em mudança de pobre... Ufa!
Silêncio... o vendedor olha, pensa na comissão... respira fundo...
- Nossa ficou ótimo em você.
- Será? Ficou bem ai atrás.. aí na bunda?

O vendedor olha, respira, lembra das prestações que tem. Pensa: em qual das bundas? Qual das três... sei lá. Devem ser as três...

- Ficou. Justinha, né...
- Meu marido adora assim (pisca olho com ar de safadeza)... bem sapeca.
O vendedor fica pálido.
Vendeu. Ufa! A mocinha tinha uns 19 anos, anoréxica de pai e mãe, 1,78, 45 Kg. Entra na loja limpando a boca nos cantos. Escolhe um blazer com fartas e largas ombreiras e uma saia estilo executiva. Entra no provador... mais suspense. Sai...
- E aí ficou bom? Tô meio cheinha, mas dá para notar?

Ele olha aquela figura como se fosse um daqueles cabides que vendem nas esquinas e que encaixamos as partes ou compramos desmontados e nunca mais desmontaremos as peças... Lembra-se dos bonecos no carnaval de Olinda por causa das ombreiras e da cabeça em contraste com o corpo macérrimo.
- Caiu bem em você. A sua cara...

- Também achei... e seu eu perder uns quilinhos...
Ela morre, pensou o vendedor.

- Fica ótimo. Completa a mocinha rodando o corpo de quadril em frente a um espelho.
Pensou na mensalidade de faculdade atrasada e concordou com a moça.

Moral da história:
Entendeu por que elogio de mãe, promessa de político e opinião de vendedor não têm a menor credibilidade?

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Um blogue nasce de uma idéia: a idéia de trocar idéias

Nasce e morre...
Nasce numa tarde (ou noite) de poucas atividades obrigatórias. Brota junto a isso a vontade de ser lido. Um desejo compulsivo de que alguém leia o que você escreveu. Ainda que você mesmo, depois de lido, ache uma porcaria. Mas o desejo permanece... Leia-me por favor.
No meio do caminho entre o blogueiro e o leitor há
uma comunidade e seus tópicos, um ponto de encontro em que outros projetam o compulsivo desejo de ser lido... e lá vai um COMENTE O BLOGUE ACIMA...
Nesse momento, atropelos e calotes envolvem o marinheiro de primeira viagem em um círculo de indignação e compulsão:
INDO.. comentando.. fui... indo para ler... E, na outra ponta, outro ansioso segue a mesma via crucis. Indo.. comentando.. fui... indo para ler.. comentando o de cima...
Uma idéia,
um texto, uma surpresa, um vídeo do youtube, uma piada, um crtl+C/crtl+V, uma foto montagem, um link e, aos poucos (em poucas semanas), a compulsão se alterna pela perplexidade: vou colocar o quê?

Aceita parcerias?

E lá ficam os blogues com seus post de dias, semanas, meses atrás... numa solidão que dá dó. Deixam de freqüentar o comente o blogue acima e passam ao fatídico
Blogues atualizados em (mês/bimestre, trimestre, ano...)
Ocasionais retornos ao blogue vêm seguidos de pedidos de desculpas, ausência, mas nesse momento, o pobrezinho já agoniza e vive à deriva no purgatório do blogspot, wordpress, uol, terra... Até que um dia, perde-se a senha, não se consegue acessá-lo. O coitadinho morre... sem direito a enterro, mas com lápide em .jpg:

Aqui, java!
Faça logoff em paz!

Saudades eternas.com/cemitério_de_blogues

Sem direito à carta de convite com a família enlutada lamentando a perda e dizendo que tem o doloroso dever de comunicar o falecimento.

***
Em tempo

Escrevi isso porque li outro dia em algum lugar na internet que 90% dos blogues abertos hoje não sobreviverão a 3 meses de existência e, dos 10% que superam esta primeira fase, mais da metade morrerão em menos de um ano... o saco de filó superou a primeira peneira. (hoje são 9 meses... uma gravidez)..
Sem pessimismo.. rumo a 2ª peneira.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Dúvidas, leis e lugares-comuns... amanhã tem saco de filó.. novinho, novinho...

Lei rodrigueana
Art. 1º - Toda unanimidade é burra.
Art. 2º - Se todos acreditarem nisso, revoga-se o artigo anterior.

Lei divina
Não cobiçarás a mulher do próximo.
(Mesmo se estiver longe).

Lei de Dy
Se beber, não dirija.
Atenção ao motorista! A lei vale para ele também.

Lei de..., lei de..., lei de..., lei de... (by Joe Esposito)
Quer saber mais...?
You tube te espera...
http://www.youtube.com/watch?v=C526lxeHo-M

sábado, 6 de setembro de 2008

Quando somos adolescentes achamos...

Quando somos jovens, trazemos conosco a certeza de que aquela menina linda e supersensual da escola não sai com a gente só porque não temos carro, não temos dinheiro, não temos condição de levá-la a um local que preste para comer algo e bater papo. A maturidade é sábia e nos traz a percepção de que tudo aquilo que acreditávamos, no fundo, era verdade. A maturidade nos faz perceber que se fôssemos mulher e nos olhássemos naquelas circunstâncias não teríamos razão nenhuma para sair com a gente. E não venha com o papo de riqueza interior. Imagina:

-
A conta é de 65 reais. Apresenta o garçom.
-
Olha seu garçom, dinheiro eu não tenho, mas sou uma pessoa excelente, de caráter, honesta, sincera... espero que o senhor leve isso em conta. Ou melhor.. leve à conta isso.

E a história termina com seu pai o pegando na delegacia. O silêncio no carro de volta para casa vai traduzindo a vontade que seu pai tem de estrangulá-lo por causa da vergonha que o fez passar.
O caso é que achamos que, quando formos adultos tudo vai melhorar, mas não sabemos que , quando chegarmos a idade adulta, passaremos achando que tempo de curtição era a adolescência.
Aos 16, achamos que ninguém nos entende e que o mundo não é justo. Quando adultos, temos certeza disso. O mais legal é que, aos 16, não se imagina como essa certeza é confortante.
Quando somos
teens, os pais pagam nossas contas e achamos que não fazem mais do que sua obrigação, quando adultos, pagamos nossas contas e os credores têm a certeza de que não fazemos mais do que nossa obrigação. Porque, de fato, não o fazemos mesmo.
Aos 18, temos a certeza de que vamos mudar o mundo nem que seja a porrada. Aos 37, descobrimos que o mundo nos deu tanta porrada que nós mudamos.
Passamos a vida substituindo dúvidas por certezas e estas por outras dúvidas... a graça da coisa está aí.
Pelo menos, é o que acho até agora... Deixo aberto para minhas futuras mudanças de opinião. Esta crônica é uma obra em aberto... Amanhã, acho outras coisas e assumo novas certezas.
Até amanhã.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

O saco também é poesia... é amanhã que tem texto novo.. vai curtindo esse aperitivo.

Rouba-me o ar

Em tua presença falta-me o essencial

Traz-me a secura da garganta

Cola-me os lábios então.


Tu nem sentes que aos poucos

Me consome

E para ti entrego

Todos os minutos de meu pensamento


E para ti,

É só isso que guardo:

Injeção de cortisona, loratadina 10 mg, nebulização com Berotec e Afrim para desentupir o nariz...


Ah.. Alergia desgraçada!

Ah... alergia!

E tomba uma gota de coriza sobre o papel escrito...


sábado, 30 de agosto de 2008

Carona e fiado, só amanhã.

Para início de conversa...
O foda de dar carona a um desconhecido como gentileza é que a partir da primeira vez se torna obrigação e não gentileza já que o desconhecido, agora, é conhecido. Pode parecer cruel ignorar aquela figura com o dedo polegar em riste naquele movimento de vai e vem, mas veja pelo lado do motorista.
O carro é o templo sagrado de um homem, lá tem as suas coisas, seu cheiro, suas músicas etc. De repente, você cai na loucura de parar e dar carona para alguém. O primeiro problema é que o cara se sente na obrigação de conversar com você como gratidão. Isso acontece em detrimento do fato de você não estar nem um pouco a fim de conversar com ele.

- Pô, valeu mesmo!
E vai acomodando sua mochila no carro. Pronto já te invadiram, agora já era.
- E aí, você faz o quê?
- Professor.
- De quê?
- Português.
- Pô, português é difícil pacas. Cheio de regra...

Bom, agora seguindo o roteiro o cara vai dizer que ouviu dizer que é a língua mais difícil do mundo, que só português tem a palavra saudade e que tem um parente que fez ou faz Letras.

- Ouvi dizer que é a língua mais difícil do mundo. Tem uma prima minha que fez letras... Pó, é a única língua que tem a palavra saudade, né...

Bingo.
Agora, eu penso: peço para ele ver se o pneu de trás está furado e arranco bruscamente deixando-o para trás... Huummm é uma boa!
E o papo continua... cada vez mais desinteressante. Mas o cara tem que fazer uma social com você. E você vai dizer o quê? E aí filho, fica quietinho. Eu te dei carona, mas não estou a fim de papo. Faz um favor e valoriza minha gentileza com a boquinha fechada.
Cara, se você pensou isso você é um monstro... caramba! Que ser humano é você. Cruz credo!
Minha consciência doeu durante muito tempo, mas alguns anos de análise me aliviaram desse mal e hoje lido bem e até já bolei um roteiro de por que não dar carona. Veja bem:

1.estou tirando arrecadação dos transportes coletivos regulares. Não quero ser responsável por demissões nesse setor;
2.esperar no ponto é uma virtude. Não quero prejudicar o processo de evolução daquele pessoa como ser humano;
3.E se for alguém mal intencionado... um assalto, sei lá. Preciso me proteger. Sei lá.. vai que aquela velhinha com bolsas é uma espécie de Jason ou Freddy Gruger....

Diga não sem culpa! Alías, nem digo não...
Passo direto.

Em tempo: Aí você diz: se fosse uma gostosona na beira da pista aí você parava né? Pois é, aí é que não. Sabe como é.... soa como um tipo de vingança do tempo que eu andava a pé e o único sinal de dedo que ela faria para mim seria aquele do dedo médio erguido e os dois do lado abaixados.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Conflitos pelo mundo e jogos.. tudo no mesmo saco. Amanhã tem tudo novo aqui.. esquece não, hein.

Nos jogos de Pequim, os atletas da Lacônia cantaram o hino mais curto do mundo.

[som de orquesta]
Ô! Salve! Lacônia!
[acabou]

***
Enquanto isso o arquivo completo do hino nacional da Prolixia foi entregue à comissão olímpica em formato mp3 e zipados em 4 discos de DVD.

Felizmente, não ganharam nenhuma medalha.


Em tempo
Os atletas da Prolixia do Norte alegaram que isso humilhou sua etnia e querem separar. Já reuniram mais de 90% da população pela causa, são quase 28 pessoas lutando por essa idéia. Na última sexta feira, já compraram algumas armas e alugaram duas vans pra o conflito.

Os EUA informaram que não pretendem intervir...

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Olimpíadas... com um saco vazio de medalhas. Amanhã atualiza geral...

Usain Bolt, o homem mais rápido do mundo, é um Jamaicano. Não me surpreendo se o mais lento do mundo for um colombiano ou um boliviano. Esse mundo está todo virado de cabeça para baixo.

Não entendeu... vai perguntar para o Gabeira que ele te explica!

***


Ficam terminantemente proibidas as piadas com a vara da saltadora brasileira que os chineses esconderam. Huummm... Chineses gulosos.
Essa foi a saideira!


Conclusão 1:
Michael Phelps, se dependesse de mim, era um anti-doping antes de pular na água e outro quando saísse. Aquele cara é mutante... Precisa de uma categoria especial.

Conclusão 2:
Agora, temos mais 4 anos para acreditar que vamos provar ao mundo olímpico que sabemos jogar futebol masculino... Por lá dizem que isso é coisa de mulher aqui no Brasil.


sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Um saco de onomatopéias... amanhã que é bom.. tem texto novinho novinho...

Papo onomatopaico

Aí o cara começou...

-bla, blá, blá... bla, blá, blá... bla, blá, blá... De repente, fez cara de nojo e disse: bléeer...

- E o que você falou?

- A gente estava falando blá, porra! Não muda de assunto...
!


Adoro onomatopéias. Elas são a expressão maior do que se quer dizer quando não há palavras para aquilo ser dito. Somadas as caras e bocas que mesclamos no seu uso quase que dispensam os termos verbais ou nominais da língua para expressar certos sentimentos. O nojo, por exemplo. Não há frase que o expresse com mais exatidão do que uma boca retorcida e um som de argh! Mario Quintana gostava das cousas e sonhava com uma linguagem de adjetivos... eu gosto das cousas também, mas sonho com uma linguagem em que os adjetivos, substantivos e verbos peçam desculpas e digam às onomatopéias em algumas situações:

- Bom, agora é com vocês. Fiquem à vontade!

Ahhhhh....


Fiat justitiam!