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sábado, 29 de novembro de 2008

Onomatopéias sem as quais nossa vida não seria a mesma.

Cadê você... "pa, pa, pa, pa" (back vocal).. que nunca mais apareceu aqui

Canta-se em uma música estilo bregão romântico que meu vizinho ouve à exaustão (exaustão minha, pelo jeito, não dele)... Até bonitinha (olha a lavagem cerebral funcionando), mas tão doce que se gravou um versão diet para diabéticos e uma light para pessoas em regime alimentar do tipo “sem açúcar”.
Mas não é o só "pa, pa, pa, pa" que me chama a atenção. Penso que as onomatopéias dão uma grande contribuição para música popular. Pensem no que seria de um bom samba enredo sem um "oooooooiii", no início do samba e um "ôô ôô ôô"... no final. E Claudinho e Bochecha, não teriam sido os mesmos sem "oh ié... oh iéééé"...
Vamos ser internacionais e imaginar uma boa rumba sem o "uuuhh" no final. Aquele "uuuhhh" que brota das profundezas de seu ser, como se o saco do cara tivesse sido atingido por um chute de alguém que usava uma bota ponta de ferro, daquelas que se usam em siderúrgica como material de proteção... Mulheres, vocês nunca conseguirão fazer idéia do que isso quer dizer... mas tentem. É intenso...
E, nos tempos dos festivais, nas rodinhas de amigos, sempre tinha um "lá lá iá, lá ia"... “Por onde for, quero ser seu par”. Aquilo era a salvação dos que esqueciam as letras, um espécie de refúgio dos desmemoriados amantes da música. De outra forma, éramos obrigados a ouvir o cara cantando errado e ficar na dúvida corrijo ou não?
- Cazuza.. vamos lá... “A toxina ta cheia de ratos...
- É... na verdade, é “a tua piscina está cheia de ratos...”
- Vamos cantar outra então: Kid Abelha “Procuro evitar comparações entre cores e decorações..”
- Bem .. na letra, é “flores e declarações”...
Então, mandamos bem... Cláudio Zoli...
- “Na madrugada, vitrola rolando um blues, tocando de biquíni sem parar...”
- Agora, parou, me dá essa porra desse violão.. parou, parou, parou... Que “tocando de biquíni”? O Claudio Zoli, de biquíni, de madrugada, e a vitrola ligada... Pelo jeito não dava nem para ouvir o que o cara estava tocando de biquíni, né.. Presta atenção: to-can-do BB king sem parar, porra...!

Eis um silêncio..

- o BB King estava de biquíni? Argh... Que tosco....

Por favor, tragam as onomatopéias de volta.

---x---


Em tempo: Na foto, BB King.. e nenhum biquíni em questão.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Um saco de onomatopéias... amanhã que é bom.. tem texto novinho novinho...

Papo onomatopaico

Aí o cara começou...

-bla, blá, blá... bla, blá, blá... bla, blá, blá... De repente, fez cara de nojo e disse: bléeer...

- E o que você falou?

- A gente estava falando blá, porra! Não muda de assunto...
!


Adoro onomatopéias. Elas são a expressão maior do que se quer dizer quando não há palavras para aquilo ser dito. Somadas as caras e bocas que mesclamos no seu uso quase que dispensam os termos verbais ou nominais da língua para expressar certos sentimentos. O nojo, por exemplo. Não há frase que o expresse com mais exatidão do que uma boca retorcida e um som de argh! Mario Quintana gostava das cousas e sonhava com uma linguagem de adjetivos... eu gosto das cousas também, mas sonho com uma linguagem em que os adjetivos, substantivos e verbos peçam desculpas e digam às onomatopéias em algumas situações:

- Bom, agora é com vocês. Fiquem à vontade!

Ahhhhh....


Fiat justitiam!