P.S.: De uns tempos para cá surgiu, em algumas comunidades de blogue (como no Dihitt), o famoso "me acaricia que eu te acaricio também", uma série de postagem de louvor aos colegas que têm blogues esperando, obviamente, a recíproca da ação e o voto que promove notícias. Isso é uma maneira de substituir os tão escrotos selos que deram um tempo por aqui... (esse blogue é mara, esse blogue tem qualidade, esse blogue é..argh!)... E ainda tinha regras de uso do selo que o amiguinho recebia! CARACA!! Que descansem em paz os selos.... nos quintos dos infernos.
sábado, 8 de outubro de 2011
O desafio de produzir conteúdo em um blogue
P.S.: De uns tempos para cá surgiu, em algumas comunidades de blogue (como no Dihitt), o famoso "me acaricia que eu te acaricio também", uma série de postagem de louvor aos colegas que têm blogues esperando, obviamente, a recíproca da ação e o voto que promove notícias. Isso é uma maneira de substituir os tão escrotos selos que deram um tempo por aqui... (esse blogue é mara, esse blogue tem qualidade, esse blogue é..argh!)... E ainda tinha regras de uso do selo que o amiguinho recebia! CARACA!! Que descansem em paz os selos.... nos quintos dos infernos.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
O mito do traficante filósofo e outros textos apócrifos
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Blogue é gênero textual?

Pensei, pensei e lembrei que quanto mais a gente estuda mais a gente tem dúvida e mais a gente inveja o paraíso dos ignorantes, onde todas as certezas são achadas em cada esquina ou vendidas em portinhas de beira de rua.
Bem.. comecei. Minha área não é lingüística textual, mas com o que tenho observado acho que podemos começar a entender como um gênero textual caracterizado por uma série mecanismos que o tornam único. E daí saiu uma daquelas conversas que desviam aula e te dá a sensação que o aluno está tentando fazer você deixar a sintaxe descritiva para o lado e trazer a prosa para um outro rumo. Mas aceitei o fio daquela meada e engatei no assunto.
O texto do blogue pede a dinâmica da comunicacão na internet e todos os excessos, como já disse alguma vez por aqui, estragam-no. Esse texto possui um tamanho que, quando grande, extrapola alguns cliques abaixo da tela que o usuário tem na frente; a linguagem é rápida e pede pouco auxílio de dicionário e quando precisamos disso, colocamos o texto em hipertexto para a wikipédia ou outro site; os temas devem ser fugazes, mas não, fúteis e, quando transbordam erudição e hermeticismo, o leitor foge, pois ainda estamos longe do hábito de ler em tela de computador. O blogue é a literatura do free lancer, o espaço da livre expressão gratuita.
O espaço do direito de se manifestar, seja você doutor ou miguxo(a), mas isso não implica que você será lido ou admirado, pois os outros exercem o direito inalienável de ignorá-lo solenemente.
Blogue não é um jornal eletrônico ou um livro em capítulos on line, blogue é, enfim,.. um blogue. E ainda há muito para se discutir do que vem a ser isso.
O meu amigo Wander me disse, certa vez, que só quem lê blogue é blogueiro. Acho que, em parte ele tem razão, e só se poderá começar a desenhar o gênero textual blogue quando superarmos esta fronteira da tela do computador.
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Das medidas de relevância de um texto.

sábado, 21 de fevereiro de 2009
Leitores e visitas: confissões de um diletante.

Certo dia (nas férias), tirei o dia para catar visitas e consegui mais de 200 visitas em pouco tempo. No dia seguinte, sem a operação "cata visitas," voltei às minhas 70 visitas/dia.... repeti o processo por mais dois dias e obtive os mesmos resultados. E, nos dias que seguiam a caça de visitas, voltava aos meus 60/70 casos. Que conclusão eu tiro disso?
O blogue havia cativado um número fixo de leitores e o processo de garimpagem de mais leitores (Já escrevi sobre isso aqui) é uma estafante tarefa e que surte resultados relativos. Como não tenho intenção de monetizar blogue (começou como uma brincadeira e continuará como tal) desisti do trabalho da "cata à visita".
É isso que muitas pessoas não entendem: quem o visita, não necessariamente o lê. Pelo teor de alguns comentários fica muito evidente essa relação. Por exemplo (já vi algo bem parecido), uma postagem, 300 visitas/dia, 3 comentários, somente um mais ou menos pertinente, os outros dois ao estilo “kkkk legal seu blogue. Visite o meu”.... Na verdade, foram 300 espectros que, na maioria das vezes, não fazem idéia do que havia no site... Até que ponto me interessa essa número? Sinceramente, a mim, não interessa.
Sou bloguista (um misto de blogueiro com alma de artista), quero ser lido, quero incomodar, quero ajudar a pensar e quero que me vejam como um eterno diletante da blogosfera.
Em tempo

Não tenho do que reclamar. O Saco de Filó é o terror dos “kkk legal seu blogue” já ganhei até postagem em outros blogues descendo a ripa em mim. Mas se você vir o blogue em que foi postado isso, soa como uma ironia e o que pretendia ser ofensa, torna-se uma piada tosca e mal escrita. O Saco de Filó é a cara e o nível de seus leitores, basta dar uma olhada nos comentários das postagens.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Um blogue nasce de uma idéia: a idéia de trocar idéias

No meio do caminho entre o blogueiro e o leitor há uma comunidade e seus tópicos, um ponto de encontro em que outros projetam o compulsivo desejo de ser lido... e lá vai um COMENTE O BLOGUE ACIMA...
Nesse momento, atropelos e calotes envolvem o marinheiro de primeira viagem em um círculo de indignação e compulsão: INDO.. comentando.. fui... indo para ler... E, na outra ponta, outro ansioso segue a mesma via crucis. Indo.. comentando.. fui... indo para ler.. comentando o de cima...
Uma idéia, um texto, uma surpresa, um vídeo do youtube, uma piada, um crtl+C/crtl+V, uma foto montagem, um link e, aos poucos (em poucas semanas), a compulsão se alterna pela perplexidade: vou colocar o quê?
Aceita parcerias?
E lá ficam os blogues com seus post de dias, semanas, meses atrás... numa solidão que dá dó. Deixam de freqüentar o comente o blogue acima e passam ao fatídico Blogues atualizados em (mês/bimestre, trimestre, ano...)
Ocasionais retornos ao blogue vêm seguidos de pedidos de desculpas, ausência, mas nesse momento, o pobrezinho já agoniza e vive à deriva no purgatório do blogspot, wordpress, uol, terra... Até que um dia, perde-se a senha, não se consegue acessá-lo. O coitadinho morre... sem direito a enterro, mas com lápide em .jpg:
Aqui, java!
Faça logoff em paz!
Saudades eternas.com/cemitério_de_blogues
***
Escrevi isso porque li outro dia em algum lugar na internet que 90% dos blogues abertos hoje não sobreviverão a 3 meses de existência e, dos 10% que superam esta primeira fase, mais da metade morrerão em menos de um ano... o saco de filó superou a primeira peneira. (hoje são 9 meses... uma gravidez)..
Sem pessimismo.. rumo a 2ª peneira.
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Por que tem letras no Grande Saco... Amanhã que é bom.. atualiza geral.

quarta-feira, 23 de julho de 2008
Tamanho não interessa o que importa é o prazer que proporciona.

Pois o texto segue a mesma lógica.
As idéias começam, acomodam-se nas palavras e o que define a atenção do leitor é o tamanho da roupa. Quando ele sente que estão inserindo muito corpo para pouca roupa, o texto incomoda, mas quando nota que colocam muita roupa em pouco corpo, o texto nos cansa.
Aí vai uma dica de ouro:
Leia o seu texto várias vezes antes de publicar, revise e faça três perguntas: Exagerei? Passei a idéia que queria passar? Há empatia com o leitor no que escrevi? (Ou seja, esse assunto é capaz de interessar a alguém mais no universo além de mim mesmo e mais uns dois ou três colegas?)
Na minha vida, aprendi algumas coisas que sempre compartilho com os outros: se te disserem que tocar violoncelo e esquiar são coisas fáceis, estão mentido. Tentei as duas e constatei que são muito difíceis.
Se disserem que escrever é fácil, também estão mentindo.
Aproveito o ensejo e faço a mesma analogia acima com o violão (também andei por esses lados. Minha mulher e meu filho adoram me ver tocar. E só. Tenho medo de que quando ele crescer, mude de idéia. Ela, não. Em nome do amor, sinto que vai mentir uma vida inteira). Pois é.... Quando adolescente descobri que tinha um monte de gente que tocava violão. Com o tempo, vi que bem tocado eram bem poucos.
Escrever é assim...
FIM (Dispensável.. deu para perceber que o papo acabou, né? Não faça isso, tá?)
P.S: Acho que acertei o tamanho da roupa.
Em tempo: Às vezes, tento deixar o professor na sala e só dou voz ao bloguista (sic), mas achei legal deixá-lo dar um pulo aqui hoje.
sábado, 14 de junho de 2008
Garimpeiro de leitores

Gosto do prazer do bom texto, pelo simples prazer do bom texto. Ars Gratia Ars (A arte pela arte). Hoje, entendo que os comentários mais toscos são decorrentes de uma lógica bem particular. Por aqui, já ironizei, já escrachei os colegas do “kkkkk legal seu texto. Visite o meu blogue”. Mas, atualmente, entendo como alguns mecanismos funcionam e pego menos pesado. Aos nossos textos, chegam diversos tipos de leitores e vejo, nessa diversidade, material para pensar. Eis os leitores comentadores:
O Voraz - Lê porque se sente compelido a ler por sua natureza. Vai do início ao fim e ainda deixa um comentário de uma pertinência que impressiona. As observações deixadas instigam a gente a ir no blogue do cara sem ele precisar dizer o clássico: visite meu blogue. Figura rara, mas se você tem um cative-o, pois isso é como o ouro.
O autômato - Lê como uma máquina e com uma ansiedade louca de chegar ao fim. Parece estar bebendo um remédio ruim. Vira tudo de uma vez ao estilo leitura dinâmica. Normalmente, faz uma vaga idéia do que você falou e faz um comentário superficial. (Tipo: É, acho que as pessoas são o que são. É isso aí. Visite meu blog.) Desperta curiosidade de saber: sobre o que escreve esse cara? E nos atraem, às vezes, para o blogue deles.
O distraído – Lê, mas é como se não o tivesse feito. Comenta uma opinião como se discordasse de você, mas no fundo não está divergindo em nada. Ele é que acha que está porque não entendeu uma linha do texto. Normalmente, assume uma postura rebelde quando discorda e não faz idéia do quanto chega a ser cômico. Às vezes, nos desperta a dúvida. Esse cara sabe ler no sentido mais amplo da palavra? Deve ser engraçado o blogue dele, vou lá comentar um vídeo do youtube.
O trapaceiro – Não lê uma palavra. Quando muito o título do que se escreveu e vê a figurinha ao lado. Precisa desesperadamente de justificar o tópico COMENTE O BLOG ACIMA da comunidade, mas acha que textos com mais de 5 linhas são impossíveis de serem lidos. Deixa sempre um: bom blog, legal. Visite o meu. Um dia escreveram no meu: não gosto de texto, meu negócio é goodies... Passei alguns dias para descobrir que diabos é isso. Mas descobri. Muito a contragosto, Fui ao blogue do cara. Ele me venceu.
O revoltado – Lê qualquer coisa para discordar. Discorda inclusive do que acabei de falar. Normalmente, lê, mas tem uma limitação de raciocínio assustadora e não consegue diferir ironia de crítica direta. Comenta a postagem com um dicionário ao lado que o permite usar termos herméticos que lhe dão um respaldo de vocabulário para encobrir a restrição de raciocínio. Costumam não permitir a visita de volta porque omitem o perfil ou quando não omitem... Meu Deus, melhor não tivéssemos ido!
Escrever em blogues é garimpar bons leitores. O bom leitor te deixa o desejo de ir ao texto dele, pois, com certeza, quem escreve bem, lê bem. E vice-versa. O comentário de um texto é o seu melhor cartão de visitas em um blogue. Tornei-me um garimpeiro de pessoas interessantes e se você chegou até aqui e entendeu aonde quero chegar, acabei de encontrar mais uma pepita de ouro na minha mina de palavras.
Ganhei meu dia.
Em tempo: Nesse mundo sem rosto da blogsfera, sua cara são suas linhas.
E tem gente que anda precisando de uma cirurgia plástica, um botox, uma limpeza de pele... sei lá, algo que dê uma forcinha à natureza.
sábado, 17 de maio de 2008
Blogueiros, blogadores, blogantes e bloguistas...

A blogosfera já amadureceu a ponto de podermos discutir o termo referente ao elemento atuante desse universo. Em português, há diversas maneiras de se referir a quem exerce uma ação: aquele que vende é VENDEDOR, o que produz é PRODUTOR, aquele que faz uso de um meio é MEIO+ISTA (Pianista, flautista, dentista...), aquele que atua sobre o evento de um verbo é VERBO + NTE (Estudar; estudante, pedir; pedinte). No uso popular, há a forma -EIRO para, conforme apontam alguns estudiosos formam palavras de menor prestígio social (Ex.: Pedreiro, motoqueiro, lixeiro, encrenqueiro...)
É hora de pensar qual sufixo seria melhor para o dono do blogue. Se entender blogue como primitivo do termo blogar, vamos as possibilidades:
EIRO - Blogueiro:
Sei não. Pouco status, vão pensar que atuo em um estrato social menos prestigiado. Vão achar que ando fazendo ctrl+C/ctrl+V, saio deixando comentários do tipo KKKK legal seu blog. Visite meu blog. Vai ter gente achando que sou capaz até de ler um texto sobre uma revista com o nome de um Estado e pensar que estavam falando do Estado e comentar com se fosse um Estado... (vi isso outro dia no blog do Euzer e comentei com ele).
DOR - Blogador:
Huumm. Sufixo muito ativo. Vai parecer que fico o tempo todo por conta disso. Vão pensar que eu moro na comunidade EU TENHO UM BLOG ou na BLOGS BRASIL.... ou outra. Tudo bem, meu nome está lá em todas as páginas de comente o blog acima o dia todo e a semana inteira, mas é só umas passadinhas que eu dou de vez em quando. Vão pensar que eu sou à toa.. fica mal para mim. Vão acabar suspeitando que eu encho o meu blogue de link (e rezo todo os dias para clicarem) para fazer grana no AD SENSE... Um dia faço fortune e compro a Microsoft...
NTE - Blogante:
Essa não... sufixo muito passivo.. me lembra estudante (até que não era para ser passivo, mas acaba sendo), contribuinte, pedinte... dá uma idéia de alguém alheio ao processo, mas ao mesmo tempo dentro dele. Sei lá... Vão achar que eu coloco meu endereço mais de 10 vezes no tópico Blogues atualizados em Maio só para neguinho pensar que é um texto diferente daquele que escrevi 20 dias atrás... Vão chegar a achar que fico catando recursos em site de blogues para colocar aquelas musiquinhas irritantes de fundo e aquele cursor de animado ou que tem estrelinhas correndo atrás.... tudo isso para compensar a falta de conteúdo.
ISTA - Bloguista:
Acho que gostei dessa. Parece o termo daquele que exerce com especialidade o seu ofício. Ainda que esse não seja o meu ofício. Parece aquele que toca o blogue como tocam o piano: o pianista. Ou aquele que trata com destreza o dente, o dentista ou, então, aquele que com habildade se dedica à ciência: o cientista. Se bem que tem punguista, lobista... Huumm .. sei não, acho que vou preferir continuar sem rótulo por enquanto... no máximo o de implicante, ainda que preferisse impliqueiro.
Para não perder o hábito do escracho, antecipo alguns comentários que serão recebidos. Se houver necessidade, é só copiar e colar na área de comentário. Tudo para facilitar a vida dos colegas...
Kkkkkkk legal seu blog. Visite meu blog.
Adorei seu blog. Visite meu blog.
Discordo. Nada haver, as pessoa tem mais é que se espreçar com liberdade. Vizite meu blog. Bjxx
Também adoro essas coisa de PRODUTOR e VENDEDOR. Adorei seu blog. Visite meu blog.
Em tempo:
Continuo em minha busca pelo comentário mais escroto da blogosfera... Ajudem-me a encontrá-lo e cumprir minha missão de vida.