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sábado, 8 de outubro de 2011

O desafio de produzir conteúdo em um blogue


Longe do estéril turbilhão da rua, Beneditino, escreve! No aconchego do claustro, na paciência e no sossego. Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua! Diria Olavo Bilac sobre o ato de escrever numa época em que escrever era realmente um ato solitário, muitas vezes, penoso pelas convenções e penoso como a atividade de um operário que trabalha, teima, lima, sofre, sua.... Esse é o desafio lançado a quem optou por ter um blogue e produzir conteúdo para ele, trocar ideia e sobretudo, no meu caso, sem expectativa de retorno algum. Não vivo, nem pretendo viver disso.
O saco de filó surgiu em 2007 e este ano faz 4 anos de existência em um mundo, a blogosfera, onde não se tem muito por prática ler ou mesmo produzir conteúdos. O que se vê o efeito chupa cabra. Um blogueiro chupa uma reportagem de um site de notícias e mais 20 fazem o mesmo sem mexer em quase nada, nem atribuir ao texto algum tipo de originalidade. Um blogueiro acha algo em um outro blogue e replica ad infinitum. Em razão disso, vemos as mesmas coisas que, poucas vezes, se dão o trabalho de serem replicadas com palavras diferentes.
Produzir conteúdo é um desafio. Requer saber ler, refletir e escrever de forma mais sintética possível sobre algo. Em uma postagem minha há tempos atrás disse que não faço questão de visita, mas sim, de leitores. 10 leitores valem mais do que 1000 visitas para quem não quer monetizar o blogue. Trocar ideias com quem vale a pena trocá-las é uma honra. Esse foi o desafio do saco de filó, numa blogosfera que vale mais o "me segue que eu te sigo", "me visita que eu te visito"...
No saco de filó contínuo longe do estéril turbilhão da rua...

P.S.: De uns tempos para cá surgiu, em algumas comunidades de blogue (como no Dihitt), o famoso "me acaricia que eu te acaricio também", uma série de postagem de louvor aos colegas que têm blogues esperando, obviamente, a recíproca da ação e o voto que promove notícias. Isso é uma maneira de substituir os tão escrotos selos que deram um tempo por aqui... (esse blogue é mara, esse blogue tem qualidade, esse blogue é..argh!)... E ainda tinha regras de uso do selo que o amiguinho recebia! CARACA!! Que descansem em paz os selos.... nos quintos dos infernos.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O mito do traficante filósofo e outros textos apócrifos



Vez por outra aparece um mito novo na internet. Um dos que me chamaram mais atenção foi uma entrevista que li de, supostamente, um líder uma organização criminosa paulista (leia mais). Durante a entrevista, ele apresenta um grau de reflexão sobre a sociedade, sobre filosofia, sobre sociologia, apresenta uma leitura sociológica do processo de empobrecimento decorrente da má distribuição de renda e o agravamento da pobreza por causa dos fluxos migratórios irregulares no passado.
O líder da organização, embora cite não haver saída (santa incoerência), faz considerações sobre a necessidade de reestruturação do sistema penal com ares de jurista e estudioso do histórico do setor carcerário brasileiro. E sentencia a aporia (sentimento de ausência de saída). Entre um termo técnico da área de economia, política ou de sociologia, insere-se uma gíria que destoa (incoerência vocabular para quem tem um nível de leitura e reflexão desses) do texto e das análises políticas, sociais e filosóficas. Ao final da entrevista (sic), ficamos pensando que este cara deveria estar em uma cátedra de uma universidade e não numa cela.
Mas o fato é que a isso damos o nome de texto apócrifo (sem autoria confirmada). Assim como em um evangelho que apresenta textos apócrifos, a internet virou um paraíso para textos sem endereço e sem pai. Normalmente, são caracterizados por ausência de fonte específica, linguagem incompatível com o enunciador do discurso e grau de reflexão improcedente para os atos praticados pelo mesmo. Além da clássica incoerência interna do texto...
E o cara termina citando Dante em Italiano... "deixai toda a esperança vós que entrais"...
É... deixai mesmo.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Blogue é gênero textual?

Um dia, um aluno, durante a aula, indagou-me de sopetão:
- professor, blogue pode ser considerado um gênero textual?

Pensei, pensei e lembrei que quanto mais a gente estuda mais a gente tem dúvida e mais a gente inveja o paraíso dos ignorantes, onde todas as certezas são achadas em cada esquina ou vendidas em portinhas de beira de rua.
Bem.. comecei. Minha área não é lingüística textual, mas com o que tenho observado acho que podemos começar a entender como um gênero textual caracterizado por uma série mecanismos que o tornam único. E daí saiu uma daquelas conversas que desviam aula e te dá a sensação que o aluno está tentando fazer você deixar a sintaxe descritiva para o lado e trazer a prosa para um outro rumo. Mas aceitei o fio daquela meada e engatei no assunto.
O texto do blogue pede a dinâmica da comunicacão na internet e todos os excessos, como já disse alguma vez por aqui, estragam-no. Esse texto possui um tamanho que, quando grande, extrapola alguns cliques abaixo da tela que o usuário tem na frente; a linguagem é rápida e pede pouco auxílio de dicionário e quando precisamos disso, colocamos o texto em hipertexto para a wikipédia ou outro site; os temas devem ser fugazes, mas não, fúteis e, quando transbordam erudição e hermeticismo, o leitor foge, pois ainda estamos longe do hábito de ler em tela de computador. O blogue é a literatura do free lancer, o espaço da livre expressão gratuita.
O espaço do direito de se manifestar, seja você doutor ou miguxo(a), mas isso não implica que você será lido ou admirado, pois os outros exercem o direito inalienável de ignorá-lo solenemente.

Blogue não é um jornal eletrônico ou um livro em capítulos on line, blogue é, enfim,.. um blogue. E ainda há muito para se discutir do que vem a ser isso.


O meu amigo Wander me disse, certa vez, que só quem lê blogue é blogueiro. Acho que, em parte ele tem razão, e só se poderá começar a desenhar o gênero textual blogue quando superarmos esta fronteira da tela do computador.


sábado, 28 de fevereiro de 2009

Das medidas de relevância de um texto.

Mede-se a relevância de um texto pela capacidade que ele tem de revelar emoções em quem lê. A capacidade de enternecer, de fazer refletir, a capacidade de incomodar são vitais ao bom texto. Ou seja, um movimento único no sentido de retirar o indivíduo da sua inércia absoluta e cômoda que o priva do raciocínio. 

Se o texto incomodou, se levou a pensar, pronto, virou referência. Por outro lado, quando ele é mal lido, desperta as acusações mais descabidas, mas logo há quem retifique em um comentário e que demonstre que entenderam mal e que a idéia não era essa. Todo bom texto, de certa forma, sempre desperta a ira de quem acha que kkkk legal seu blog, visite o meu” é uma forma legítima de expressão. Para alguns, talvez o seja, afinal, o nosso senso crítico e nossa capacidade de pensar são as margens que limitam nossa percepção do universo. 

É fato que pedir que se entenda certas coisas para algumas pessoas é angustiar-se na eterna busca de receber algo de quem não o tem para oferecer. E como diz Djavan, “sabe lá o que e não ter e ter que ter para dar, sabe lá”.. E resta ao indivíduo o conforto da ignorância que abranda toda a dimensão da escuridão. Sempre achei que, quando formulou o mito da caverna, Platão se esqueceu de dizer que, a alguns, ainda excitam e atraem as algemas e a escuridão.... É quase um fetiche, uma perversão pela própria ignorância.

A idéia é que uma boa leitura do texto e uma releitura do que você comenta nos blogues são as chaves-mestra de uma participação relevante, pois, além de ser seu cartão de visita, é uma maneira de expressar respeito por quem postou. Muitas vezes, esquecem que, mesmo por trás do anonimato de um apelido e um teclado, há algumas “regras” que fazem bem a todo relacionamento humano. E o respeito é a mais sagrada delas.

A minha contribuição foi dada e não é o pecado da omissão que garantirá minha cadeira cativa no inferno...

Por conta desse pecado não.
De outros... é bem provável... rs

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Leitores e visitas: confissões de um diletante.

Todo leitor é uma visita, mas a recíproca não é verdadeira, ou seja, nem toda visita é um leitor. Quando criei o Saco de Filó, tinha em mente ser lido. Óbvio. Ponto final. Mas a grande dúvida seria onde achar este leitor. Eu tinha alguns colegas de e-mail, descobri as comunidades do Orkut, depois o DiHITT e, por aí, eu fui.
Hoje, mais de um ano, mais de 3500 comentários e quase 220 postagens depois, aprendi algumas coisa que sempre compartilho com quem chega agora. Por exemplo, quando um colega me diz que vai montar um blogue, eu sempre pergunto: o que você pretende com um blogue? Você quer leitor ou visitas? Se a resposta para a segunda pergunta é “visitas”, respiro aliviado porque sei que é um caminho menos árduo. Descobri que conseguir 200 visitas/dia é fácil. Difícil mesmo é conseguir 5 leitores/dia.
Certo dia (nas férias), tirei o dia para catar visitas e consegui mais de 200 visitas em pouco tempo. No dia seguinte, sem a operação "cata visitas," voltei às minhas 70 visitas/dia.... repeti o processo por mais dois dias e obtive os mesmos resultados. E, nos dias que seguiam a caça de visitas, voltava aos meus 60/70 casos. Que conclusão eu tiro disso?
O blogue havia cativado um número fixo de leitores e o processo de garimpagem de mais leitores (Já escrevi sobre isso aqui) é uma estafante tarefa e que surte resultados relativos. Como não tenho intenção de monetizar blogue (começou como uma brincadeira e continuará como tal) desisti do trabalho da "cata à visita".
É isso que muitas pessoas não entendem: quem o visita, não necessariamente o lê. Pelo teor de alguns comentários fica muito evidente essa relação. Por exemplo (já vi algo bem parecido), uma postagem, 300 visitas/dia, 3 comentários, somente um mais ou menos pertinente, os outros dois ao estilo “kkkk legal seu blogue. Visite o meu”.... Na verdade, foram 300 espectros que, na maioria das vezes, não fazem idéia do que havia no site... Até que ponto me interessa essa número? Sinceramente, a mim, não interessa.
Sou bloguista (um misto de blogueiro com alma de artista), quero ser lido, quero incomodar, quero ajudar a pensar e quero que me vejam como um eterno diletante da blogosfera.


Em tempo

Não tenho do que reclamar. O Saco de Filó é o terror dos “kkk legal
seu blogue” já ganhei até postagem em outros blogues descendo a ripa em mim. Mas se você vir o blogue em que foi postado isso, soa como uma ironia e o que pretendia ser ofensa, torna-se uma piada tosca e mal escrita. O Saco de Filó é a cara e o nível de seus leitores, basta dar uma olhada nos comentários das postagens.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Um blogue nasce de uma idéia: a idéia de trocar idéias

Nasce e morre...
Nasce numa tarde (ou noite) de poucas atividades obrigatórias. Brota junto a isso a vontade de ser lido. Um desejo compulsivo de que alguém leia o que você escreveu. Ainda que você mesmo, depois de lido, ache uma porcaria. Mas o desejo permanece... Leia-me por favor.
No meio do caminho entre o blogueiro e o leitor há
uma comunidade e seus tópicos, um ponto de encontro em que outros projetam o compulsivo desejo de ser lido... e lá vai um COMENTE O BLOGUE ACIMA...
Nesse momento, atropelos e calotes envolvem o marinheiro de primeira viagem em um círculo de indignação e compulsão:
INDO.. comentando.. fui... indo para ler... E, na outra ponta, outro ansioso segue a mesma via crucis. Indo.. comentando.. fui... indo para ler.. comentando o de cima...
Uma idéia,
um texto, uma surpresa, um vídeo do youtube, uma piada, um crtl+C/crtl+V, uma foto montagem, um link e, aos poucos (em poucas semanas), a compulsão se alterna pela perplexidade: vou colocar o quê?

Aceita parcerias?

E lá ficam os blogues com seus post de dias, semanas, meses atrás... numa solidão que dá dó. Deixam de freqüentar o comente o blogue acima e passam ao fatídico
Blogues atualizados em (mês/bimestre, trimestre, ano...)
Ocasionais retornos ao blogue vêm seguidos de pedidos de desculpas, ausência, mas nesse momento, o pobrezinho já agoniza e vive à deriva no purgatório do blogspot, wordpress, uol, terra... Até que um dia, perde-se a senha, não se consegue acessá-lo. O coitadinho morre... sem direito a enterro, mas com lápide em .jpg:

Aqui, java!
Faça logoff em paz!

Saudades eternas.com/cemitério_de_blogues

Sem direito à carta de convite com a família enlutada lamentando a perda e dizendo que tem o doloroso dever de comunicar o falecimento.

***
Em tempo

Escrevi isso porque li outro dia em algum lugar na internet que 90% dos blogues abertos hoje não sobreviverão a 3 meses de existência e, dos 10% que superam esta primeira fase, mais da metade morrerão em menos de um ano... o saco de filó superou a primeira peneira. (hoje são 9 meses... uma gravidez)..
Sem pessimismo.. rumo a 2ª peneira.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Por que tem letras no Grande Saco... Amanhã que é bom.. atualiza geral.

Escrevo por compulsão. Sofro de um tipo de TOC que me obriga a escrever... As idéias vêm e TOC, TOC.. batem à porta. O cérebro dispara TIC, TAC, TIC, TAC... e enfim.. TEC, TEC, TEC... lá vão os dedos para o teclado.
O TUC fica sempre de fora, mas um dia ainda acho uma função para ele...


Em tempo: Uma vez reclamaram que eu encho o blogue de palavras e letrinhas. Isso é cansativo... Concordo! Em breve, saco de filó só com figurinhas para atender o público portador de necessidades especiais em ler e compreender textos e demais problemas de alfabetização... É o saco de filó chegando aos mais desfavorecidos... Rumo à inclusão social!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Tamanho não interessa o que importa é o prazer que proporciona.

Manter um blogue em um ambiente em que muita gente, escondida pelo anonimato admite detestar ler é um trabalho de Sísifo (Não vou dar mole a vocês. Dêem um pulo no Google e descubram o que o cara fazia. Faz todo o sentido. A história é legal.). Se o texto é curto, encurta o espaço das idéias, se é longo, sobra roupa. A idéia entra no texto como o corpo em uma roupa. Acho que todo mundo já experimentou uma calça apertada e sentiu que está faltando espaço onde você queria colocar algo essencial: seu corpo. Ou, de outra parte, usar uma calça larga que te obriga a ficar puxando o tempo todo, pois tem escassez de você onde há fartura de espaço. E isso dá um cansaço...
Pois o texto segue a mesma lógica.
As idéias começam, acomodam-se nas palavras e o que define a atenção do leitor é o tamanho da roupa. Quando ele sente que estão inserindo muito corpo para pouca roupa, o texto incomoda, mas quando nota que colocam muita roupa em pouco corpo, o texto nos cansa.

Aí vai uma dica de ouro:
Leia o seu texto várias vezes antes de publicar, revise e faça três perguntas: Exagerei? Passei a idéia que queria passar? Há empatia com o leitor no que escrevi? (Ou seja, esse assunto é capaz de interessar a alguém mais no universo além de mim mesmo e mais uns dois ou três colegas?)
Na minha vida, aprendi algumas coisas que sempre compartilho com os outros: se te disserem que tocar violoncelo e esquiar são coisas fáceis, estão mentido. Tentei as duas e constatei que são muito difíceis.
Se disserem que escrever é fácil, também estão mentindo.
Aproveito o ensejo e faço a mesma analogia acima com o violão (também andei por esses lados. Minha mulher e meu filho adoram me ver tocar. E só. Tenho medo de que quando ele crescer, mude de idéia. Ela, não. Em nome do amor, sinto que vai mentir uma vida inteira). Pois é.... Quando adolescente descobri que tinha um monte de gente que tocava violão. Com o tempo, vi que bem tocado eram bem poucos.
Escrever é assim...

FIM (Dispensável.. deu para perceber que o papo acabou, né? Não faça isso, tá?)

P.S: Acho que acertei o tamanho da roupa.

Em tempo: Às vezes, tento deixar o professor na sala e só dou voz ao bloguista (sic), mas achei legal deixá-lo dar um pulo aqui hoje.
Um grande abraço.
***
Ah sim... Entre um saco e outro tem a seção: o grande saco... Você já leu? 5ª feira no finzinho da noite tem o mais um pouquinho de Grande Saco.

sábado, 14 de junho de 2008

Garimpeiro de leitores

Escrever em blogues é um ato de garimpagem. Todos querem ser lidos, mas nem sempre querem ler, disse-me um colega de blogue em um comentário há poucos dias. Concordo com ele. E de lá para cá passei a observar o fluxo de visitas a partir dos comentários deixados no Saco de Filó e mesmo em outros que visito com freqüência maior do que os meus comentários deixados lá dão a entender.
Gosto do prazer do bom texto, pelo simples prazer do bom texto. Ars Gratia Ars (A arte pela arte). Hoje, entendo que os comentários mais toscos são decorrentes de uma lógica bem particular. Por aqui, já ironizei, já escrachei os colegas do “kkkkk legal seu texto. Visite o meu blogue”. Mas, atualmente, entendo como alguns mecanismos funcionam e pego menos pesado. Aos nossos textos, chegam diversos tipos de leitores e vejo, nessa diversidade, material para pensar. Eis os leitores comentadores:

O Voraz - Lê porque se sente compelido a ler por sua natureza. Vai do início ao fim e ainda deixa um comentário de uma pertinência que impressiona. As observações deixadas instigam a gente a ir no blogue do cara sem ele precisar dizer o clássico: visite meu blogue. Figura rara, mas se você tem um cative-o, pois isso é como o ouro.

O autômato - Lê como uma máquina e com uma ansiedade louca de chegar ao fim. Parece estar bebendo um remédio ruim. Vira tudo de uma vez ao estilo leitura dinâmica. Normalmente, faz uma vaga idéia do que você falou e faz um comentário superficial. (Tipo: É, acho que as pessoas são o que são. É isso aí. Visite meu blog.) Desperta curiosidade de saber: sobre o que escreve esse cara? E nos atraem, às vezes, para o blogue deles.

O distraído – Lê, mas é como se não o tivesse feito. Comenta uma opinião como se discordasse de você, mas no fundo não está divergindo em nada. Ele é que acha que está porque não entendeu uma linha do texto. Normalmente, assume uma postura rebelde quando discorda e não faz idéia do quanto chega a ser cômico. Às vezes, nos desperta a dúvida. Esse cara sabe ler no sentido mais amplo da palavra? Deve ser engraçado o blogue dele, vou lá comentar um vídeo do youtube.

O trapaceiro – Não lê uma palavra. Quando muito o título do que se escreveu e vê a figurinha ao lado. Precisa desesperadamente de justificar o tópico COMENTE O BLOG ACIMA da comunidade, mas acha que textos com mais de 5 linhas são impossíveis de serem lidos. Deixa sempre um: bom blog, legal. Visite o meu. Um dia escreveram no meu: não gosto de texto, meu negócio é goodies... Passei alguns dias para descobrir que diabos é isso. Mas descobri. Muito a contragosto, Fui ao blogue do cara. Ele me venceu.

O revoltado – Lê qualquer coisa para discordar. Discorda inclusive do que acabei de falar. Normalmente, lê, mas tem uma limitação de raciocínio assustadora e não consegue diferir ironia de crítica direta. Comenta a postagem com um dicionário ao lado que o permite usar termos herméticos que lhe dão um respaldo de vocabulário para encobrir a restrição de raciocínio. Costumam não permitir a visita de volta porque omitem o perfil ou quando não omitem... Meu Deus, melhor não tivéssemos ido!

Escrever em blogues é garimpar bons leitores. O bom leitor te deixa o desejo de ir ao texto dele, pois, com certeza, quem escreve bem, lê bem. E vice-versa. O comentário de um texto é o seu melhor cartão de visitas em um blogue. Tornei-me um garimpeiro de pessoas interessantes e se você chegou até aqui e entendeu aonde quero chegar, acabei de encontrar mais uma pepita de ouro na minha mina de palavras.
Ganhei meu dia.

Em tempo: Nesse mundo sem rosto da blogsfera, sua cara são suas linhas.
E tem gente que anda precisando de uma cirurgia plástica, um botox, uma limpeza de pele... sei lá, algo que dê uma forcinha à natureza.

sábado, 17 de maio de 2008

Blogueiros, blogadores, blogantes e bloguistas...

Saio um pouco da questão dos comentários e volto para a reflexão da atividade, seja ela lúdica ou não, do dono de blog. Primeiro de tudo, aproprio-me de vez da palavra e, doravante, escreverei na forma blogue. Ótimo, tomamos a palavra dos americanos e nos apossamos do termo sem pagar direito autoral ou fazer citação no final do texto. Pronto: é nossa! Acabou.

A blogosfera já amadureceu a ponto de podermos discutir o termo referente ao elemento atuante desse universo. Em português, há diversas maneiras de se referir a quem exerce uma ação: aquele que vende é VENDEDOR, o que produz é PRODUTOR, aquele que faz uso de um meio é MEIO+ISTA (Pianista, flautista, dentista...), aquele que atua sobre o evento de um verbo é VERBO + NTE (Estudar; estudante, pedir; pedinte). No uso popular, há a forma -EIRO para, conforme apontam alguns estudiosos formam palavras de menor prestígio social (Ex.: Pedreiro, motoqueiro, lixeiro, encrenqueiro...)

É hora de pensar qual sufixo seria melhor para o dono do blogue. Se entender blogue como primitivo do termo blogar, vamos as possibilidades:

EIRO - Blogueiro:

Sei não. Pouco status, vão pensar que atuo em um estrato social menos prestigiado. Vão achar que ando fazendo ctrl+C/ctrl+V, saio deixando comentários do tipo KKKK legal seu blog. Visite meu blog. Vai ter gente achando que sou capaz até de ler um texto sobre uma revista com o nome de um Estado e pensar que estavam falando do Estado e comentar com se fosse um Estado... (vi isso outro dia no blog do Euzer e comentei com ele).

DOR - Blogador:

Huumm. Sufixo muito ativo. Vai parecer que fico o tempo todo por conta disso. Vão pensar que eu moro na comunidade EU TENHO UM BLOG ou na BLOGS BRASIL.... ou outra. Tudo bem, meu nome está lá em todas as páginas de comente o blog acima o dia todo e a semana inteira, mas é só umas passadinhas que eu dou de vez em quando. Vão pensar que eu sou à toa.. fica mal para mim. Vão acabar suspeitando que eu encho o meu blogue de link (e rezo todo os dias para clicarem) para fazer grana no AD SENSE... Um dia faço fortune e compro a Microsoft...

NTE - Blogante:

Essa não... sufixo muito passivo.. me lembra estudante (até que não era para ser passivo, mas acaba sendo), contribuinte, pedinte... dá uma idéia de alguém alheio ao processo, mas ao mesmo tempo dentro dele. Sei lá... Vão achar que eu coloco meu endereço mais de 10 vezes no tópico Blogues atualizados em Maio só para neguinho pensar que é um texto diferente daquele que escrevi 20 dias atrás... Vão chegar a achar que fico catando recursos em site de blogues para colocar aquelas musiquinhas irritantes de fundo e aquele cursor de animado ou que tem estrelinhas correndo atrás.... tudo isso para compensar a falta de conteúdo.

ISTA - Bloguista:

Acho que gostei dessa. Parece o termo daquele que exerce com especialidade o seu ofício. Ainda que esse não seja o meu ofício. Parece aquele que toca o blogue como tocam o piano: o pianista. Ou aquele que trata com destreza o dente, o dentista ou, então, aquele que com habildade se dedica à ciência: o cientista. Se bem que tem punguista, lobista... Huumm .. sei não, acho que vou preferir continuar sem rótulo por enquanto... no máximo o de implicante, ainda que preferisse impliqueiro.


Para não perder o hábito do escracho, antecipo alguns comentários que serão recebidos. Se houver necessidade, é só copiar e colar na área de comentário. Tudo para facilitar a vida dos colegas...


Kkkkkkk legal seu blog. Visite meu blog.

Adorei seu blog. Visite meu blog.

Discordo. Nada haver, as pessoa tem mais é que se espreçar com liberdade. Vizite meu blog. Bjxx

Também adoro essas coisa de PRODUTOR e VENDEDOR. Adorei seu blog. Visite meu blog.


Em tempo:

Continuo em minha busca pelo comentário mais escroto da blogosfera... Ajudem-me a encontrá-lo e cumprir minha missão de vida.